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Produção Artesanal

Artigo: Produção Artesanal. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/11/2014  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  391 Visualizações

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2. PRODUÇÃO ARTESANAL

Segundo Bertrand (2010), os primeiros objetos feitos pelo homem eram artesanais. Isso pode ser identificado no período neolítico (6.000 a.c) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica como utensílio para armazenar e cozer alimentos e descobriu a técnica de tecelagem das fibras animais e vegetais. O mesmo pode ser percebido no Brasil no mesmo período. Pesquisas permitiram identificar uma indústria lítica e fabricação de cerâmica por etnias de tradição Agreste que viveu no sudeste do Piauí a 6000 a.C.

A partir do século XI, o artesanato ficou concentrado então em espaços conhecidos como oficinas, onde um pequeno grupo de aprendizes vivia com o mestre artesão, detentor de todo o conhecimento técnico. Este ensinava os empregados em troca de mão de obra barata e fiel, o empregado recebia ainda vestimentas, comida e o conhecimento.

O que caracteriza este modelo de produção é trabalhadores qualificados, dominando todas as etapas da produção, inclusive o projeto, Layout posicional (projects), as ferramentas simples e de uso geral e os produtos não tem padronização, os componentes são imperfeitos e tem muitas variações dimensionais. Possui elevado custo de produção e aquisição (mercado restrito) devido a produção de um item de cada vez, em compensação, o cliente podia escolher seu produto e ter a certeza de que ele seria único, pois muito provavelmente não seria possível produzir outro produto igual. Possui também baixíssimo volume de produção baixa confiabilidade, inexistência de testes, cada produto um protótipo, contato direto e grande atenção a consumidores individuais, contava com trabalhadores qualificados e não havia estoques. O artesão tinha que adquirir os insumos necessários à produção, realizando seus trabalhos em sua própria oficina, onde um pequeno grupo de aprendizes vivia com o mestre artesão, detentor de todo o conhecimento técnico. Este ensinava os empregados em troca de mão de obra barata e fiel, o empregado recebia ainda vestimentas, comida e o conhecimento. Na produção artesanal, a relação com o cliente é bastante próxima, não havendo intermediários.

O artesão era detentor da tecnologia, criativo tinha satisfação ao produzir, não era assalariado, seus produtos fabricados serviam como moeda de troca e havia comprometimento com a produção . Passava o ofício entre os membros da família e era seu próprio chefe.

Para Gomes (2008), a produção artesanal começa a ser dominada pelos mercadores que compravam as matérias-primas e vendiam o produto final. Aos artesãos menos especializados faltava organização e normalmente acabavam por trabalhar diretamente para o mercador. Quando os produtores ofereciam diretamente à venda os artigos que fabricavam, corriam os riscos inerentes à lei da oferta e da procura, o que os levava a preferir a entrega ao setor inteiramente dedicado à vida mercantil. Os artesãos passaram a ser dominados por uma minoria de comerciantes, que usava os seus poderes para subordiná-los, e perderam assim o controlo do produto do seu trabalho. Os seus produtos eram vendidos no mercado, não diretamente aos consumidores, mas aos intermediários comerciantes, que estabeleciam o contacto com o mercado, conheciam as necessidades dos eventuais compradores e o seu poder de compra. Por vezes, eram formalizados contratos

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