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Analise Das Demonstraçoes Contabeis

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Por:   •  28/10/2013  •  5.949 Palavras (24 Páginas)  •  866 Visualizações

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DIA 05/11/2010

A análise de balanço surgiu dentro do sistema bancário que foi seu principal usuário, em 1895 o Conselho Executivo da Associação dos Bancos no estado de New York orienta a seus membros a pedir aos tomadores de empréstimo declarações escritas e assinadas de seus ativos e passivos. Acredita que nessa época é pouco provável que existissem técnicas analíticas que possibilitassem a medição quantitativa nos dados dos balanços, as idéias eram vagas em relação ao que comparar. Com o passar dos anos foi se desenvolvendo a noção de comparação de diversos itens sendo o mais comum o ativo circulante com o passivo circulante.

Para Matarazzo (1997- p. 17): a análise de Balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões. O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que precisam concluir se a empresa merece ou não crédito, elas servem para verificar se a empresa está sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando, etc.

De acordo com o Prof. Eliseu Martins (Boletim 26/2005 – IOB) o objetivo geral da análise das demonstrações contábeis é o de formar uma idéia sobre o desempenho da empresa durante certo período e o de extrair informações que ajudem, complementarmente a outras, a efetuar projeções sobre o futuro dessa entidade. O mesmo autor ainda afirma, no Boletim 31/2005 – IOB, que toda análise se resume em dois grandes objetivos: conhecer a liquidez e a rentabilidade das empresas. Com a análise relativa à liquidez o que se pretende é verificar a capacidade da empresa de cumprir seus compromissos financeiros com todos os que a provém de recursos. Já com a análise relativa à rentabilidade o que se quer é ver se a empresa remunera, efetivamente, os capitais nela empregados, principalmente o capital próprio, já que o de terceiros está visivelmente exposto nas demonstrações.

Como elaborar uma análise das demonstrações financeiras

Para que o analista faça um relatório de análise das demonstrações contábeis, é indispensável um conjunto de informações e conhecimentos básicos, pré-requisitos, os quais citamos alguns:

a. Conhecimento Básico de Contabilidade;

b. Conhecimento de Técnicas de Análise;

c. Atividade da Empresa;

d. Políticas e Estratégias da Empresa;

e. Perfil dos Administradores;

f. Influências dos ambientes interno e externo na empresa;

g. Capacidade de Interpretação.

Além destes pré-requisitos, é preciso entender qual é o raciocínio que o analista deve seguir para poder analisar as demonstrações. Matarazzo afirma que análise de Demonstrações Financeiras baseia-se em raciocínio científico, tendo como objetivo a conversão das demonstrações contábeis em relatórios de linguagem descomplicada, entende-se, então, que, conforme Matarazzo (1998, p. 22):

a. extraem-se índices das demonstrações financeiras;

b. comparam-se os índices com os padrões;

c. ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões;

d. tomam-se decisões.

Objetivando facilitar o trabalho do analista, é preciso fazer a reclassificação ou padronização das demonstrações contábeis, "é necessário um reagrupamento de algumas contas, com o objetivo de tornar mais homogêneo e menos complexo para a análise." (ASSAF NETO, 1981, p. 73). Matarazzo (1998, p. 142) cita os motivos pelos quais faz-se necessária a referida padronização:

a. Simplificação;

b. Comparabilidade;

c. Adequação aos objetivos da análise;

d. Precisão nas classificações das contas;

e. Descoberta de erros;

f. Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa.

PRINCIPAIS ITENS A PADRONIZAR:

Para a análise primeiramente procede-se ao ajuste do Balanço Patrimonial e das Demonstrações de Resultado da empresa.

1º PASSO: Caso a empresa tenha diversos bancos, eles devem ser aglutinados, fazendo uma conta somente. Este mesmo exemplo será usado para aglutinar contas do Ativo, Passivo e DRE, juntando valores de contas que pertencem a um mesmo subgrupo ex: fornecedores, impostos a pagar, contas a pagar, clientes, contas a receber, imobilizados, reservas, despesas administrativas, despesas com vendas, depreciações, amortizações e outras que se façam necessárias para uma simplificação e melhor visualização. Faz-se necessária somente a observação de que estas contas devem estar classificadas nos mesmos subgrupos.

2º PASSO: Algumas contas de obrigação que estiverem classificadas no Ativo, exemplo típico de DUPLICATAS DESCONTADAS (que é uma conta redutora de clientes, ou seja, a empresa já descontou no banco um percentual dos direitos que tinha a receber dos clientes) devem ser colocadas no passivo correspondente, se a curto ou a longo prazo. O mesmo se faz com contas de passivo que sejam um direito, como se encontrar saldo devedor em impostos a pagar no passivo, estes devem ser reclassificados para ativo circulante em impostos a recuperar (exemplo hipotético).

3º PASSO: aplica-se as contas um índice de atualização inflacionaria dos valores, pode ser o índice de inflação oficial (IPCA – IBGE); o índice de preços do mercado (IGPM), ou outro índice que o analista escolher, desde que possa ter uma base legal para atualizar os valores dos demonstrativos. Para as análises em questão usaremos o IGPM para a correção dos valores.

Exemplo de adequação do BP e do DRE:

ATIVO jan/07

ATIVO CIRCULANTE 938.575,19

DISPONÍVEL 480.878,22

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