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Por:   •  5/3/2015  •  1.555 Palavras (7 Páginas)  •  134 Visualizações

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Resumo indicadores sociais pag 14-43

Em meados dos anos 60 começaram a se avolumar evidências do descompasso entre crescimento econômico e melhoria das condições sociais da população em países do Terceiro Mundo. A despeito do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), persistiam altos os níveis de pobreza e acentuavam-se as desigualdades sociais em vários países. Crescimento econômico não era, pois, condição suficiente para garantir o desenvolvimento social: Instituições multilaterais como OCDE, UNESCO, FAO, OIT, OMS, Unicef e Divisão de Estatística das Nações Unidas. representaram marcos importantes no processo, inaugurando o que viria se chamar de “Movimento de Indicadores Sociais” na época. Os sistemas nacionais de produção e disseminação de estatísticas públicas passaram a incorporar novas dimensões investigativas e produzir relatórios sociais de forma sistemática. Depositavam-se grandes esperanças de que, com a organização de sistemas abrangentes de indicadores sociais, os governos nacionais pudessem orientar melhor suas ações, proporcionando níveis crescentes de bem estar social, redistribuindo melhor as riquezas geradas e superando as iniquidades do desenvolvimento econômico acelerado (Bauer 1966).

Um indicador social é uma medida em geral quantitativa dotada de significado social substantivo, usada para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato, de interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de políticas). É um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo sobre um aspecto da realidade social ou sobre mudanças que se estão processando na mesma. Ex: Proporção de pobres, taxa de analfabetismo, rendimento médio do trabalho, taxa de mortalidade infantil e taxa de desemprego são, nesse sentido, indicadores, ao traduzir em cifras tangíveis e operacionais várias das dimensões relevantes, específicas e dinâmicas da realidade de interesse da sociedade e do gestor público.

Os indicadores sociais servem para subsidiar as atividades de planejamento público, formulação e avaliação de políticas sociais nas diferentes esferas de governo, possibilitam que o poder público e sociedade civil monitorem as condições de vida e bem-estar da população e permitem aprofundamento da investigação acadêmica sobre a mudança social e sobre os determinantes dos diferentes fenômenos sociais. Para a pesquisa acadêmica, o indicador social é, pois, o elo entre os modelos explicativos da Teoria Social e a evidência empírica dos fenômenos sociais observados. De uma perspectiva programática, é um instrumento operacional para monitoramento da realidade social, para fins de formulação e reformulação de políticas públicas (HAUP; KANE 2000).

Classificação dos indicadores

Há varias formas de se classificar os indicadores sociais relacionados na literatura da área. A classificação mais comum é a divisão dos indicadores segundo a área temática da realidade social a que se referem. Há assim, os indicadores de saúde ( percentual de crianças nascidas com peso adequado, por ex) os indicadores educacionaional ( escolaridade média da população de quinze anos ou mais, por ex) os indicadores habitacionais ( densidade de moradores por domicilio etc.) os indicadores de segurança pública e justiça ( roubos por mão armada por cem mil habitantes etc.) indicadores de infra estrutura urbana ( percentual de domicílios com esgotamento sanitário ligado à rede pública etc.) indicadores de renda e desigualdade( nível de pobreza etc.) indicadores socioeconômico, de condições de vida de qualidade de vida, desenvolvimento humano ou indicadores ambientais.

Outra classificação básica e usual é a divisão dos indicadores entre objetivos e subjetivos:

Objetivos: Percentual de domicílios com acesso à rede de àgua, a taxa de desemprego, a taxa de evasão escolar ou o risco de acidentes de trabalho.

Subjetivos: medidas construídas a partir da avaliação dos indivíduos ou especialistas com relação a diferentes aspectos da realidade, levantadas de opinião pública ou grupos de discussão.

Sistemas de indicadores sociais

Em âmbito nacional são exemplos de sistemas de indicadores, o sistema de indicadores para políticas urbanas, o sistema de indicadores de saúde, o sistema de indicadores para o mercado de trabalho. Em uma perspectiva internacional, pode se citar, entre os mais antigos, o sistema de indicadores sociais e demográficos da divisão de estatística das nações unidas. Mais recentemente, o centro das nações unidas para os assentamentos humanos propôs um sistema mínimo de indicadores urbanos, para orientar a implementação das diretrizes de desenvolvimento urbano estabelecido nas conferências internacionais do habitat.

Além da relevância social, validade e confiabilidade, um indicador siocial deve ter um grau de cobertura adequado aos propósitos a que se presta, deve ser sensível, específico, reprodutível, comunicável, atualizável periodicamente, a custos factíveis, ser amplamente desagradável em termos geográficos, sócio demográficos e socioeconômicos e gozar de certa historicidade; outro fator importante a inteligibilidade, garantindo assim a transparência e comunicabilidade no uso programático do mesmo

Paulo de Martino Jannuzzi é professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE e do Curso de Especialização em Gestão Pública da PUC-Campinas.

Resumo indicadores sociais pag 14-43

Em meados dos anos 60 começaram a se avolumar evidências do descompasso entre crescimento econômico e melhoria das condições sociais da população em países do Terceiro Mundo. A despeito do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), persistiam altos os níveis de pobreza e acentuavam-se as desigualdades sociais em vários países. Crescimento econômico não era, pois, condição suficiente para garantir o desenvolvimento social: Instituições multilaterais como OCDE, UNESCO, FAO, OIT, OMS, Unicef e Divisão de Estatística das Nações Unidas. representaram marcos importantes no processo, inaugurando o que viria se chamar de “Movimento de Indicadores Sociais” na época. Os sistemas nacionais de produção e disseminação de estatísticas públicas passaram a incorporar novas dimensões investigativas e produzir relatórios sociais de forma sistemática. Depositavam-se grandes esperanças de que, com a organização

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