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Capital social e desempenho institucional

Por:   •  6/4/2016  •  Resenha  •  1.042 Palavras (5 Páginas)  •  606 Visualizações

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Capital social e desempenho institucional

O texto apresenta sobre o dilema da ação coletiva, apresentando como a falta de interação social (capital social) pode influenciar as relações dos indivíduos, ou seja, se esses cooperassem para o bem comum seriam benéficas para ambas as partes. A incapacidade de cooperar para o mútuo proveito não significa necessariamente ignorância ou irracionalidade, por isso a teoria dos jogos analisa essas situações. Na parábola do dilema do prisioneiro, ambas as partes teriam a ganhar se cooperassem, porém racionalmente espera-se que o outro deserte. Esse exemplo é extremamente útil para mostrar como os indivíduos, perfeitamente racionais, podem agir em certas circunstâncias não-racionais do ponto de vista de todos os que estão envolvidos.  

Hobbes, um dos grandes teóricos sociais, propôs a solução clássica de coerção de um terceiro, ou seja, os indivíduos conferem a confiança ao estado para intermediar as relações desses. Porém vale ressaltar que a coerção é onerosa, as sociedades que enfatizam o uso da força costumam ser menos eficientes e satisfatórias do que aquela em que a confiança é mantida por outros meios. O maior problema, porém, é que a coerção imparcial (a do Estado) é em si mesma o bem público, estando sujeita ao mesmo dilema básico que ela busca resolver, ou seja, é preciso assegurar que o uso dessa terceira seja confiável que o poder soberano não irá “desertar” (fazendo uma analogia ao dilema do prisioneiro), se quem dirige o estado usará a força coercitiva em proveito próprio. O papel do estado difere-se então do clássico dilema do prisioneiro, enquanto esse  último parte do pressuposto de um equilíbrio a partir que ambas as partes “desertem”, seria racionalmente benéfica para ambas as partes.

Segundo a teoria dos jogos, a cooperação se torna mais fácil, se os jogadores que participam do jogo (que se repete indefinidamente), de modo que o desertor é punido nas sucessivas rodadas. Além disso, outros aspectos podem favorecer a cooperação entre os indivíduos, como por exemplo, número ilimitado de jogadores, informação abundante sobre o comportamento passado de cada jogador e o fato de o futuro não ser excessivamente descontado pelos jogadores. Porém ainda assim adeptos a teoria dos jogos, ainda que seja rara, a cooperação imparcial aparentemente seja comum no mundo moderno. A cooperação se baseia numa noção muito viva da importância recíproca dessa cooperação para os participantes, e não uma ética geral da união entre os homens ou numa visão orgânica da sociedade. Assim o capital social é usado para ampliar os serviços de créditos disponíveis, por exemplo (associações de crédito rotativo), para aumentar a eficiência que operam no mercado. Uma característica especifica do capital social: confiança, normas e cadeias de relações sociais é o fato de que ele normalmente constitui um bem público, ao contrário do capital convencional, que normalmente é um bem privado. Outro fator importante a ser analisado é a confiança que é componente básico do capital social, ela promove a cooperação. Quanto mais elevado o nível de confiança numa comunidade, maior a probabilidade de haver cooperação e essa já gera a a própria confiança. Porém a cooperação não é uma confiança cega, ou seja, essa implica uma previsão de comportamento de um ator independente, você só confia em alguém porque conhece as suas disposições e a as alternativas que dispões as suas conseqüências.

Em contextos modernos e complexos, a confiança social pode manar duas fontes conexas: as regras de reciprocidade e os sistemas de participação cívica. Toda a ação apresenta uma externalidade, ou seja, uma conseqüência, seja ela positiva ou negativa, com isso irão existir regras que serão incutidas e sustentadas tanto por meio de condicionamento e socialização (ex: educação cívica) quanto por meio de sanções. Normas ou regras irão fortalecer a confiança social, vingam porque reduzem os custos de transação e facilitam a cooperação. A mais importante dessas regras é a da reciprocidade. Existem dois tipos de reciprocidade, a balanceada ou específica e a generalizada ou difusa. A primeira diz a respeito sobre a permuta simultânea de igual valor e a outra diz respeito a uma relação de troca que a qualquer momento pode representar desequilíbrio, porém supõe expectativas mútuas de um favor concedido, ou seja, um favor concedido hoje venha a ser retribuído no futuro. A regra da reciprocidade generalizada é um componente altamente produtivo do capital social. A boa regra da reciprocidade generalizada em geral está associada a um amplo sistema de intercâmbio social. Nas comunidades em que as pessoas em que a confiança será contribuída, sem que dela venha a abusar, existe maior probabilidade em ter intercâmbio. Por outro lado, o intercâmbio continuo ao longo do tempo costuma a incentivar o estabelecimento de um regra de reciprocidade generalizada.

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