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Marchinhas De Carnaval

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Por:   •  14/4/2013  •  1.717 Palavras (7 Páginas)  •  599 Visualizações

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Marchinhas de Carnaval

• Cabeleira do zezé

Qual música será a mais tocada neste Carnaval? Antes de apostar em um samba-enredo ou num hit de Ivete Sangalo, consulte as listas do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).

Elas apontam que "Cabeleira do Zezé", maior sucesso do Carnaval de 1964, na voz de Jorge Goulart, lidera as paradas do período de folia desde 2001 -o órgão afirma não dispor de dados mais antigos.

A relação de músicas mais tocadas nos Carnavais desta década foi feita pela Folha a partir de listas do Ecad que elencam as músicas mais cantadas no Carnaval, de 2001 a 2008.

Como o órgão não fornece o número de execuções de cada uma, a reportagem atribuiu dez pontos à música mais tocada de cada ano, nove à segunda, oito à terceira e assim por diante até a décima, que levou um ponto. A soma indicou as vencedoras.

O autor da música campeã, João Roberto Kelly, 71, é responsável também por "Mulata, Yê, Yê, Yê", outra das sete marchinhas que estão entre as dez mais do Carnaval na década.

A história de "Cabeleira do Zezé" começou em 1963 no bar São Jorge, em Copacabana (zona sul do Rio). Logo que chegou com a namorada, o compositor, então com 25 anos, notou um garçom de cabelos compridos.

Naquela época eram raros os cabeludos. Kelly chegou a desconfiar de José Antônio, o Zezé -não por conta de sua opção sexual, mas pela ousadia. "Ele ficou piscando para a moça que estava comigo". Mas Kelly não reagiu -apenas guardou a fisionomia de Zezé.

Dias depois, após trocar ideias com o amigo Roberto Faissal, ator, que também assina a parceria, Kelly concluía o sucesso "Cabeleira do Zezé".

As marchinhas que são campeãs do Carnaval até hoje foram compostas entre 1931 e 1964. Como explicar tanto sucesso? "Esse tipo de música dá uma injeção de ânimo quando o salão está se esvaziando", diz o pesquisador musical Jairo Severiano, que considera "Bandeira Branca", de 1970, a última grande representante da vertente. "Nos anos 70, o samba-enredo passou a concentrar as atenções", afirma.

http://fontanablog.blogspot.com/2009/02/cabeleira-do-zeze-e-musica-mais.html

O uso masculino do cabelo comprido ainda não era de todo aceito no Brasil em 1964. Daí o surgimento de composições, como “Cabeleira do Zezé”, colocando em dúvida a masculinidade do usuário da nova moda. “Olha a cabeleira do Zezé / será que ele é... / será que ele é...”, dizia a marchinha, adiante arrematada com a repressiva sugestão, “corta o cabelo dele... / corta o cabelo dele...”

Mas logo mais, na segunda metade da década, estaria todo o mundo (principalmente a moçada da música popular) exibindo vastas cabeleiras, numa boa, livre de críticas ou preconceitos.

Especialista em marchinhas e vinhetas musicais para programas de televisão, João Roberto Kelly seria o último bom compositor a se dedicar à canção de carnaval tradicional sendo “Cabeleira do Zezé” lançada por Jorge Goulart, o seu abre-alas curando de uma numerosa série de sucessos carnavalescos

http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/06/cabeleira-do-zez.html#ixzz1nLGEayjF

Aos 70 anos e 50 deles dedicados à carreira, Kelly acumula 40 composições. O cantor se disse emocionado com a imortalização de seu maior sucesso e só conseguiu dizer “Foi muita emoção, foi muita emoção” antes de cair em lágrimas. Ao saber da notícia, Roberto Carlos que está em turnê pelo Caribe, incluiu a marchinha em seu repertório.

Com a indicação, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional já está providenciando para que os livros de história do Brasil distribuídos na rede pública, contem com a novidade a partir de 2011.

A solenidade oficial foi marcada para o dia 26 de outubro de 2009 em Paris.

http://bobagento.com/a-marchinha-de-carnaval-cabeleira-do-zeze-sera-declarada-patrimonio-historico-da-humanidade/

• A-lá-lá-Ô

A história de "Alá-Lá-Ô" começou no carnaval de 1940, quando um bloco do bairro da Gávea cantou nas ruas a marcha "Caravana", de autoria de seu patrono Haroldo Lobo, que tinha apenas estes versos: "Chegou, chegou a nossa caravana / viemos do deserto / sem pão e sem banana pra comer / o sol estava de amargar / queimava a nossa cara / fazia a gente suar".

Meses depois, preparando o repertório para o carnaval de 41, Haroldo pediu a Antônio Nássara para completar a composição. Achando a idéia (a caravana, o deserto, o calor...) bem melhor do que os versos, ele logo faria esta segunda parte: "Viemos do Egito / e muitas vezes nós tivemos que rezar / Alá, Alá, Alá, meu bom Alá / mande água pra Ioiô / mande água pra Iaiá / Alá, meu bom Alá".

Conta Nássara - em depoimento realizado para o Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro, em 1983 - que, quando Haroldo tomou conhecimento dos versos, com a palavra "Alá" repetida várias vezes, entusiasmou-se: "Mas que palavra você me arranjou, rapaz!". E ali, na hora, criou o refrão "Alá-lá-ô, ô-ô-ô ô-ô-ô / mas que calor, ô-ô-ô ô-ô-ô", ponto alto da composição.

Ainda no mesmo depoimento, Nássara ressalta a atuação de Pixinguinha, como arranjador, na gravação inicial: "Era a última sessão de gravação para o carnaval de 41. Se não fosse gravado naquela sessão, só sairia no ano seguinte. Então, corri à casa de Pixinguinha, na rua do Chichorro, no Catumbi. Era um sábado de verão e o maestro, cheio de serviço, estava trabalhando sem camisa, encharcado de suor. Mesmo assim, ele teve a boa vontade de dar prioridade à minha música, começando a fazer imediatamente o arranjo, que ficou uma beleza, com uns três ou quatro enxertos de sua autoria".

Além da criativa introdução, Pixinguinha soube vestir "Allah-lá-ô" com uma orquestração exemplar, em que mais uma vez utilizou o recurso da modulação na sessão instrumental, que começa e termina com duas brilhantes passagens, primeiro subindo a lá maior e depois retornando a sol maior, tonalidade do cantor. Em 1980, num artigo em Manchete, David Nasser declarou-se autor da letra de "Caravana", embrião de "Allah-la-ô".

http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/allah-la.html#ixzz1nLFTrQfx

A história está no livro Nássara - o Perfeito Fazedor de Artes, da coleção perfis do Rio (Editora Relume Dumará),

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