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O Que é Arte

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Por:   •  9/6/2014  •  3.393 Palavras (14 Páginas)  •  296 Visualizações

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Resumo Do Livro o Que é Arte De Jorge Colli, Separadp Por Capítulos

Resumo do livro – O que é arte de Jorge Coli.

INTRODUÇÃO

Os discursos que determinam o estatuto de arte não parte de uma definição abstrata, lógica ou teórica, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura. Inúmeros tratados de estética procurou definir o conceito, no entanto nos decepcionamos ao buscar uma resposta clara e definitiva, que acabam se tornando contraditórias ao se colocarem como verdade única. Nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de suas atividades e as privilegia, é possível saber quais coisas correspondem a ideia de arte e como devemos nos comportar diante dela, essa tranquilidade em definir o que é arte é frágil pela falta de sentido que engloba essa ideia.

A INSTAURAÇÃO DA ARTE E OS MODOS DE DISCURSO

A hierarquia dos objetos

Em nosso mundo a arte se instala por meio do aparato cultural que envolve, o discurso, o local e as atitudes de admiração, que permitem a manifestação do objeto artístico, dando ao objeto “estatuto de arte”, esses instrumentos acabam nos influenciando e nos moldando a reconhecer que determinada obra tem mais valor que outra, criando assim uma hierarquia de objetos artísticos. Em nossa cultura temos um conceito que qualifica a posição máxima de uma obra que chamamos de obra-prima, no entanto esse julgamento não determina que tais objetos é mais “arte” que outros. A crítica concede estatuto de arte a um objeto e classifica-o numa ordem de excelências, segundo critérios próprios, essa verdade objetiva é frágil. O conceito obra prima teve mudança de sentido no decorrer da história da arte, hoje temos obra-prima como a obra perfeita, de grande valor financeiro, a grandiosa obra de um autor , no entanto obra-prima era aquela que coroava o aprendizado de um ofício, e não se tratava de uma criação inovadora e sim um utensílio, criado por um carpinteiro, ouvires ou tecelão, baseados em técnicas.

Os caminhos do discurso

Os fatores que determinam o estatuto de arte e o valor de um objeto artístico é mais complexo que um julgamento técnico, cada discurso pode tomar seu caminho, questão de afinidade entre a cultura do crítico e a do artista, de coincidências com os problemas tratados, existem épocas que se podem considerar uma obra, ARTE, e depois de um tempo não considerar mais. Os fatores exteriores instauram arte em nossa cultura, e determinam a hierarquia dos objetos artísticos, essas divergências e critérios nos confundem. Uma saída para o impasse é buscar uma solução estatística: se não há unanimidade, talvez haja maioria. No entanto a maioria acaba na hierarquização da arte e somos novamente induzidos a valorizar personalidades notáveis. A história da arte sofre grande oscilação entre o interesse e o desprezo, comprovando que a autoridade institucional do

discurso competente é forte, mas inconstante e contraditória, e não nos

permite segurança no interior do universo das artes.

A BUSCA DO RIGOR

A ideia de estilo

Se conseguirmos definir estilos, no interior dos quais encaixamos a totalidade da produção artística, começamos a pisar terreno mais seguro, a ideia de estilo está ligada a ideia de recorrência. Numa obra existe um certo número de construções , de expressões, sistemas plásticos, literários, musicais que são escolhidos e empregados pelo artista, quando conhecemos suficientemente o estilo de um autor , reconhecemos com facilidade sua produção. O estilo pode até levar à constatação da existência de autores sobre os quais ignoramos tudo: são os "mestres". Se um grupo de obras anônimas apresenta muitas afinidades estilísticas, os especialistas criam a hipótese de um autor comum. Frequentemente, é um quadro mais importante que agrupa, à sua volta, outras obras e que dá nome ao autor, outras vezes o mestre é autor de um ciclo, assim, as constantes estilísticas permitem mesmo a constituição de autores unicamente a partir das obras. Descobrimos que as diversas épocas constroem uma espécie de pano de fundo estilístico comum às obras, por diferentes que sejam. As classificações estilísticas não têm, muitas vezes a pureza formal.

OS ESTILOS

Falando de arte, referimo-nos a impressionismo, surrealismo,romantismo, rococó, a um estilo cretense, helenístico ou egípcio. Na maior parte das vezes, atribuímos a essas palavras um poder excessivo: de encarnarem uma espécie de essência à qual a obra se refere. Isso nos tranquiliza, pois supomos conhecer o essencial sobre a obra, supomos saber o que significam as classificações, e que a obra corresponde a uma delas.

Essa atitude não é satisfatória, pois as obras são complexas, e nunca se reduzem a uma definição formal e lógica. Dissemos que as denominações estilísticas extravasam o domínio da definição formal, que, inicialmente, parecia constituir seu núcleo de base. Elas não são lógicas, são históricas, viveram no tempo e tiveram caminhos e funções diferentes. Elas evoluíram, e não são forçosamente as mesmas segundo as épocas que as empregam. Percebemos, que as classificações não são instrumentos científicos, que elas não são exatas, que não partem de definições, e que agrupam obras ou artistas por razões muito diferentes, entre as quais se pode encontrar a ideia de estilo, mas não forçosamente,

e sempre parcialmente. O que nos leva a considerar que seu emprego deve ser muito cuidadoso. Um dos perigos é o de sua utilização como universais, esse emprego descontraído e sem compromisso é evidentemente abusivo, apenas apropriado a conversas de salão ou de bar.

Estamos diante de produtos que nos escapam, que se desenvolvem de modo tão

inesperado, tão pouco previsível que, para os dominar, não resistimos à tentação fácil de os classificar. E essas classificações passam a ser mais importantes do que as obras.

CRÍTICA, HISTÓRIA DA ARTE, CATEGORIAS DE SISTEMAS

O princípio das classificações baseadas na ideia de estilo deu, em particular à história da arte, a esperança de um instrumento objetivo e eficaz. E aqui é preciso

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