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Atps De Desenvovimento

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Por:   •  15/9/2014  •  3.346 Palavras (14 Páginas)  •  255 Visualizações

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AUDITORIA

Trabalho solicitado para fins de avaliação das Unidades Didáticas, oferecida neste semestre do Curso de Ciências Contábeis oferecido pela Universidade Anhanguera - UNIDERP INTERATIVA.

Ivinhema-MS, 4°ano/8° semestre

2013

Resumo

Procuramos demonstrar neste trabalho toda a visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil, sobre as praticas de finanças nas empresas, de forma a consolidar o conhecimento que nos demonstra que a auditoria contábil nada mais é uma habilidade humana que consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para o desempenho de tarefas especificas, por meio da experiência e da educação.

E assim tendo em vista todos nossos conteúdos estudados, este trabalho tem como maior objetivo contribuir para sua formação profissional e trazer visão aprofundada e ampla deste tema, tanto para o futuro como aplicação da teoria e conceitos para soluções de problemas relativos a profissão.

Palavras Chave – Competência e Habilidade

Sumario

Introdução................................................................................................................................04

1- Auditoria..............................................................................................................................04

1.1 – Auditoria Financeira........................................................................................................05

1.2 - Auditoria de Comprimento...............................................................................................05

1.3 – Auditoria Operacional......................................................................................................05

1.4 – Auditor Externo................................................................................................................05

2.- Diferença entre Auditor Interno e Auditor Externo......................................................06

3.- Integridade.........................................................................................................................07

4.- Demonstrações Contábeis.................................................................................................07

5.- Planejamento de Auditoria...............................................................................................09

6.- Carta de Responsabilidade...............................................................................................12

7.- Criação da Lei Sarbanes – Oxley.....................................................................................13

7.1 – Impactos...........................................................................................................................14 Conclusão.................................................................................................................................17

Referências Bibliográficas......................................................................................................18

Introdução

1- Auditoria

A auditoria é um levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, e demonstrações de uma entidade.

A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, com o propósito para obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, mensurando a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis.

O objetivo do exame das demonstrações financeiras é expressar uma opinião sobre a propriedade da mesma, assegurando que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira. Onde deve ser efetuado de acordo com as normas usuais de auditoria, inclusive quanto às provas nos registros contábeis e aos procedimentos de auditoria julgados necessários, pode ser descrito resumidamente como processo pelo qual o auditor se certificar da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela companhia auditada.

O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, que compreende registros contábeis, papeis documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem legitimidade dos atos da administração. A auditoria baseia-se em informações obtidas fora da empresa, tais como relativas à confirmação de contas de terceiros e de saldos bancários, por exemplo, sendo elas fontes externas que geralmente oferecem melhores características de credibilidade do que aquelas obtidas dentro da própria entidade auditada.

Ao examinar um conjunto de demonstrações contábeis, o primeiro problema que o auditor enfrenta é o de determinar exatamente o que o conjunto de demonstrações contábeis pode representar, o auditor deve ser contador bastante competente, a fim de poder ler as demonstrações contábeis com suficiente compreensão e habilidade.

A responsabilidade deste trabalho é de total independência, inclusive a possibilidade de o auditor responder com seus bens pessoais, caso seja acionado por causar prejuízos a terceiros em razão da não-correspondência dos números certificados da sociedade auditada com a realidade, outro aspecto a ser ressaltado é o código de ética que rege seus trabalhos, onde é prevista a confidencialidade sobre informações obtidas durante seu trabalho.

1.2- Auditoria Financeira

Na auditoria financeira, há interesse na auditoria das demonstrações financeiras da entidade como um todo. O objetivo geral de uma auditoria das demonstrações financeiras é fazer com que o auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão razoavelmente apresentadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos.

1.3- Auditoria de Cumprimento

A auditoria de cumprimento e a auditoria operacional têm objetivos específicos e podem ou não estar relacionadas à contabilidade de uma entidade. Normalmente, a contabilidade é base destes exames. Daí sua importância para diferentes usuários e objetivos.

A auditoria de cumprimento engloba a revisão, comprovação e avaliação dos controles e procedimentos operacionais de uma entidade.

1.4- Auditoria Operacional

A auditoria operacional é um exame mais amplo da administração, recursos técnicos e desempenho de uma organização. O propósito desta auditoria é medir o grau em que as atividades da entidade estão alcançando seus objetivos.

1.5- Auditor Externo

A auditoria externa é feita por um profissional totalmente independente da empresa auditada. O objetivo do auditor externo é emitir uma opinião sobre as demonstrações financeiras e contábeis. Tendo que a auditoria externa não é realizada para detectar fraudes, erros ou para interferir na administração da empresa, ou ainda, reorganizar o processo produtivo ou demitir pessoas ineficientes. Naturalmente, no decorrer do processo de auditoria, o auditor pode encontrar fraudes ou erros, mas o seu objetivo não é este. Seu objetivo é emitir um parecer. Os principais motivos que levam uma empresa a contratar o auditor externo ou independente são:

- Obrigação legal: As companhias abertas são obrigadas por lei.

- Imposição de bancos para ceder empréstimo.

- Imposição estatutária.

- Imposição dos acionistas minoritários.

- Para efeito de fusão, incorporação cisão ou consolidação.

O parecer final deve ser emitido por um profissional, o mais independente possível da empresa auditada. As demonstrações financeiras, que para as quais o auditor deve emitir seu parecer, são:

- Balanço Patrimonial.

- Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

- Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

- Demonstração do Resultado do Exercício.

- Notas Explicativas.

A lei das S/A dá opção à empresa de elaborar uma das duas demonstrações financeiras: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

2- Diferenças Entre o Auditor Interno e Auditor Externo

Auditor Interno Auditor Externo

É empregado da empresa Não tem vínculo empregatício

Menor grau de independência Maior grau de independência

Executa auditoria contábil e operacional Executa apenas auditoria contábil

Principal objetivo: verificar se as normas internas vem sendo seguidas Principal objetivo: Emitir o parecer

Executa maior volume de testes Executa menor volume de testes

Remuneração: Salário Remuneração: Honorários

Responsabilidade trabalhista Responsabilidade civil e criminal

Reporte: Diretoria Reporte: Geralmente aos acionistas ou diretores

3- Integridade

A postura ética é um fator decisório para exercer a função de auditor. Não basta ser tecnicamente excelente se a postura não for adequada. O auditor deve ser eficaz, imparcial, íntegro, flexível e polido. O auditor deve ser integro, pois no desempenho de suas funções ele poderá ser culpado por deixar de expressar fatos importantes acerca das demonstrações financeiras, devendo reunir evidencias suficientes para justificar a expressão de sua opinião.

4- Demonstrações Contábeis

Demonstração Qual o Objetivo desta demonstração? Qual a finalidade de se auditar?

Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.

No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.

O Balanço Patrimonial representa a posição estática dos bens e direitos, bem como as obrigações da empresa, será auditado pra averiguar se os fatos lançados no balanço são de origens legais, e implementadas com eficácia.

Demonstração da Mutações do Patrimônio Líquido(DMPL) Ela evidencia a mutação do Patrimônio Líquido em termos globais (novas integralizações de capital, resultado do exercício, ajustes de exercícios anteriores, dividendos, reavaliações, etc.) e em termos de mutações internas (no caso de prejuízo incorporações de reservas ao capital A DMPL estuda a prestação de contas para os sócios e acionistas, a prestação anual de contas é composta pelo Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis e as notas explicativas, sendo assim audita-se para revelar o andamento da administração, se todas as contas estão sendo movimentadas adequadamente sem maiores erros.

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência, a DRE oferece uma síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo período. Mostra a dinâmica que apresenta o resultado econômico das operações da empresa durante o ano, auditando-a para evidenciar se há alguma inadequação na empresa.

Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) Visa mostrar como ocorreram as movimentações das disponibilidades e o Fluxo de Caixa em um dado período de tempo. A DFC monstra as movimentações no fluxo de caixa possibilitando assim uma auditoria profunda e bem vista, permitindo ser visível se há alguma operação indevida.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Tem como objetivo principal informar ao usuário o valor da riqueza criada pela empresa e a forma de sua distribuição. Evidencia o rumo dos recursos da empresa, auditando-se para ver se o destino proposto foi cumprido corretamente.

Notas Explicativas As Notas explicativas tem por objetivo complementar as demonstrações contábeis mostrando os critérios contábeis utilizados pelas organizações, inclusive a composição do saldo de determinadas contas, os métodos de depreciação e critérios de avaliação dos elementos patrimoniais. As Notas Explicativas visam fornecer as informações necessárias para esclarecimento da situação patrimonial, tendo uma auditoria profunda tendo como objetivo localizar se há alguma irregularidade nas Demonstrações.

5-Planejamento de Auditoria

Controles Internos O controle interno pode ser definido como um processo integrado e operado pela empresa como um todo, com a intenção de fornecer razoável segurança tanto as atividades administrativas quanto às operacionais, de forma a diminuir as possibilidades de desvios de ativos, desobediência às normas internas, bem como de erros não intencionais. O controlo interno numa entidade tem finalidade de reforçar e melhorar a eficácia e eficiência na utilização de recursos, salvaguardar os ativos, verificar a fiabilidade, exatidão e fidedignidade da informação financeira, o cumprimento das leis e normas contabilísticas e promover a eficácia operacional, garantindo as boas práticas de gestão e procedimentos e o cumprimento das políticas estabelecidas pela gestão, com a função de proporcionar:

• Confiabilidade das informações geradas;

• Salvaguarda de ativos;

• Observância às leis e regulamentos aplicáveis;

• Eficiência e eficácia das operações;

Sistemas de informações Sistemas de Informação é um sistema, automatizado ou manual, que compreenda pessoas, máquinas, e/ou métodos organizados para coletar, processar, transmitir e disseminar dados que representam informação para o usuário. Na auditoria o SI (Sistema de Informação) tem como objetivo ajudar a determinar, junto com o CI (Controle Interno), o nível de confiança nas informações geradas pelos relatórios contábeis, que por sua vez vai determinar o volume de testes substantivos que serão nos.

Procedimento de conhecimento das atividades do cliente Para o bom andamento do processo de auditoria, no planejamento é fundamental conhecer como são executadas as principais atividades do cliente. Esse conhecimento possibilita detectar com antecedência possíveis áreas que necessitem de maior atenção durante os trabalhos de campo, principalmente pó possíveis falhas nos controles internos ou nos sistemas de informações. abrangendo para analise três grandes áreas :

• Compras;

• Vendas;

• Folha de pagamento; Analisar e compreender de forma clara todo processo operacional, obtendo uma descrição completa e detalhada de cada área e ainda identificar possíveis falhas e pontos fortes nos controles internos e nos sistemas de informações.

Relevância O conceito de relevância diz respeito ao efeito/influencia que a omissão ou mesmo apenas a distorção de uma informação acarreta na decisão do usuário dessa informação dentro das demonstrações contábeis. Em linhas gerais, essas omissões/distorções são causadas em função de erros ou fraudes. Permitir ao auditor independente que possa estabelecer um nível de relevância aceitável para permitir a detecção de distorções relevantes. Tanto no montante (aspecto quantitativo) como a natureza (aspecto qualitativo) de possíveis distorções devem ser considerados e documentados nos papéis de trabalho de auditoria, para referência durante a execução e a conclusão dos trabalhos.

Materialidade Materialidade pode ser definida como o valor mínimo para o qual a ocorrência de um erro não detectado pode vir a causar distorções significativas nas demonstrações contábeis. A determinação do escopo de testes a serem efetuados no campo passa necessariamente pela determinação da materialidade. nesse sentido, para todos os valores considerados materiais serão efetuados análises, testes e ajustes. No planejamento da auditoria são definidos dois tipos básicos de materialidade.

• Materialidade para análise de contas;

• Materialidade para ajustes e testes;

Risco de auditoria O risco de auditoria consiste na possibilidade de o auditor emitir uma opinião inadequada sobre demonstrações contábeis (DC) significativamente incorretas. em outras palavras, seria o caso de o auditor afirmar que as DC estão adequadamente representadas (parecer limpo) quando na verdade contêm erros o classificações incorretas materiais relevantes.

A análise dos riscos de auditoria deve considerar a relevância em dois níveis básicos:

• Geral – considerando as demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade da administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e situação econômica e financeira da entidade; e

• Especifico – relativos as saldo das contas ou natureza e volume das transações.

6-Carta de Responsabilidade

A carta de responsabilidade da administração é o documento que deve ser emitido pelos administradores da entidade, cujas Demonstrações Contábeis estão sendo auditadas. Essa carta é endereçada ao auditor independente, confirmando as informações e os dados a ele fornecidos, assim como as bases de preparação, apresentação e divulgação das Demonstrações Contábeis submetidas para exame de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. Sua emissão passou a ser obrigatória a partir das Normas de Auditoria Independente, aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução n.º 700 – item 11.2.14 de 24.04.91 e que entraram em vigor em 1º de junho de 1991

O auditor deve obter declarações por escrito da administração sobre assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis sempre que não se possa ter expectativa razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria pertinente. A possibilidade de mal-entendidos entre o auditor e a administração é reduzida quando declarações verbais são confirmadas por escrito pela administração. Assuntos que devem ser incluídos em uma carta da administração estão apresentados nesta Norma.

Os objetivos do auditor independente em obter a Carta de Responsabilidade da Administração podem ser resumidos como segue:

(a) atender às Normas de Auditoria Independente;

(b) obter evidência auditorial por escrito;

(c) delimitar as responsabilidades do Auditor e da Administração;

(d) dar mais confiabilidade as informações verbais obtidas durante a auditoria;

(e) dar garantias ao auditor independente quanto às responsabilidades posteriores à realização do trabalho, onde o nome do auditor esteja diretamente envolvido, tais como a apresentação das demonstrações aos sócios ou acionistas, a divulgação perante terceiros, e outros.

(f) possibilitar esclarecimento sobre pontos não constantes das demonstrações contábeis tais como contingências ou responsabilidades não divulgadas, possibilidades efetivas de realização de determinados ativos e também aspectos de continuidade operacional.

As declarações por escrito solicitadas da administração podem estar limitadas a assuntos considerados, individual ou coletivamente, como significativos para as Demonstrações Contábeis. Com relação a certos itens, pode ser necessário que o auditor independente esclareça à administração da entidade auditada o seu entendimento acerca de significância ou relevância desses itens em relação às Demonstrações Contábeis tomadas em conjunto.

7-Criação da Lei Sarbanes – Oxley

Diante da ocorrência dos vários escândalos no mercado de capitais Norte-Americano envolvendo grandes empresas como a Enron (do setor de energia), Worldcom (telecomunicações), Arthur Andersen (empresa de auditoria), entre outras, que geraram inúmeros prejuízos financeiros atingindo milhares de investidores. Tornou-se necessária a ação de autoridades americanas para evitar maiores prejuízos com a descapitalização das empresas e recuperar, assim, a credibilidade do mercado. Desta forma, o congresso americano (Estados Unidos) aprovou em 30 de julho de 2002 a Lei Sarbanes – Oxley, normalmente abreviada em SOX ou Sarbox) é uma lei dos criada por iniciativa do senador Paul Sarbanes (Democrata) e do deputado Michael Oxley (Republicano) e teve como intuito tentar evitar a fuga dos investidores causada pela insegurança e perda de confiança em relação as escriturações contábeis e aos princípios de governança nas empresas. Segundo a maioria dos analistas esta lei representa a maior reforma do mercado de capitais americano desde a introdução de sua regulamentação, logo após a crise financeira de 1929.

Segundo Borgerth (2007, p.XVI), “o grande objetivo da SOX é restaurar o equilíbrio dos mercados por meio de mecanismos que assegurem a responsabilidade da alta administração de uma empresa sobre a confiabilidade da informação por ela fornecida”. Além disso, tem como objetivo estabelecer padrões mais rígidos de responsabilidade corporativa, garantindo a criação de mecanismos de auditoria e segurança das informações através da adoção de práticas de governança corporativa e ainda reparar a perda da confiança pública no mercado de ações norte-americano.

Os efeitos da Lei Sarbanes – Oxley são significativos não só nos

Estados Unidos, uma vez que a legislação abrange também as empresas estrangeiras, incluindo as brasileiras, que possuem ações negociadas nas bolsas de valores dos EUA e também as subsidiárias e empresas americanas. Com o advento da SOX, as empresas passaram ter que se adaptar a um cenário de mudanças, principalmente no setor da auditoria interna, onde precisaram ter uma definição clara e detalhada dos controles de cada área, para que assim, pudessem fornecer informações transparentes aos administradores e investidores sobre a situação patrimonial e financeira da empresa.

7.1-Impactos

A Sox, como é chamada também, codifica a concepção de que a administração da companhia deve conhecer as informações materiais arquivadas na Securities and Exchange Commission (SEC), e distribuídas aos investidores e deve, também, responsabilizar-se pela probidade, profundidade e precisão dessas informações.

Esta responsabilidade é em caráter pessoal, não apenas profissional, e esta é a grande inovação trazida, uma vez que se entende que as empresas são reflexo das condutas de seus indivíduos. Portanto, em caso de violação da Lei Sarbanes Oxley, os diretores,auditores e consultores dessas empresas estarão sujeitos a pena dessa Lei, que vão de 10 a 20 anos de prisão e multa de até US$ 5 milhões, podendo ser arbitrado valor inferior ou superior dependendo do caso.

Outro dos destaques da nova Lei é a sua aplicabilidade às empresas estrangeiras que possuem valores mobiliários registrados na SEC, o que estende de forma considerável o escopo de aplicação da legislação norte-americana de mercado de capitais. Ou seja, aplica-se a nata das companhias brasileiras (atualmente +38 empresas) que possuem ações na bolsa de valores norte-americanas, passando conseqüentemente, a estarem sujeitas à nova Lei, bem como a sua regulamentação, entendendo a todas as filiais da empresa.

A Sox exige ainda a assinatura de uma declaração de Código de Conduta e Ética de todos os profissionais da empresa, que devem receber um treinamento.

Segue abaixo alguns artigos importantes:

• Artigo 201: Define serviços que são proibidos para os auditores dentro das companhias que auditam.

• Artigo 202: Determina a necessidade da aprovação prévia do comitê de auditoria para qualquer outro serviço prestado pelos auditores independentes da companhia.

• Artigo 203: Determina a rotatividade a cada 5 anos do sócio responsável por cada cliente, em empresa de auditoria.

• Artigo 204: Cria regras para comunicação entre os auditores contratados e o comitê de auditoria da companhia.

• Artigo 301: Define as funções atribuídas e nível de independência do comitê de auditoria em relação à direção da empresa.

• Artigo 302: Determina a responsabilidade dos diretores das empresas, que devem assinar os relatórios certificando que as demonstrações e outras informações financeiras incluídas no relatório do período, apresentam todos os fatos materiais e que não contém nenhuma declaração falsa ou que fatos materiais tenham sido omitidos. Também devem declarar que divulgaram todas e quaisquer deficiências significativas de controles, insuficiências materiais e atos de fraude ao seu Comitê de Auditoria.

• Artigo 404: Determina uma avaliação anual dos controles e procedimentos internos para a emissão de relatórios financeiros. Além disso, o auditor independente deve emitir um relatório distinto que ateste a asserção da administração sobre a eficácia dos controles internos e dos procedimentos executados para a emissão dos relatórios financeiros.

• Artigo 406: Define o Código de ética para os administradores, alta gerência e gerência.

• Artigo 409: Obriga a divulgação imediata e atual de informações adicionais relativas a mudanças importantes na situação financeiras ou nas operações da companhia.

• Artigo 806: Cria os meios de proteção aos funcionários de empresas de capital aberto que denunciarem fraude na companhia em que trabalham.

• Artigo 807: Define as penalidades criminais por prejudicar acionistas minoritários de empresas de capital aberto com informações inverídicas.

• Artigo 906: Aumenta a responsabilidade da diretoria sobre as demonstrações financeiras e define as penalidades para as infrações.

Conclusão

O presente trabalho teve como objetivo apresentar os principais procedimentos de auditoria considerando os novos padrões internacionais adotados pela contabilidade no Brasil. Mostrou também as mudanças no mercado de capitais em decorrência dos escândalos das empresas norte-americanas, que culminaram com a edição da Lei Sarbanes-Oxley nos EUA, fazendo assim com que a auditoria voltasse ao centro das atenções.

Este trabalho também teve como finalidade mostrar as formar como a auditoria tende a documentar as questões consideradas importantes quando do levantamento de evidências, com o objetivo de fundamentar o parecer de auditoria e comprovar que esta foi executada mediante as normas de auditoria consagradas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.

Referencias Bibliográficas

LINS, Luiz dos Santos. Auditoria, Uma Abordagem Pratica com Ênfase na Auditoria Externa. Editora Atlas S.A.- 2012, Edição Especial.

“Processo e Procedimentos de Auditoria – Demonstração Contábil Auditada”

http://www.portaldecontabilidade.com.br/

http://www.contabeis.com.br/artigos/34/a-funcao-etica-e-a-responsabilidade-social-do-auditor-na-analise-das-demonstracoes-contabeis/

http://cio.uol.com.br/gestao/2006/01/18/idgnoticia.2006-01-18.3579381483/

http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/5480

http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/nbct11_17.htm

http://www.portaldeauditoria.com.br/legislacao/normas/cartaderesponsabilidade.htm

http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1101.htm

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