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Design no Brasil

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Por:   •  27/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  605 Palavras (3 Páginas)  •  216 Visualizações

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1 Introdução

Classicamente atribui-se a produção de um determinado artefato industrial a fatores subjetivistas tais como a criatividade do designer, ou a busca do Belo e afins. Por essa perspectiva, muito difundida como visão de mundo entre designers, a história dos artefatos das sociedades industriais é a história da genialidade de alguns poucos indivíduos movidos por forças como “motivação”, “genialidade”, “originalidade”, “senso estético”, etc. Apenas nos anos 1980 destaca-se uma perspectiva distinta de análise a partir da publicação, em 1986, de “Objetos de Desejo”, de Adrian Forty. O autor difunde uma forma social de entender a História do Design. Isto é, a partir de contingências sociais e econômicas que a constituem. O grande objetivo de Forty era escrever uma “história sem nomes” (Forty, 2007), isto é, uma descrição do processo histórico não pautada por supostas ações individuais dos designers, desconectadas do momento histórico em que vivem.

Em uma perspectiva histórico-social o designer não é um criador movido quase que exclusivamente por fatores subjetivos. Ao invés disso, o design encontra-se determinado por fatores econômicos de produção e também a fatores sociais de consumo. Pensar socioeconomicamente revela não apenas os determinantes do design de artefatos industriais, mas também os valores estéticos e éticos implícitos nos mesmos.

Em consonância com o pensamento de Forty, Penny Sparke (2004) também apresenta uma História do Design pautada em contingências socioeconomicas. A autora descreve como a partir de 1945 o Design revestiu-se intensamente do conceito de Modernidade (marcado pela inovação, rompimento com a tradição e valorização tecnocientífica do futuro). Já a partir dos anos 1960 o design começa a apontar para uma lógica Pós-moderna onde valores como diversidade, personalização e domínio da fantasia sobre a realidade passam a figurar em destaque.

Sparke prossegue sua explanação citando o surgimento, nos anos 1990, de uma cultura de consumo onde o design tem papel central como promotor e vendedor de experiências. Consumir uma determinada marca passa a ser, mais que nunca, vivenciar um estilo de vida. Simbolicamente o consumidor integra-se com os valores ético-estéticos do produto, ou da marca, trazendo-os para sua vida. A partir dos anos 1990 o design torna-se estratégico para u ma economia globalizada, centrada em brainding e especializada no conusmo de acessorios na moda. Economia a verdadeira mercadoria é aquilo que os produtos simbolicamente proporcionam: valores, ideias, emocões (Sparke, 2004).

2 Desenvolvimeto

2.1 Design no Brasil

A história do Design no Brasil começa nos anos 1940 em atividades esparsas em pequenas indústrias, mas apenas na década seguinte surgem escritórios especializados em solo brasileiro, todos ligados à Arquitetura e às Artes Plátiscas de teor Modernista. Ainda nos anos 1950, Oscar Niemeyer, então projetista de móveis no escritório da multinacional Taperman, populariza o conceito de que o design brasileiro fundamenta-se nas formas curvas e orgânicas (Leal, 2002).

A década de 1960, época JK e do milagre brasileiro, marca um grande desenvolvimento industrial e, com ele, uma nova

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