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Análise Do Texto "Venere No Altar Da Convergência" - Henry Yenkins

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Por:   •  7/3/2013  •  1.263 Palavras (6 Páginas)  •  2.432 Visualizações

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VENERE NO ALTAR DA CONVERGÊNCIA

Henry Yenkins

A obra de Henry trata da interação produzida pelos meios e com os meios, nessa cultura os consumidores e produtores assumem novos papéis, onde a divisão e classificação de ambos torna-se cada vez mais complexa. Essa Cultura da Convergência é presente e dá sentido a três conceitos. São eles: A própria convergência dos meios, cultura participativa e inteligência coletiva, ambos os presentes na obra de Yenkins, onde ele trata da relação entre esses conceitos.

É notório o fato de a participação dos consumidores ser fundamental a circulação dos conteúdos nos mais variados meios, e isso não é novidade para nós. Com isso, o autor deixa claro que não quer focar o lado tecnológico dessa convergência, mas sim o enriquecimento cultural dos espectadores em contato com ela, com o novo sistema de mídia. Vale ressaltar que a convergência não ocorre por meio de aparelhos, mas dentro dos nossos cérebros quando nos comportamos como consumidores interagindo socialmente com os demais. O consumo por um processo coletivo deu origem a Inteligência Coletiva, nenhum de nós sabe tudo, mas juntos o sabemos. Com a existência dessa Inteligência Coletiva, a definição de cultura popular é cada vez mais incerta, e esta cultura por sua vez, quebra todos os moldes das instituições e práticas sociais e religiosas.

As mil e uma utilidades do celular atualmente deixam claro como esses aparelhos que foram criados simplesmente para fazer ligação um para um atravessam o processo de convergência das mídias e tornaram-se fundamentais para o entendermos. Em suma, estamos vivendo, mais uma vez, uma mudança de paradigmas. Novas e velhas mídias colidem. O autor deixa claro também, que nenhuma lei será necessária para abalar os conglomerados. A supremacia em lidar com essa convergência será fundamental para manter ou derrubar tais conglomerados. O conceito de convergência já foi usado anteriormente na crença de que novos meios substituiriam os anteriores. O estouro da bolha pontocom é prova de que velhas e novas mídias irão interagir de formas cada vez mais complexas. A interação entre as mídias é fruto da incapacidade de as mesmas trabalharem isoladamente.

Em reunião, na New Orleans Media Experience, os lideres da indústria viram a complexidade do assunto convergência. Chegaram às conclusões que a convergência está chegando e temos que nos preparar, ela é mais difícil do que parece, prova disso são os rumos incertos da indústria fonográfica, a sobrevivência só seria possível se todos trabalhassem juntos, aí está o ponto mais complexo das questões levantadas. Ao conceituar “convergência dos modos” Ithiel de Sola Pool aponta a imprecisão das fronteiras entre os meios, agora um único meio físico pode fazer o serviço de todos os demais corrompendo também a comunicação um a um. Cada meio se mostrava com funções e mercados definidos, com uma certa unidirecionalidade na função. Hoje isso não é mais possível devido a liberdade que a tecnologia e seus usuários alcançaram. As empresas que antes ofereciam somente um suporte midiático, se viram obrigadas a preencher todas as lacunas, no que diz respeito as exigências do consumidor, para se manterem de pé ou conquistarem seu apogeu. Pool previu também, a era de transição midiática, onde lidamos com o incerto, com direções imprecisas e resultados imprevisíveis, marca de que a convergência é um processo, nada está terminado, pelo contrário, existe e opera de maneira incessante. Na cultura da convergência “tudo é de todos”, os meios ganham nova cara, o público torna-se privado.

Na falácia da caixa preta a questão dos níveis culturais é deixada de lado e se valoriza o caráter tecnológico dos meios. A existência futura de uma única caixa preta multifuncional e o fato de não sabermos ao certo qual será, aponta-nos para um futuro incerto. Temos várias dessas caixas pretas em casa, mais uma prova da disfunção e incompatibilidade dos meios. Tudo isso nos mostra como os hardwares estão divergindo e seu conteúdo convergindo. A convergência altera a lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os consumidores processam a noticia e o entretenimento. O fluxo midiático

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