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O documentário “Santa Marta: Duas Semanas no Morro” dirigido por Eduardo Coutinho

Por:   •  24/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  417 Palavras (2 Páginas)  •  554 Visualizações

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O documentário “Santa Marta: Duas Semanas no Morro” dirigido por Eduardo Coutinho, reproduz como era a vida dentro da comunidade Santa Marta naquela época. Coutinho procurou trazer para a filmagem um pouco do dia a dia dos moradores, seus hábitos, religiosidade, racismo, violência, o relacionamento com a polícia, sonhos e reivindicações.

Apesar de abordar vários pontos e situações vividas pelos moradores da favela, o conteúdo central do documentário, no meu ponto de vista, é a questão da violência e principalmente a relação deles com a polícia. O grande apelo das pessoas da comunidade é sempre pelo respeito. Eles se sentem descriminados, agredidos e desprotegidos, já que a polícia, que deveria assumir o papel de protetor, os trata com constante truculência. Os moradores reivindicam melhores condições de vida, o famoso direito de “ir e vir” que todos falam, mas que para eles, esse direito é constantemente violado pelas autoridades policiais. Em um dos depoimentos, uma das moradoras pede que alguém faça alguma coisa a respeito, enfatiza o fato de estarem fazendo as entrevistas, mas que espera que através disso seja tomada alguma providência em relação à situação vivida por eles, ela tem esperança que atrás do documentário algo possa mudar.

Outro ponto importante que chama bastante atenção é visão dos jovens desta comunidade, pois ao mesmo tempo em que eles gostam do lugar onde vivem, eles aceitam suas condições de vida, que muitas vezes nem sempre é a ideal, os entrevistados parecem não ter perspectiva de que suas vidas possam mudar, que eles podem sim ter uma historia diferente daquela, que seus sonhos possam se realizar. A conformidade daqueles jovens foi o que me entristeceu, principalmente pelo fato de ter outros milhares de jovens e crianças com essa mesma conformidade lá dentro. São pessoas cheias de vida, com muita história para contar e que podem e devem ter um futuro melhor, o que falta ali é o básico, uma coisa que todos deveriam ter que é o incentivo, é mostrar para aquelas crianças que elas podem ser tudo que elas quiserem ser.

Por fim, apesar de aquele ambiente ser extremamente hostil, com constante violência e muitas vezes, acredito eu, que o medo deve bater no coração de cada um daqueles moradores. Entretanto, mesmo tendo vários motivos para não gostar do lugar, as pessoas amam estar ali, se sentem livres, sem ter ninguém para julga-los e diferentemente do que parece, os próprios moradores se protegem e se ajudam, ali, entre eles, para muitos, tem mais segurança do que em qualquer lugar.

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