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Origens da Arte

Por:   •  8/4/2019  •  Dissertação  •  1.553 Palavras (7 Páginas)  •  121 Visualizações

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As Origens da Arte - ​Ernest Fischer De que modo a arte se tornou necessária?

A arte é tão antiga quanto o homem.

A necessidade de sobrevivência é o motor original que leva o homem a inventar ferramentas. Foi utilizando ferramentas que o homem se fez homem, produziu-se a si mesmo. A arte é uma forma de trabalho, e segundo a definição marxista, o Homem é um ser que produz sua própria sobrevivência.

INSTRUMENTOS DE SOBREVIVÊNCIA

- Ocasionais: vara, pedra → extensões da mão (McLuhan), não foram produzidos e sim encontrados na natureza. Embora o homem não tenha produzido esses instrumentos, ele os usa para explorar o mundo.

- O homem e a ferramenta passaram a existir indissoluvelmente ligados um ao outro.

- A eficiência é muito mais antiga do que o propósito; a mão é uma descobridora há mais tempo do que o cérebro. (Basta observar uma criança desfazendo um nó: ela não pensa, limita-se a experimentar. Só paulatinamente, a partir da experiência das mãos, é que vem a compreensão de como se fez o nó e do melhor modo de desfazê-lo).

- O homem primitivo ainda não distinguia claramente entre a sua atividade e o objeto ao qual ela se relacionava; as duas coisas formavam uma unidade indeterminada.

→ Passa do instrumento ocasional ao não-ocasional, e inicia-se a fabricação desses instrumentos por meio da imitação. Além de imitar a natureza, ele aperfeiçoa a função. → A partir do momento que ele inventa o instrumento, ele passa a dominar a natureza e a natureza modificada pelo instrumento, modifica o homem. ​Para cada momento tecnológico, existe um Homem diferente porque o homem, quando cria novas tecnologias, precisa se modificar para se adaptar a ela.

→ O Homem inventa os instrumentos mas os instrumentos também inventam o Homem.

→ A medida que o homem fabrica o instrumento, ele fabrica o trabalho.

→ A produção coletiva da sobrevivência necessita comunicação.

- A fala não é algo natural, pessoas aprendem a falar porque são ensinadas a falar.

- Embora a palavra se tivesse tornado signo (não mais uma simples imitação ou expressão), uma pluralidade de conceitos cabia dentro desse signo. Só gradualmente veio a ser atingida a pura ​abstração.​

→ A abstração surge do aperfeiçoamento da função. A linguagem inicia-se onomatopeica e depois abstrata.

Mecanismo psíquico de invenção→ imitação→ aperfeiçoamento→ fabricação

- A invenção de cada instrumento produz a experiência de PODER sobre a natureza. Para Fischer, o ponto crucial é que o próprio uso desses instrumentos produz um desejo de poder infinito sobre a natureza, para que o Homem possa ser imortal, renascer. Isso é possível perceber pelo ato de enterrar.

→ Surgimento da TRANSCENDENCIA: mitos, ritos, religião.

- Em todo poeta existe certa nostalgia de uma linguagem mágica, original. A arte, em todas as suas formas, era uma atividade comum a todos e elevando todos os homens acima do mundo animal. Mesmo muito tempo depois da quebra da comunidade primitiva e da sua substituição por uma sociedade dividida em classes, a arte não perdeu seu caráter coletivo. Somente a verdadeira e autêntica arte consegue recriar a unidade entre o singular e o universal. Somente a arte consegue elevar o homem de um estado fragmentado a um estado de ser íntegro, total. A arte é uma realidade social. - A sociedade precisa do artista, uma vez que ela capacita o homem a compreender a realidade, e mais ainda, a suportá-la e, ainda melhor, a transformá-la, tornando-a mais humana e hospitaleira para a humanidade.

- O Homem que se tornou Homem pelo trabalho, que superou os limites da animalidade transformando o natural em artificial, o Homem que se tornou um mágico, o criador da realidade social, será sempre o mágico supremo. →Enquanto a própria humanidade não morrer, a arte não morrerá.

As origens da Arte:

- Texto “As origens da arte”, do autor Ernest Fischer, dentro do livro: A necessidade da Arte:

Pergunta: Qual é a necessidade da arte?

Para responder, ele precisa recuperar o homem nu, não apenas o nu físico, mas o nu completo. Como chegamos até aqui? Não temos condição de saber realmente qual foi a primeira ferramenta que o homem fez, mas temos como saber que as primeiras foram as de necessidade de alimentação e defesa para sobreviver. Necessidade da sobrevivência como motor que leva a gente a fazer coisas para satisfazer essa necessidade. Segundo Fischer, o primeiro instrumento do homem foi a própria mão. Exemplo, a primeira vez que o homem pegou uma vara no chão para alcançar uma fruta na árvore, dessa forma, ele descobriu um objeto e um uso e função pra ele, Fischer chama de instrumento ocasional. Ele não fabricou o objeto, ele pegou pronto, mas ele quer dizer que isso já é uma descoberta no momento que depois ele guardou o tronco para usar sempre. Ou então se defender de animais com pedras, o homem não fabricou a pedra, mas atribuiu uma função de uso. Então, mesmo que não tenha fabricado, se o homem usa um objeto para fazer parte de sua experiência, já é um instrumento ocasional. Quanto mais usa, mais conhece melhor o objeto e sabe mais a função. Sabe mais para que serve, as variações, a especialização da função (vara maior alcança alturas maiores, pedras mais pontudas, mais pesadas, etc.).

Então, do instrumento ocasional, passa para o instrumento não ocasional, onde o homem começa a produzir os objetos. O processo de invenção começa quando o homem encontra na natureza um objeto para a sua sobrevivência, ele usa, experimenta, aí ele amplia o conhecimento da função daquele objeto. Por exemplo, ele começa a afiar a ponta das pedras, ele arruma um jeito de unir duas varas

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