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Henry Dreyfuss

Trabalho Universitário: Henry Dreyfuss. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/8/2014  •  1.322 Palavras (6 Páginas)  •  1.538 Visualizações

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Biografia

Neto de alemães emigrados na segunda metade do século XX para Nova Iorque, Henry Dreyfuss nasceu em 1904 e passou a maior parte da sua vida em Manhattan.

Seu interesse pelo design surgiu na New York Society for Ethical Culture, escola onde cursou belas-artes e tomou contato pela primeira vez com o projeto de objetos. Mas seus primeiros trabalhos foram projetos cênicos para o Mark Strand Theatre, frutos de aulas que teve com Norman Bel Geddes, a quem Dreyfuss se referiu sempre como um gênio da profissão de designer. Seu primeiro estúdio ficava em pleno distrito teatral, de onde se mudou em 1930 (ano de seu casamento com Doris Marks, a administradora do escritório) já decidido a seguir a vida como designer industrial. Desde o início da carreira, Dreyfuss já tinha idéias bem claras sobre o que fazer. Para ele, o sucesso do design está na harmonia de cinco fatores: segurança, e conveniência de uso, facilidade de manutenção, apelo e aparência.

Em mais de 40 nos de atividades, ele procurou aplicar esse conceito dia após dia, no desenho tanto de simples jogos de cozinha, quanto de interiores de aviões. Outra característica de seu trabalho era o domínio de todo o processo do produto.

Para o designer, não há muitas diferenças entre projetar um meio de transporte ou produtos de consumo. Em outras palavras, a escala é a grande diferença entre uma linha férrea ou atualizar o desenho dos relógios da linha Big Bem da Westclox. As facilidades, as complexidades e as ferramentas são as mesmas, se o desejo do profissional é dar ao público utensílios que facilitem sua vida e embelezem o cotidiano.

Dreyfuss teve por objetivo melhorar drasticamente a aparência, e usabilidade de dezenas de produtos de consumo. Ao contrário dos contemporâneos, Dreyfuss não era um estilista: ele aplicou o senso comum e uma abordagem científica para problemas de design. Sua obra popularizou tanto o campo para o consumo público, e fez contribuições significativas para os campos de base da ergonomia, antropometria, e factores humanos.

Até 1920 Dreyfuss estudava como um aprendiz de teatro designer Norman Bel Geddes, sua concorrente mais tarde, e abriu seu próprio escritório em 1929, para as atividades de projeto teatral e industrial. Foi um sucesso imediato e de longa duração comercial.

Dreyfuss exerce forte influência sobre outros designers, e isso se dá graças aos seus vários projetos baseados em informações sobre medidas humanas e conforto produzidas por ele. Seus estudos antropométricos foram os pioneiros e ainda são considerados os mais completos e utilizados até hoje, e estão reunidos em seu livro Design for People (1955). Consistem na soma da experiência do dia-a-dia do designer com consultorias realizadas sobre equipamentos e veículos militares dos Estados Unidos. Ficaram famosos os modelos Joe e Josephine, desenvolvidos por sua equipe (em especial Alvin Tilley) a partir das codificações das medidas do corpo humano por ele pesquisadas. Igual importância é dada ao seu guia de símbolos gráficos, originário de um trabalho feito nos anos 1950 para uma empresa de equipamentos que procurava uma linguagem mais fácil para operadores de regiões onde não se falava o inglês. Doris Marks, esposa do designer, ajudou-o na elaboração da obra, onde Henry Dreyfuss escreveu dois livros importantes sobre antropometria: "Projetando para Pessoas" (1955) e "A Medida do Homem" (1960), publicada apenas em 1972, ano da morte de ambos (depois de se aposentar, Henry Dreyfuss e sua mulher suicidaram-se juntos).

Henry foi um grande responsável por desenvolver objetos do cotidiano que tiveram (e muitos ainda têm) profundo impacto na vida da população dos Estados Unidos, criando padrões exportados para diversos outros países, entre eles o Brasil. E por tantas criações, Henry Dreyfuss é conhecido como um dos expoentes da primeira geração de designers industriais norte-americanos.

Trabalhos

No início da década de 40 os Estados Unidos da América estavam em um momento de efervescência industrial caracterizado pelo lançamento de “modernidades” com desenhos industriais diferenciados. Com isso, Henry Dreyfuss, um dos mestres do design da época cujo estilo inconfundível já marcava diversos ícones muito comuns nos lares americanos, foi contratado visando o desenvolvimento de uma nova linha de canetas.

Um dos trabalhos mais afamados de Dreyfuss foi a remodelação da locomotiva do trem de passageiros denominado 20th Century

Limited da New York Central System, cuja frente por ele projetada teve a mesma inspiração futurista da nova caneta. Ele projetou a locomotiva, os vagões de passageiros, o mobiliário e até os pratos, jogos de café, talheres e cardápios do restaurante do trem.

Com um investimento elevado e de alto risco à época para o projeto e desenvolvimento de uma “simples” caneta, na primavera de 1941 foi lançada a Eversharp SKYLINE ou SKYLINER como grafado nos primeiros desenhos de Dreyfuss, tendo o “R” suprimido nas inscrições da caneta quando do processo de fabricação definitivo.

Com grande sucesso desde o lançamento e tendo chegado ao 1º lugar na venda de canetas tinteiro nos EUA em 1945, a SKYLINE permaneceu em produção até 1948.

Com o corpo afilado enquanto fechada e “acinturado” quando aberta, complementado por tampa com “chapéu” (derby) arredondado e envolvido pelo clipe, a aerodinâmica SKYLINE tinha um aspecto inusitado, porém charmoso e agradável, além de boa ergonomia e variedade de penas, sempre em ouro de 14 quilates, para todos os estilos de escrita.

Além da inovação no design, do eficiente sistema de enchimento por alavanca e da boa capacidade de armazenar tinta, também trazia uma inovação técnica que contribuiu para o sucesso: um sistema de equalização de pressão interna impedia o vazamento de tinta a bordo de aviões, enorme transtorno pelo qual passavam pilotos e passageiros - do cada vez mais utilizado meio de transporte - que não ainda

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