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Por:   •  6/1/2015  •  1.550 Palavras (7 Páginas)  •  240 Visualizações

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Dificuldades logísticas limitam crescimento brasileiro

Demora nas entregas por falta de contêineres a custos acessíveis e escassez de navios para carga solta são alguns dos fatores que estão desestimulando as exportações no setor, sem contar os altos custos do embarque nacional.

A infra-estrutura de transporte e logística é apontado por economistas e pesquisadores como uma barreira para o desenvolvimento econômico nacional. Para sustentar a evolução o País precisa investir em diversas áreas, bem como em energia, na construção civil, na expansão de estradas, transportes, portos e armazenagens, entre outros. No entanto, problemas graves, especialmente no setor portuário, têm sido os maiores limitantes ao desenvolvimento do mercado externo. O setor de base florestal é um dos que mais sente os efeitos destas deficiências como a escassez de contêineres, a falta de espaço em navios e dos altos custos logísticos, problemas que estão inviabilizando o comércio internacional, especialmente com a Europa. A situação já beira o caos e pede uma reflexão do governo a respeito do atual processo funcional dos portos brasileiros.

Os empresários do setor de base florestal, que exportaram em 2003 US$ 5,6 bilhões, estão com dificuldades para escoar os produtos para o exterior por importantes portos do país. O segmento de madeira sólida, responsável por US$ 2,6 bilhões desses negócios, se mobiliza para conseguir soluções por parte da administração dos portos para os problemas.

A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente – ABIMCI, em contato com a superintendência do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, solicitando uma resposta para as constatações dos empresários de superlotação no local. De acordo com os números do próprio porto, em janeiro, madeira e derivados contribuíram com uma movimentação de 110.866 toneladas, 26% do total movimentado no local, que foi 418.790 toneladas.

Segundo informações da ABIMCI, a maior dificuldade em Itajaí, está em conseguir colocar os produtos dentro do porto. “Normalmente, a mercadoria fica nos armazéns 10 dias, mas já chega a permanecer em média três semanas. O resultado é um aumento nos custos operacionais e a impossibilidade de cobrança do importador pelo produto, já que somente após o embarque dos contêineres é possível emitir a documentação para receber o pagamento. Além disso, o exportador corre o risco de ter pedidos cancelados devido ao atraso.

Segundo a direção de logística do porto de Itajaí, com o aumento significativo de cargas, em alguns casos, os armadores têm efetuado cortes de cargas, “notadamente”, contêineres com madeira e derivados.

No Paraná, a atuação do porto de Paranaguá também tem causado preocupação no setor de base florestal. Para os empresários, a política de cargas preferências prejudica um setor que representa 4% do Produto Interno Bruto do país. No caso de Paranaguá, na carga geral, os fertilizantes teriam preferência no embarque. Outro problema no local é a redução do número de navios. A reivindicação dos produtores de madeira sólida é a de um canal de escoamento que garanta a exportação da carga. A mesma posição é partilhada pela ABPMEX – Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Madeiras, na qual seu presidente, Roque Zatti, destaca a necessidade de medidas administrativas que solucionem um problema que se agrava a cada dia com sérias conseqüências para a economia nacional e setorial.

O déficit na área de infra-estrutura brasileira em geral é grande. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Base (Abdib), o Brasil precisaria de US$ 20 bilhões anuais de investimentos em infra-estruturas para que o crescimento econômico tenha sustentabilidade. Em 2002, foram de apenas US$ 14,3 bilhões e no ano passado, o volume mal chegava aos US$ 8 bilhões. Se depender apenas de investimento estrangeiro, não é possível alcançar a meta: a projeção de investimento direto do BC para este ano fica em US$ 13,5 bilhões.

O presidente da ABPMEX, Roque Zatti, diz que são muitos os problemas causados pelas falhas na infraestrutura portuária. Entre eles está a falta de contêineres, de espaço nos navios para cargas soltas e das altas taxas alfandegárias.

As exportações estão crescendo num ritmo muito mais acelerado que as importações e, com isso, faltam contêineres vazios sem custo. Assim, os empresários precisam pagar pelo aluguel dos contêineres para enviar suas mercadorias. Com esta despesa extra o frete tem aumento de 30 a 40%, o que muitas vezes inviabiliza a entrega. No caso da Europa, Zatti diz que cerca de 25% dos pedidos foram cancelados, um prejuízo significativo para o setor. Com o mercado Asiático estão sendo feitas negociações para viabilizar a continuidade da parceria.

Outro agravante que se somou aos problemas de infraestrutura foi a greve dos funcionários da Receita Federal. O presidente da ABPMEX explica que os navios têm um prejuízo equivalente a cerca de US$ 15 mil por dia para ficarem atracados. Com a greve, os navios passavam direto porque não precisavam fazer fiscalização e, por isso, também não recolhiam as cargas. Neste período a situação, que já estava complexa ficou crítica.

A Raz Export Trading, de Curitiba, ficou dois meses com cargas semanais de madeira paradas no porto, um valor equivalente a US$ 840 mil. Outro problema que prejudicou a Trading foi a falta de navios para o embarque de cargas soltas. Por este motivo a empresa chegou a ter o valor de US$ 780 mil, em carga de madeira, parado por tempo indeterminado.Roque Zatti, que é diretor da Raz, diz que a exportação de compensados para exportação na Indonésia costumam lotar os navios e não há espaço para cargas soltas de madeira. “Quando se consegue navio não há espaço para toda a carga devido ao grande volume acumulado, então só é possível enviar uma parte e assim o País vai perdendo cliente e credibilidade”, lamenta.

Além de todas estas

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