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A Historia Moçambicana

Por:   •  4/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.185 Palavras (9 Páginas)  •  70 Visualizações

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO        6

II. REVISÃO DA LITERATURA        7

2.1. ANTECEDENTES DA ADOPÇÃO DO SOCIALISMO        7

2.1.1. Surgimento das Zonas Libertadas        7

2.2. Socialismo e sua implementação e seu fracasso        8

III. CONCLUSÃO        12

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        13

I. INTRODUÇÃO[pic 4]

O presente trabalho discursa sobre a História moçambicana após independência e é importante saber que ela remonta e compreende o período que parte da Comunidade Primitiva (de caçadores e recolectores, entre os séculos II-III) ao período pós-independência. Entre 1976 e 1992, Moçambique esteve envolvido na guerra civil que durou 16 anos. Enquanto a guerra decorria, e porque as partes (FRELIMO e RENAMO) já demonstravam algum desgaste, iniciou um longo processo de negociações na busca da paz, com a intervenção da comunidade internacional, tendo resultado na assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992.

II. REVISÃO DA LITERATURA  

2.1. ANTECEDENTES DA ADOPÇÃO DO SOCIALISMO

2.1.1. Surgimento das Zonas Libertadas

O surgimento das zonas libertadas serviu de base na construção das primeiras formas de organização política, económica e social da FRELIMO em moldes socialista.

No princípio da sua formação, a FRELIMO expressou no seu programa de governo (no I Congresso em 1962), um estatuto com alguns dos pontos que se referiam directamente à questão económica. Entre esses pontos, os mais importantes argumentavam pela liquidação de todas as relações económicas do tipo colonialista e imperialista, e que prevalecesse a reconstrução da economia e o desenvolvimento da produção. Com tais medidas económicas o objectivo era transformar Moçambique, de um país colonial e subdesenvolvido para um país economicamente independente, industrial e desenvolvido, moderno, próspero e forte. Os objectivos também visavam defender os interesses de todo povo de Moçambique, principalmente das classes laboriosas, por meio da abolição do regime de trabalho forçado a partir da abolição dos acordos que rejeitam a migração dos trabalhadores moçambicanos para o exterior. Assim como, procuravam não somente o fim da descriminação racial ou de sexo, mas também, se pensava na existência de um salário-minimo necessário para manter uma vida decente aos cidadãos, elevando assim, progressivamente o nível económico do país.

 Ao reivindicar a independência, a FRELIMO provocou uma grande crise na estrutura colonial proporcionado pela adopção da luta armada para libertação nacional, iniciada em 1964. Contudo, as tenções, tanto no campo individual quanto na sociedade permitiu com que os nacionalistas vissem a necessidade do aprofundamento da reflexão da melhoria na sociedade a partir da teoria marxista.

O avanço da guerra para áreas onde a FRELIMO se viu necessitada a adoptar uma nova estratégia de gestão das zonas em que passaram a controlar, prefigurando o vazio deixado pelo sistema colonial. Nestas zonas a FRELIMO ensaiou as estruturas políticas, de produção, distribuição e comércio, serviços sociais, dentro de uma experiência democrática popular de base. Com apoio popular, a FRELIMO em 1968 conseguiu sobreviver aos ataques do sistema colonial, criando amplas áreas libertadas em Niassa, Cabo Delgado e depois em Tete. Nas áreas que eram dominadas sem a presença do ocupante estrangeiro impunha-se a implantação das novas estruturas das zonas libertadas, havia, para tal um recomeço da actividade produtiva, a instalação de estruturas democráticas e populares de poder, de serviços de educação e saúde e do comércio interno. Esse processo caracterizava os primeiros passos da edificação das zonas controladas pela FRELIMO.

A vida económica nas zonas libertadas era organizada para que os produtores trabalhassem colectivamente em cooperativa de produção, o abastecimento rural e a extracção dos excedentes produtivos eram realizados através de redes de lojas da FRELIMO, sob a direcção das estruturas locais do partido. Neste processo de pensamento das novas formas de explorarão com base no estabelecimento de cooperativas, foram desenvolvidos departamento de produção e comércio, que procurou orientar a produção agrícola no interior e venda no exterior dos excedentes comercializados pelos camponeses sobre tudo na Tanzânia.

Para consolidação de um processo administrativo eficaz foi necessário gerar uma serie de serviços, particularmente de natureza comercial, pois o povo destas zonas continuava necessitando de tais serviços.

A reorganização das estruturas nas zonas libertadas foi realizada no ano de 1966, com a criação de estruturas embrionárias para o comercio, administração, saúde e educação, transformando o inicio do novo país Moçambique. Porém, esta base da nova estrutura emergente foi desenvolvida segundo o modelo característico da democracia une partidária, já que a FRELIMO, para além de ser a força motora da luta de libertação, constituía também o governo das zonas libertadas.

Para melhorar a organização do território nas zonas libertadas a FRELIMO realizou o II Congresso em Julho de 1968, com a presença de delegados de todas as províncias do país. Esses delegados que participaram do II Congresso foram eleitos pelas pessoas que os representavam nas suas estruturas locais, que funcionavam livremente nas zonas libertadas e secretamente nas zonas controladas pelos portugueses.

 2.2. Socialismo e sua implementação e seu fracasso

Após 10 anos consecutivos de luta e derramamento de sangue em nome da liberdade, finalmente era chegado o momento de dar fim ao longo processo de exploração e colonização que subjugou o povo moçambicano por longos anos de sua história. Foi no decorrer do ano de 1975, sob égide de Samora Moisés Machel, que foi proclamada a independência de Moçambique, facto que marcou uma nova etapa do ciclo de vida para a jovem nação ora emergente. Portanto, era preciso que uma nova ordem política e uma nova estrutura social fossem criadas para dar um novo rumo à dinâmica social para qual os moçambicanos fossem actores da sua própria história. Mas para isso, era preciso uma nova política, que fosse forte no campo social, sendo o socialismo a ideal entre as demais com vigência na época.

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