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As Propriedades da Forma

Por:   •  17/11/2019  •  Dissertação  •  1.990 Palavras (8 Páginas)  •  242 Visualizações

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Propriedades da Forma

4 elementos primários:

ponto, linha, plano e volume.

Dondis, 1997

  1. Ponto
  • Indica posição, sem dimensão, comprimento e largura, sendo fixo, estático e sem direção.
  • Pode representar o início e fim de uma linha, e está onde duas linhas se cruzam.
  • Estamos habituados a utilizá-lo na escrita, mas ele também é a representação da partícula geométrica mínima da matéria, e, do ponto de vista simbólico, é considerado elemento de origem.
  • Como elemento visual, o ponto tem formato, cor, tamanho e textura.
  • Suas características fundamentais são o:
  • tamanho - que deve ser comparativamente pequeno;
  • formato - que necessita ser razoavelmente simples .
  • O elemento ponto foi utilizado em variação escalar, conferindo sensação de espiral em movimento. A bola de golfe, representada pela sua forma esférica e circular, resume o conceito de ponto como sendo uma unidade singular e de forte atração visual (GOMES FILHO, 2009). [pic 1]

  1. Linha

Definida por Gomes Filho (2009), como elemento secundário da linguagem visual.

  • Trata-se de uma sucessão de pontos - em movimento ou estendido.
  • O propósito da linha é conformar, contornar e delimitar objetos.
  • Na arquitetura o termo linha, no plural, define estilos e qualifica nomenclaturas formais, como linhas orgânicas e geométricas, entre outras.

Na visão de Fisher (1987), a linha como elemento visual tem comprimento e largura.

  • Sua cor e textura são determinadas pelos elementos utilizados para representá-la, bem como pela maneira como é criada.
  • É o elemento visual que dá origem ao esboço, instrumento fundamental da pré-visualização, sendo um meio de apresentar aquilo que ainda não existe - a não ser na imaginação - contribuindo, assim, para o processo visual.

Segundo Kandinsky (2001), as linhas retas têm três movimentos essenciais: horizontal, vertical e diagonal.

  • Todas as outras são variações desse movimento, sendo a linha horizontal a mais simples. Oposta a ela, há a linha vertical ou a linha de altura. Já a linha diagonal é secundária em relação à horizontal à vertical, pois é a síntese e união das duas.
  • A análise do conceito de linha como elemento visual e espacial é imprescindível à função do arquiteto, pois possibilita o emprego de sensações díspares, como a de alongar ou alargar visualmente um espaço.
  • Há representações de objetos que são desenvolvidas, fundamentalmente, por um esquema de linhas.

  1. Curvas

Em síntese, um ponto pode ser colocado para andar por uma força, o que o torna uma linha reta, e, se esse mesmo ponto se movimentar por duas forças, teremos linhas curvas (PARADELLA, 2015).

Para Gomes Filho (2009), a linha curva está relacionada ao território dos sentimentos, da suavidade, da flexibilidade e do feminino.

O redondo, o curvilíneo e o ondulante encontram-se em oposição ao caráter racionalizante da linha reta.

Na imagem do mapa há a utilização de linhas retas e curvas como contorno configurativo de cada continente, países e fronteiras. O contraste das cores colabora para uma percepção visual facilitada, por indicar, de maneira distinta, o espaço territorial de cada continente.

[pic 2]

Conforme nos informa Paradella (2015), quanto maior a pressão lateral e contínua exercida sobre a linha, mais ela se desvia até fechar-se em si mesma, formando um círculo.

  1. Plano
  • Seguindo esse pensamento, uma linha estendida também pode se transformar em um plano, que é o terceiro elemento primário das propriedades da forma.
  • Geometricamente falando, o elemento plano tem comprimento e largura. Como elemento visual, além de comprimento e largura, o plano tem posição e direção, é limitado por linhas e define os limites extremos de um volume.
  • Em uma superfície bidimensional, todas as formas planas que não são comumente reconhecidas como pontos ou linhas são formas enquanto plano.

[pic 3]

As formas planas possuem uma variedade de formatos que podem ser classificados, de acordo com Kandinsky (2001).

  1. Volume
  • Superfícies, fachadas, tecidos e pisos são exemplos de superfícies planas. Na ilustração abaixo, os planos são construídos por fachadas nas quais estão contidos outros planos em unidades menores, como paredes, portas, janelas e escadas, entre outros Um plano estendido transforma-se num volume, que essencialmente tem comprimento, largura e profundidade.
  • Volume é definido por Gomes Filho (2009), como algo que se propaga em dimensões espaciais, podendo ser físico e pictórico.
  • Físico é aquele cuja dimensão é palpável, que se pode pegar, a exemplo de um instrumento musical, bloco de notas, objetos de decoração e uma pessoa entre outros.
  • Já o volume pictórico é aquele cuja solidez tridimensional é desenvolvida pela criação de uma imagem, seja um desenho, ilustração ou pintura, no emprego de técnicas de luz e sombra, brilho, textura e cores, de forma a representar e ressaltar volumes e partes do objeto.
  • Aprendemos a visualizar o mundo de maneira tridimensional. Representá-lo no papel (espaço bidimensional), requer algumas habilidades, que incluem a utilização do tom e de perspectiva para representar profundidade - sendo essa a terceira dimensão das formas que observamos no mundo.
  • É importante ressaltar que, em um projeto de arquitetura, esses quatro elementos são trabalhados ao mesmo tempo, como artifício para entender o todo.

Além desses elementos, Gomes Filho (2009) cita:

  • a Forma Real, que se estabelece como a representação real de objetos e coisas, utilizando os limites reais a partir de pontos, linhas, planos e volumes, por meio de fotografias, ilustrações, gravuras, e pinturas;
  • a Configuração, cujo esquema de representação dos objetos se dá por meio de sombras, manchas, traços, linhas de contorno, silhuetas etc.

Categorias Conceituais

Gomes Filho (2009), acrescenta ao sistema duas classes de categorias conceituais: as Fundamentais e as Técnicas Visuais Aplicadas.

No que se refere às Fundamentais, cita: harmonia/desarmonia, equilíbrio e desequilíbrio visual e contraste.

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