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O Significado Da Arte-educação

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Por:   •  12/3/2014  •  1.415 Palavras (6 Páginas)  •  644 Visualizações

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‘A arte desempenha um papel potencialmente vital na educação das crianças. Desenhar, pintar ou construir constitui um processo complexo em que a criança reúne diversos elementos de sua experiência, para formar um novo significado. No processo de selecionar, interpretar e reformar esses elementos, a criança proporciona mais do que um quadro ou uma escultura, proporciona parte de si própria: como pensa, como sente e como vê. Para ela a arte é atividade dinâmica e identificada.

A educação formal assume um papel de extraordinária importância, quando nos damos conta de que nossas crianças, desde os cinco ou seis anos, até aos dezesseis, dezoito ou mais, são forçadas, por exigências legais e de trabalho, a passar dez, doze anos, dentro da escola. Isto é uma sentença rigorosa pelo simples fato de se nascer criança.

Entretanto, parte-se do princípio de que o cumprimento dessa sentença permite ao jovem ocupar seu lugar como membro cooperante e bem ajustado na sociedade. De algum ponto de vista, a educação cumpre sua tarefa, olhando hoje a nossa volta, podemos observar grandes conquistas materiais. Mas podem-se suscitar sérias interrogações sobre a nossa capacidade de educar, para além da produção e consumo de objetos. Em nosso sistema educacional, damos, realmente, ênfase aos valores humanos? Ou estamos tão ofuscados pelas recompensas materiais que não logramos reconhecer que os verdadeiros valores da democracia residem no seu mais precioso bem, o indivíduo?

Em nosso atual sistema educacional, a maior ênfase incide sobre a aprendizagem de informação dos fatos. Em grande escala, a aprovação ou reprovação num exame ou curso, a passagem de ano ou mesmo a permanência na escola dependem do domínio ou da memorização de certos fragmentos de informação os quais já são conhecidos do professor. Assim, a função do sistema escolar parece consistir em criar pessoas que possam armazenar fragmentos de informação e depois possam repeti-los a um sinal dado. Uma vez que o estudante tenha adquirido certa competência na apresentação dos fragmentos apropriados e informação, no momento certo ele é considerado apto a graduar-se na escola que frequenta. O mais perturbador é que capacidade para repetir fragmentos de informação pode ter muito pouca relação com o membro cooperante e bem-ajustado á sociedade, que pensávamos estar produzindo.

Não queremos dar a impressão de que a humanidade é salva pelo mero desenvolvimento de um bom programa de criação artística, nas escolas públicas: mas os valores significativos num programa de arte são os mesmos que podem ser básicos para o desenvolvimento de uma nova imagem, de uma nova filosofia e mesmo de uma estrutura inteiramente nova do nosso sistema educacional. Um número cada vez maior de pessoas reconhece que a aptidão de aprendizagem difere de uma ideia para outra e de um indivíduo para outro, e que essa aptidão para aprender envolve não só a capacidade intelectual, mas também fatores sociais, emocionais, perceptuais, físicos e psicológicos. O processo de aprendizagem é muito complexo e, portanto, talvez não exista um único método de ensino que se possa considerar “o melhor”. Nossa tendência para a concentração no desenvolvimento da capacidade de regurgitar fragmentos de informação pode estar enfatizando, indevidamente, um só fator no progresso humano, o que é medido pelos testes de inteligência. Tal como a testou atualmente, a inteligência não abrange vasta gama de faculdades intelectuais que são necessárias à sobrevivência da humanidade. As aptidões de interrogar, de procurar respostas, de descobrir forma e ordem, de repensar, de reestruturar e encontrar novas relações, são qualidades que não são, de um modo geral, ensinadas, de fato, parece serem menosprezada em nosso atual sistema educacional.

Talvez uma das aptidões básicas que deveriam ser ensinadas em nossas escolas públicas seja a capacidade de procurar descobrir respostas, em vez de aguardar, passivamente, as respostas e instruções do professor. As experiências centrais numa atividade artística consubstanciam, precisamente, esse fator. Isto é também verdadeiro, a respeito de uma criança de jardim de infância, que esteja montando uma construção chamada “Primavera”, com palhas, papel colorido e tampas de garrafas, ou de um estudante de nível superior, que esteja pintando um quadro e necessite de mistura de cores e invenção de novas formas.

A criança muito pequena tem liberdade de agir independentemente do montante de conhecimentos que a humanidade já acumulou a respeito de tal ação. Elas aprendem a caminhar sem nenhuma compreensão intelectual do controle motor envolvido. O que uma pessoa sabe ou ignora pode não ter vinculação alguma com a ação criadora. Por vezes, ouve-se dizer que existem passos definidos no sentido do processo criador e que a preparação é um dos primeiros e mais importantes avanços. Entretanto, podemos observar que a criança cria com ajuda de qualquer grau de conhecimento que possua nessa fase. O próprio ato de criar pode fornecer-lhe novos vislumbres, novas perspectivas e nova compreensão para ação futura.

Um dos elementos básicos, de uma experiência artística criadora, é a relação entre o artista e o seu meio. Pintar, desenhar ou construir é processo constante de assimilação e projeção: absorver, através dos sentidos, uma vasta soma de informações, integrá-las no eu psicológico, e dar uma nova forma aos elementos que parecem ajustar-se as necessidades estéticas do artista nesse momento. Se atentarmos par a educação

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