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A VIRADA DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO

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Por:   •  29/1/2014  •  485 Palavras (2 Páginas)  •  867 Visualizações

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A abertura democrática e a "virada" do SS brasileiro

A partir de 1960/70 ampliou-se a rede de serviços sociais e com ela a demanda do trabalho do assistente social no campo das políticas sociais, impulsionando um avanço nos âmbitos acadêmico, profissional e organizativo. Contribuíram para isso a inserção do SS no circuito universitário, o diálogo mais estreito com as disciplinas das ciências sociais e a criação e expansão da pós-graduação, com a implantaçãodos cursos de mestrado e doutorado no início dos anos 70, de que a PUC-SP é pioneira. As transformações que começaram a emergir nodebate teórico e na pesquisa foram acompanhadas de significativa mudança nas instâncias organizativas e nos fóruns coletivos da categoria dos assistentes sociais. Desde a criação das entidades de ensino, pesquisa e representação profissional - ABESS, CBCISS, CFAS, CRAS - que remontam a 1946 e são a matriz das atuais organizações da categoria profissional, são inúmeros os eventos nacionais e regionais patrocinados por esses organismos, que registram os debates e as polêmicas que se intensificaram com as transformações sócio-políticas da sociedade brasileira. O mais emblemático desses eventos ocorreu no III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, realizadoem São Paulo em 1979, que passou a ser identificado como o “Congresso da Virada”, quando a sua organização conservadora sofreu forte questionamento e os convidados oficiais, representados pelas autoridades do regime militar, foram destituídos da comissão de honra e substituídos por dirigentes de movimentos sindicais e populares, entre os quais Luis Inácio Lula da Silva. Este fato histórico teve granderepercussão na categoria profissional, constituindo um marco no processo de politização e mobilização de profissionais e estudantes de SS e na reativação das entidades sindicais em todo país, culminando com a criação da Associação Nacional de Assistentes Sociais -ANAS (1983). No mesmo ano de 1979, em sua XXI Convenção Nacional realizada em Natal, a ABESS aprovou o novo currículo mínimo de SS, implantado em todo território nacional a partir de 1982. No final da década de 70, no contexto das greves operárias do ABC, da reorganização da sociedade civil e do avanço dos movimentos populares, a crise da ditadura já se expressava com maior vigor. A anistia política em 1979 foi seguida pela reestruturação partidária que cria o Partido dos Trabalhadores, como resultado da confluência da mobilização de trabalhadores, intelectuais e dos movimentos pastorais aglutinados em torno das Comunidades Eclesiais de Base (CEB's). A transição democrática, que sinaliza os sinais de esgotamento e crise do regime ditatorial, fez reavivar no SS a vertente comprometida com o projeto democrático-popular que, a partir da primeira metade de 1980, aglutinará vanguardas profissionais engajadas em um movimentode crescente explicitação da dimensão política e do significado social da profissão. O aprofundamento do processo organizativo e a ampliação das referências teórico-metodológicas e ídeo-políticas comprometidas em repensar o SS em uma perspectiva radicalmente crítica, passam a qualificar o debate acadêmico e político da profissão, que se expressará com densidade na primeira metade de 1980.

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