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A Cada dia as crianças e adolescentes são afetados pela violência no Brasil

Por:   •  10/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  230 Visualizações

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A cada dia as crianças e adolescentes são afetados pela violência no Brasil. O abuso varia entre psicológico, físico e sexual. As estatísticas ainda apontam um cenário desoladro em relação à violência contra os menores de idade. Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil, por dia, 129 casos são reportados, em média, ao Disque Denúncia 100. Isso quer dizer que, a cada hora, cinco casos de violência contra meninas e meninos são registrados no País. Esse quadro pode ser ainda mais grave se levarmos em consideração que muitos desses crimes nunca chegam a ser denunciados.

Após sofrer o abuso, o Juizado da infancia e adolescencia encaminha esses menores a casas de acolhimento estão espalhadas por todo país. Esses abrigos funcionam para parecer um lar, e dar a impressão que os abrigados estão realmente em casa enquanto o processo é agilizado. Dali, as crianças voltam para sua família biológia, ou entram em processo de adoção.

Em Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul, funciona um abrigo desde 1986, o Centro de Apoio e Orientação a Criança Lar Vovó Miloca. Segundo a coordenadora do lar, Dona Josefa, lá estão abrigadas cerca de 22 crianças entre 0 a 12 anos, entre elas, 60% são vitimas de abuso, seja ele qual for. Josefa contou ainda, que a maioria dos abusadores são pessoas muito próximas as crianças, a quem elas confiam, geralmente sendo da familia.

O lar funciona com assistentes sociais e psicologas que fazem o acompanhamento direto com essas crianças. A rotina da casa tem que ser o mais parecido o possivel de um lar normal. De manhã as crianças tomam café ao acordar e logo fazem as tarefas da escola, depois do almoço vão para a escola e a noite fazem terapia, praticam esportes, entre outras coisas. Aos finais de semana, o lar promove atividades recreativas em um sitio próprio para isso.

Mesmo com todo o acompanhamento e tratamento oferecido, Josefa indaga que essa violência gera marcas para o resto da vida dessas crianças, gerando revolta, profunda tristeza e até culpa. “São cicatrizes que mesmo que curam, sempre estão ali para lembrar o que aconteceu”, ela disse ainda que a maioria das pessoas que procuram o lar como voluntários, sofreram algum tipo de abuso e estão em busca de rendenção.

Durante a entrevista, a coordenadora lembrou de um caso que emocionou todos no lar Vovó Miloca. “Chegou para a gente uma criança de 1 ano e meio, ela tinha sido queimada pela própria mãe com água quente na barriga, o tempo passou e mesmo que ele se machucasse, caisse e tivesse outro ferimento, sempre que nós perguntavamos onde era o dodoi, ele apontava para a barriga, isso marcou muito a gente”, lembrou Josefa.

Apesar de não ter todo o apoio e estrutura de que necessitam, Josefa frisa a importância desses lares na vida dessas crianças abusadas, todo tratamento, atividade e carinho oferecidos pelos profissionais fazem tanta diferença que ela conta que diversas crianças são adotas, mas não se adaptam ao novo lar e querem voltar ao abrigo, “elas chegam até a nos chamar de mãe”, contou.

O Centro de Apoio aconselha a todos que estão na fila para adoção e que queiram realmente criar essas crianças, a se preparem psicologicamente para receber essas crianças que tem um passado e marcas. “É preciso muita paciência, compreensão e principalmente amor para conquistar a confiança desses pequenos que já sofreram tanto”, completou.

        

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