Cemitério Do Ingleses Salvador

1. LOCALIZAÇÃO DOS ELEMENTOS DE ESTUDO

O cemitério britânico de Salvador, mais conhecido como cemitério dos Ingleses, se localiza na ladeira da Barra, próximo a Igreja de Santo Antônio da Barra e ao Yacth Club (Imagem 01 e 02).

O nosso objeto de estudo são dois túmulos que estão localizados próximo ao portão de entrada, junto ao muro que envolve o cemitério.

2. DESCRIÇÃO DOS OBJETOS DE ESTUDO

Túmulo 1: Túmulo retangular (2.20x1.19 m) com tampa em arenito e com gravações talhadas, presença de cruz malta (na frente no fundo) e com a base em concreto.

Túmulo 2:Túmulo retangular (1.87x1.31 m), com tampa em granito, lápide em arenito, base em concreto, cercado por gradis de ferro fundido e de arcos que dão suporte a planta trepadeira, arbustiva de nome Alamandra Amarela que cobre o túmulo.

3. ANÁLISES PATOLÓGICAS

3.1 Túmulo 01.

O túmulo 01 encontra-se em bom estado de conservação considerando-se o tempo em que ele está implantado no local, porém apresenta em certos pontos alguns fatores de degradação.

Cita-se aqui como a primeira patologia da peça a fissura encontrada no lado esquerdo superior ao qual constatou-se como resultado de um stress mecânico (Foto 02), esta fissura em si pode ter sido causada pela raiz de uma árvore, pelo esforço da peça, pelo seu próprio peso ou pela vibração do tráfego próximo. A própria fissura em si já permite que outra patologia se apresente, pode-se observar que ao redor há manchas de umidade localizada devido a entrada direta de água que a rachadura permite.

Já as imperfeições observadas entre a tampa e a base do túmulo (Foto 03) propiciam o aparecimento de agentes biológicos, no caso específico a presença de vegetação. Devido à localização direta do piso do túmulo sobre o solo a presença de umidade ascendente (Foto 04) em razão da ação da água é claramente evidente em razão das manchas no material.

A tampa do túmulo expõe marcas sobre a sua superfície, o que se supõe é que ela passou por um processo mecânico de raspagem (Foto 05) com uma lixadeira a fim de limpa-la.

As cruzes maltas que constam nas pontas da tampa possuem visualmente diferenças em sua concepção, pois a primeira (Foto 06) está praticamente intacta, pois, por estar localizada na parte voltada para a parede, portanto mais protegida, não sofreu tanto com a ação dos ventos e da salitrose quanto o segundo (Foto 07) que está muito mais degastado. Além disso, pode-se detectar nas mesmas fotos que há a ocorrência de manchas na peça, as pretas são decorrentes da poluição do tráfego, enquanto que as brancas são devido à criação de microflora em função dos fungos ali presentes.