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A Desumanização Da Segurança pública

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Por:   •  15/9/2014  •  6.272 Palavras (26 Páginas)  •  188 Visualizações

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De alguém que observa e vivencia todos os dias, a castração do direito à ser humano dos "invisíveis sociais" - Os pobres -

São os olhos de quem de fato está sofrendo, no momento em que tudo está acontecendo que me formam e me informam. Não tenho papéis, pesquisas, projetos, diplomas – aliás, se ainda não tenho um diploma, foi exatamente por ter optado por formar minha alma antes (e me impuseram essa opção, como alguns aqui sabem)

Enfim, ainda não tenho teorias e não tenho ordenações rígidas em meu trabalho e em meu saber; preciso desse conhecimento, claro, mas para me aprimorar apenas, para que esse know how me ajude a ajudar as pessoas de carne, osso - e muito sangue - com que topo pela frente. Não quero ser mais uma cri-cri pedante, que aconselha "ESPERAR QUE O POVO DESPERTE A CONSCIÊNCIA POR SI SÓ".

É pra isso que me serve a fórmula gabinete;

Doutores, autoridades responsáveis pelas causas que acompanho, nada mais do que funcionários designados para ocuparem um cargo. Uma vez exonerados, outros vêm e o preenchem, com os mesmos corações vazios.

Os protagonistas que me interessam são os violados. Os que sofrem – E COMO SOFREM - a história na pele.

O Estado se adona desse sofrimento e o recria, destituindo os protagonistas, de suas próprias vidas e de suas verdades, como fazem com suas autoridades, corredores afora quando bem apropriado.

A Política de segurança pública no Brasil, não desumaniza apenas o pobre, negro e favelado ao lhe tirar seus direitos.

A mesma máquina perversa também castra a humanidade daqueles que a servem, destituindo seus comandados da autenticidade e a substituindo por um caráter forjado e amputado (desculpem a falta de termos técnicos, já expliquei)...

O campo macabro de guerra, é semeado de dentro dos gabinetes refrigerados, onde se ganha uma fábula de dinheiro que nenhum de nós viu nem sequer em fotografia, mas a colheita, é feita nas ruas por nós, civis, agentes do Estado, agentes da lei, monitores e ouvidores dos direitos humanos,... Governos que torturam inevitavelmente geram o ódio, mas não querem lidar com esse produto final. Preferem calar o povo na pancada.

E se um policial que tenha sido convencido a bancar o Rambo, colher uma bala achada como fruto desse ódio, será encostado, verá seu contra-cheque reduzido, seus filhos serem chamados de remelentos dentro de certos gabinetes e sua valentia ser esquecida.

Policiais são soldadinhos de chumbo, feitos em escala industrial; sai mais em conta fazer outro do que recauchutar o antigo -

A segurança de seres humanos importa menos do que a segurança dos cofres no Brasil. Por conta das manifestações, policiais ficaram sem folga, dormiram no chão em quartéis, passaram 12 horas em pé, sem água, sem preparo... Descontam toda a raiva por terem que passar por isso, na população – nos seus iguais, e depois, querem despertar compreensão, carinho, admiração e preferência... Não vai acontecer!

Se por um acaso, um policial resolver pensar, enxergar o quanto se torna conivente, omisso e cúmplice dessa sordidez, resolver se pronunciar e desobedecer as ordens, será preso por motim e terá promoções suspensas, e esse é o mecanismo do Estado para freá-los.

Policiais, representam medo ou vergonha para suas famílias; representam monstros para os perseguidos e apenas cumpridores mecânicos do dever para os demais cidadãos...

Direitos Humanos, como sabemos, são direitos que todos os seres humanos têm:

Homo sapiens de ambos os sexos, independentemente de raça, nacionalidade, etnia, idioma, credo ou qualquer outra condição, mas vamos combinar... Na teoria é assim, mas na prática, quanta diferença...

A sociedade cada dia mais encara “direitos humanos” como concessões à serem dadas à “humanos direitos”. O direito à vida e à dignidade, à liberdade de opinião, de expressão e de locomoção, o direito ao trabalho e à educação, à saúde, à moradia, ao transporte,... Todos merecem estes direitos, sem discriminação.

De todos esses, eu só posso falar um pouquinho sobre as consequências da política de segurança pública (o que significa infelizmente, um relatório de abusos) no dia a dia dos pobres.

Atualmente, essa tal Segurança pública, se amarra em nó cego com todos os direitos fundamentais a serem defendidos, porque defender, reclamar, ou denunciar sobre qualquer um desses direitos se tornou caso de política de segurança pública. É o fio que estrangula todos os outros.

Hoje, menos de 5% da população mundial conhece a Declaração Universal dos Direitos Humanos e ninguém deveria ser privado de conhecê-la, num mundo que se vangloria de pregar o respeito aos direitos humanos, em plena era da globalização.

Acesso ao conhecimento de direitos, expande mentes e aterroriza Governantes. Um povo culto e livre não interessa a quem pretenda se eternizar no poder sem maiores contestações.

A precarização da educação no Brasil não é um acidente ou consequência de má gestão; é uma estratégia.

Falando sobre uma nova consciência em direitos humanos, deveríamos pensar em como convencer os representantes mundiais a decretarem que em todas as escolas fosse ensinada a DUDH, e que todo passaporte a tivesse impresso. Muitos vão dizer que não adiantará de naada... Tá eu sei gente, mas uma garrafa pela metade pode ser vista como metade cheia, ou metade vazia... Na minha opinião, isso de "não vai funcionar" é blablabla de quem na verdade não está nem ai...

Falando em DIREITO À VIDA E À DIGNIDADE,

Quando se fala em vida, acho que devemos pensar primeiro na espécie de ser vivo nós somos.

Algumas pessoas me passam a sensação de que sofreram alguma espécie de mutação, devido a qual, perderam a capacidade de se reconhecerem quanto de uma espécie, e se reconhecer em seus semelhantes. Nós não somos protozoários, não nos parecemos com uma samambaias e não temos sangue de rubi, logo, não somos monera, não somos vegetais, não somos minerais; somos bicho mesmo. Animais que sentem e pensam; que possuem instintos, como também, discernimento.

Toda e qualquer lei que intencione nos transformar num toco inanimado de madeira, eu considero um fracasso.

Nossa

...

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