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As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho

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Por:   •  24/10/2014  •  Artigo  •  2.102 Palavras (9 Páginas)  •  668 Visualizações

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Questão 1 As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho

As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos produtos quanto a apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas sociais de organização voltadas para a produção. Os fatores decorrentes dessas relações resultam em uma divisão no interior das sociedades.

Por ter uma finalidade em si mesmo, o processo produtivo aliena o trabalhador, já que é somente para produzir que ele existe. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe dominante e a classe dominada (ou seja, a dos trabalhadores). O Estado aparece para representar os interesses da classe dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de ideologias e normas reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos proprietários dos meios de produção.

Percebendo que mesmo a revolução burguesa não conseguiu abolir as contradições entre as classes, Marx observou que ao substituir as antigas condições de exploração do trabalhador por novas, o sistema capitalista de produção em seu desenvolvimento ainda guarda contradições internas que permitem criar condições objetivas para a transformação social. Contudo, cabe somente ao proletariado, na tomada de consciência de classe, sair do papel de mero determinismo histórico e passar a ser agente dessa transformação social.

As contradições são expressas no aumento da massa de despossuídos, que sofrem com os males da humanidade, tais como a pobreza, doenças, fome e desnutrição, e o atraso tecnológico em contraste com o grande acúmulo de bens e riquezas em grandes centros financeiros e industriais. É só por meio de um processo revolucionário que os proletários de todo o mundo, segundo Marx, poderiam eliminar as condições de apropriação e concentração dos meios de produção existentes. Acabando a propriedade desses meios, desapareceria a burguesia e instalar-se-ia, transitoriamente, uma ditadura do proletariado até que se realizem as condições de uma forma de organização social comunista.

Sabemos que esse ideal inspirou a Revolução Russa de 1917, com a criação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que foi a primeira tentativa de um governo dos trabalhadores tendo em vista a construção da sociedade comunista. No entanto, os fracassos dessa experiência ainda nos permitem pensar no papel da propriedade privada no interior da sociedade. Se ela provoca as desigualdades, mas também a sua forma de uso coletivo não se mostrou adequada, como pensar, nos dias de hoje, a relação entre política e economia? Ainda que não haja respostas contundentes sobre esse assunto, parece ser o desafio do nosso tempo enxergar as contradições do sistema e buscar, de modo adequado, tomar consciência de que a transformação exige a participação de todos.

Assim, parece inquestionável o papel de Marx para os pensadores de nossos dias. Ainda que a solução encontrada por esse autor tenha ganhado concretude (fiel ou não a ele), é importante retomar sua crítica ao sistema visando sanar as contradições que estão evidenciadas em nosso cotidiano.

O processo de transformação social para Marx, é demonstrado através de sua tese, onde o capitalismo cairia em decadência e o comunismo se fixaria. Isso através de um processo de transição onde o capitalismo seria derrubado e, em seu lugar, instalada a “ditadura do proletariado”– processo no qual os comunistas afirmam que seja necessário para romper o poder estatal para depois disso instalar o comunismo. Para Marx, o principal fator que leva uma sociedade à transformação, é a consciência de classe, consciência essa que deve partir da classe oprimida.Também deve ser levado em conta que, o sistema capitalista precisa estar com uma crise muito acentuada.

Para chegar a tal estado, Marx propõe uma fase de transição, com a tomada do poder pelos proletários para abolir a propriedade privada dos meios de produção e a conseqüente orientação da economia de forma planejada com o objetivo de suprir todas as necessidades da sociedade e seus indivíduos.

racionalismo da produção cada vez mais avançada do ponto de vista tecnológico e a anarquia de mercado cada vez mais desregulado, pois,para Marx a sociedade capitalista se estruturou baseada em constantes conflitos sociais que mostrava á contradição e o antagonismo das classes sociais que formavam e que formam a sociedade capitalista atualmente.

Questão 2

uso prático das ideias e conceitos descritos por Marx por alguns países no século XX na implementação de reformas sociais, desencadeou conflitos internos e guerras civis responsáveis por milhões de perdas em vidas humanas. Como por exemplo na União Soviética, em fatos citados por diversos autores como Martin Amis,2 Orlando Figes,3 Varlam Shalamov,4 A.I. Solzhenitsyn,5 Richard Pipes,6 Robert Service,7 Robert Conquest,8 Simon Sebag Montefiore,9 e Anne Applebaum.10

A aplicação de reformas econômicas equivocadas, onde os conceitos marxistas foram usados como justificativas, também foi responsável por milhões de mortes no século passado. Podem ser citadas especialmente as catástrofes de famintos em 1921-1922 e 1931-1934 na União Soviética, descritas por autores como Orlando Figes11 e Alan Bullock,12 e 1959 - 1961 na China, descrita por Philip Short.13

Em seu livro, Philip Short afirma14 que "Em 1959 e 1960, aproximadamente 20 milhões de chineses morreram de fome, e 15 milhões a menos de crianças nasceram, pois as mulheres eram muito fracas para conceber. Cinco milhões mais pereceram de fome em 1961. Foi o pior desastre humano ocorrido na China (…) Em 1980, Hu Yaobang, o primeiro líder chinês a reconhecer oficialmente a existência da fome, colocou a estimativa de mortes em 20 milhões", e finaliza15 que "Para Mao, a morte de oponentes (…) era um inevitável (…) ingrediente de campanhas políticas maiores. (…) As vítimas da reforma agrária, das suas campanhas políticas (…) e das fomes desencadeadas pelo Grande Salto para Frente, foram excedidas apenas uma vez - por todos os mortos da 2ª Guerra Mundial." (tradução livre da edição em inglês).

Sobre a experiência chinesa é possível também citar Jonathan D.Spence:16 " … o Comitê Central divulgou essa visão extasiada do processo do Grande Salto : (…) é política fundamental orientar os camponeses a acelerar a construção

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