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A Importância dos Clássicos

Por:   •  1/2/2021  •  Resenha  •  739 Palavras (3 Páginas)  •  576 Visualizações

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A importância dos clássicos

Jeffrey C. Alexander

1. As discussões sobre Teoria Sociológica são influenciadas pelos clássicos (também chamada de "interpretação clássica") ao menos na medida em que se verifica a existência de uma relação inextricável entre (a) os interesses contemporâneos e (b) as pesquisas sobre os significados dos textos históricos.

Na primeira seção, o autor parte de Merton para estabelecer a discussão acerca da "pertinência dos clássicos". Entram em cena afirmações que tem por base comparações entre as ciências sociais e as ciências naturais, para, com isso, dizer-se, por exemplo, que o processo de acumulação tornaria as bases da especulação teórica inicial (clássica) como um fato já verificado e quiçá até incorporado ao senso comum A noção de as disciplinas cumulativas são empíricas (Alexander argumenta em sentido contrário). Fica explícita a ideia de ciência como um repositório de leis sistematizadas. Já no que diz respeito à questão histórica, discute-se a conveniência de se estudar não apenas o significado histórico das categorias e conceitos, mas sim o contexto e a biografia do seu autor.

Na leitura de Alexander, os procedimentos do positivismo (associado ao empirismo e a uma lógica típica da ciência natural) reduzem a teoria a um fato (vide quatro postulados do positivismo discutidos na página 31). Já as perspectivas pós-positivistas reabilitam a "teoria", duvidando, por exemplo, que se possa falar em uma acumulação linear e progressiva como regra do conhecimento. Em debate direto com as duas proposições de Merton os clássicos (vide sistematicidade e historicidade), Alexander evoca quatro raciocínios para refutar as teses (vide página 32), para, então, lançar mão do seguinte: as práticas da ciência social e das ciências naturais não são as mesmas. É central compreender que mesmo os "dados empíricos" das ciências naturais são teoricamente moldados (relações de análise, teoria, epistemologia e ontologia). Na prática, remetendo-se a Kuhn, o autor afirma que as ciências naturais não se voltam para clássicos, mas para "modelos" (exemplars), e que modelos, com esse título, pressuporia níveis de consenso objetivo que as ciências sociais não produzem (o autor apresenta razões cognitivas e valorativas para tanto - vide página 36). Arremata: "por todas essas razões, o discurso - e não apenas a explicação -, torna-se um dos traços destacados do campo da ciência social".

Foucault x Habermas - página 39. A partir daí segue extenso debate entre autores que enfatizam o campo "discursivo" das ciências sociais. Nesse contexto, o autor enfatiza que esses expedientes estão ligados a uma discordância endêmica que vai tornando os pressupostos fundamentais das ciências sociais mais explícitos (o que também aumenta a importância dos clássicos). Daí se extraem duas razões sensíveis para a importância dos clássicos: a intelectual e a funcional.

- A necessidade funcional dos clássicos integra o campo do discurso teórico para a formação de "limites disciplinares", onde se produz um mínimo de entendimento.

- Vantagens funcionais (ou extrínsecas) do reconhecimento consensual de um clássico

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