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CONSIDERAÇÕES SOBRE OS FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

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Por:   •  16/9/2013  •  2.964 Palavras (12 Páginas)  •  808 Visualizações

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APRESENTAÇÃO

Este portfólio mostra um estudo que se propõe fazer uma breve análise da Sociologia da Educação, mostrando sua definição a partir de Durkheim, Bourdieu e outros, sempre fazendo relação com a Educação e com o cotidiano da sociedade atual.

A Sociologia da Educação nos ajuda a perceber as determinações sociais da nossa prática profissional, da configuração do sistema educacional no país, da sua inserção na estrutura de classes do capitalismo, do significado da educação no capitalismo, entre outros. Isso porque, a Sociologia da Educação pode auxiliar nós, futuros pedagogos a uma atuação mais comprometida, tendo mais claras as relações de poder que estão presentes na escola.

Para tal nosso grupo fez pesquisas bibliográficas e, depois de selecionados os materiais, foram feitas leituras para que pudéssemos ter um melhor conhecimento a respeito das contribuições da Sociologia da Educação com relação aos aspectos políticos, sociais, culturais e históricos.

Logicamente, há muito que se aprofundar e entender, mas procuramos sintetizar o mais claramente possível os pontos mais relevantes para que dessa forma, não somente nosso grupo, mas também outros estudantes e até mesmo pedagogos possam aproveitar e até mesmo aplicar na prática o que se analisou e assim transformar suas concepções e assim passar a atuar para a transformação de realidades.

Por isso, nosso grupo optou por apresentar: o que é sociologia; a Sociologia e as relações com o processo de ensino-aprendizagem; as ideias da Sociologia presentes no cotidiano e também uma coletânea de imagens mostrando o quanto as nossas ações trazem reflexos positivos ou negativos para outras pessoa.

A partir das pesquisas realizadas, nosso grupo organizou o trabalho em tópicos que serão apresentados a seguir.

Sociologia e Educação

Analisando as definições de Sociologia, nosso grupo chegou à conclusão que a Sociologia é uma das Ciências Sociais, cujo objetivo mais amplo é descobrir a estrutura básica da sociedade humana, identificar as principais forças que mantêm os grupos unidos ou que os enfraquecem e verificar que condições transformam a vida social.

Além disso, entre os grandes sociólogos, nosso grupo também verificou que Durckeim é considerado um dos pais da Sociologia moderna, tendo sido o fundador da escola francesa, posterior a Marx e transformou-a em ciência empírica e disciplina acadêmica.

Para Durkheim, o objeto da sociologia é o fato social que se divide em: instituições sociais e correntes sociais. A educação é considerada como fato social, ou seja, se impõe, de forma coercitiva, como uma norma jurídica ou como uma lei e assim, a ação educativa permitirá uma maior integração do indivíduo e também permitirá uma forte identificação com o sistema social.

Durkheim rejeita a posição da psicologia, pois para ele, os conteúdos da educação são independentes das vontades individuais, são as normas e os valores desenvolvidos por uma sociedade o grupo social em determinados momentos históricos, que adquirem certa generalidade e com isso uma natureza própria, tornando-se assim coisas exteriores aos indivíduos.

Sendo assim, possui uma existência histórica que coincide com a historicidade da educação nas sociedades modernas e que deve ser compreendida dessa forma, como um instrumento cientifico que altera os olhares e, consequentemente, a prática pela práxis educativa. Práxis, porque não nega, não escamoteia seu sentido político, de transformação. Ser comprometido com esse direito pressupõe a compreensão da sociedade capitalista, dividida em classes sociais.

Já as reflexões de Pierre Bourdieu se destacam por uma singularidade. Para ele, os condicionamentos materiais e simbólicos agem sobre nós (sociedade e indivíduos) numa complexa relação de interdependência. Ou seja, a posição social ou o poder que detemos na sociedade não dependem apenas do volume de dinheiro que acumulamos ou de uma situação de prestígio que desfrutamos por possuir escolaridade ou qualquer outra particularidade de destaque, mas está na articulação de sentidos que esses aspectos podem assumir em cada momento histórico.

A sociologia, para Bourdieu, é uma ciência que incomoda, pois tende a interpretar os fenômenos sociais de maneira crítica. Para os interesses desta introdução, vejamos apenas uma de suas muitas contribuições no campo da Sociologia da Cultura; mais especificamente, a maneira pela qual Bourdieu interpreta a formação do gosto cultural de cada um de nós, pondo em xeque um dos consensos mais difundidos de nossa história cultural, o de que gosto não se discute.

Posto isso, a sociologia de Bourdieu é mais que uma sociologia da reprodução das diferenças, materiais ou econômicas; é uma sociologia interpretativa do jogo de poder das distinções econômicas e culturais de uma sociedade hierarquizada. Bourdieu considera que o gosto e as práticas de cultura de cada um de nós são resultados de um feixe de condições específicas de socialização. É na história das experiências de vida dos grupos e dos indivíduos que podemos apreender a composição de gosto e compreender as vantagens e desvantagens materiais e simbólicas que assumem.

Para Bourdieu, a Sociologia deve aproveitar sua vasta herança acadêmica, apoiar-se nas teorias sociais desenvolvidas pelos grandes pensadores das ciências humanas, fazer uso de técnicas estatísticas e etnográficas e utilizar procedimentos metodológicos sérios e vigilantes para se fortalecer como ciência.

Bourdieu propões uma Sociologia engajada, profundamente comprometida com a denúncia dos mecanismos de dominação em uma sociedade injusta. De acordo com sua perspectiva, a sociedade ocidental capitalista é uma sociedade hierarquizada, organizada segundo uma divisão de poderes extremamente desigual.

Bourdieu teve o mérito de formular, a partir dos anos 60, uma resposta original, abrangente e bem fundamentada, teórica e empiricamente, para o problema das desigualdades escolares. Essa resposta tornou-se um marco na história, não apenas da Sociologia da Educação, mas do pensamento e da prática educacional em todo o mundo.

Isso porque, até meados do século XX, predominava nas Ciências Sociais e mesmo no senso-comum uma visão extremamente otimista, de inspiração funcionalista, que atribuía à escolarização um papel central no duplo processo de superação das diferenças que levaria a construção de uma nova sociedade, justa (meritocrática),

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