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Conhecimento da vida cotidiana: a base necessária A prática social

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Por:   •  22/11/2013  •  Resenha  •  1.382 Palavras (6 Páginas)  •  849 Visualizações

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O Conhecimento da Vida Cotidiana: Base Necessária à Prática Social

“O filósofo e a filosofia não podem mais se isolar; nem se mascarar, nem se esconder. E isso precisamente porque em última instância a vida cotidiana julga a sabedoria, o conhecimento e o poder”. (Lefebvre, 1961, I)

Vida Cotidiana: O Centro de Atenção de Hoje

“O que é que escapa ao Estado? O insignificante, as minúsculas decisões nas quais se encontra e experimenta a liberdade [...]. Se é verdadeiro que o Estado deixa fora apenas o insignificante, é igualmente verdadeiro que o edifício político-burocrático sempre tem fissuras, vãos e intervalos. De um lado,a atividade administrativa se dedica a tapar esses buracos, deixando cada vez menos esperança e possibilidade ao que podemos chamara de liberdade intersticial. De outro lado, o indivíduo procura alargar estas fissuras e passar pelos vãos” (Lefebvre, 1981, III: 126-7).

O que é a Vida Cotidiana?

“A vida cotidiana é a vida do homem inteiro; ou seja, o homem participa na vida cotidiana com todos os aspectos de sua individualidade, de sua personalidade”.

Nela colocam-se “em funcionamento” todos os seus sentimentos, todas as suas capacidades intelectuais, suas habilidades manipulativas, seus sentimentos, paixões, ideias, ideologias. “O fato de que todas as suas capacidades se coloquem em funcionamento determina também, naturalmente, que nenhuma delas possa realizar-se, nem de longe, em toda a sua intensidade” (Heller, 1972: p.17).

“O homem nasce já inserido em sua cotidianidade. O amadurecimento do homem significa, em qualquer sociedade, que o indivíduo adquire todas as habilidades imprescindíveis para a vida cotidiana da sociedade (camada social) em questão:

É adulto quem é capaz de viver por si mesmo a sua cotidianidade “(Heller, 1972: p.18)”.

“O indivíduo (a individualidade) contém tanto a particularidade quanto o humano genérico que funciona consciente e inconscientemente no homem [...]. O desenvolvimento do indivíduo é antes de mais nada, mas de nenhum modo exclusivamente, função de sua liberdade fática ou de suas possibilidades de liberdade.

A explicitação dessas possibilidades de liberdade origina, em maior ou menor medida, a unidade do indivíduo, a “aliança” de particularidade e genericidade para produzir uma individualidade unitária.

Quanto mais unitária for essa individualidade (pois essa unidade, naturalmente, é apenas tendência, mais ou menos consciente), tanto mais rapidamente deixa de ser aquela muda união vital do genérico e do particular a forma característica da inteira vida” (Heller, 1972: p.23).

“A vida cotidiana não está “fora” da história, mas no “centro” do acontecer histórico: é a verdadeira “essência” da substância social. Nesse sentido, Cincinato é um símbolo. As grandes ações não cotidianas que são contadas nos livros de história partem da vida cotidiana e a ela retornam. Toda grande façanha histórica concreta torna-se particular e histórica precisamente graças a seu posterior efeito na cotidianidade, O que assimila a cotidianidade de sua época assimila também, com isso, o passado da humanidade, embora tal assimilação possa não ser consciente, mas apenas “em si”. (Heller, 1972: p. 20).

A Vida Cotidiana em Nosso Mundo: Algumas Questões Relevantes

“[...] através da noção de revolução passiva como nova tendência imanente ao modo de produção capitalista, Gramsci aborda as saídas possíveis, e não únicas, de uma crise. Em período de crise, nas teias mais fortes (fordismo e americanismo), o capitalismo pode se reestruturar aproveitando-se tanto da própria crise do movimento operário, agindo sobre o proletariado em todos os níveis, da divisão do trabalho ao Estado. A classe dominante, para continuar a dirigir e dominar torna-se “revolucionária”: ela revoluciona suas próprias bases materiais e políticas, oferecendo às outras classes uma nova perspectiva” (Buci-Glucksmann & Therborn, 1981, P. 141).

“É por isso que, para Gramsci, a revolução passiva sugere os primeiros delineamentos de uma teoria da subalternidade social e política que excede o campo classista da exploração de classe e somente os países capitalistas desenvolvidos” (Buci-Glucksmann & Therborn, 1981: p. 145).

“O Estado moderno não pode existir, numa palavra, sem economia e sociedade de mercado, isto é, sem a afirmação do indivíduo como categoria econômica central.

O Estado – Providência não faz senão prosseguir e ampliar esse movimento de proteção do indivíduo como figura central do social. [...] O Estado – Providência quer liberar o indivíduo simplificando o social. Para ele, trata-se de destruir o conjunto de estruturas, profissionais e sociais que limitam a autonomia do indivíduo. A liberdade é concebida como o advento do indivíduo integra.” (Rosanvallon, 1983: p.44-5).

“o Estado – Providência, como agente central de redistribuição e, portanto, de organização da solidariedade, funciona como uma grande interface: ele se substitui ao face a face dos indivíduos e grupos. [...]. Separada das relações sociais reais que a estruturam, a organização da solidariedade que este Estado – Providência adota torna-se mais abstrata. O estado – Providência procede mecanicamente a um verdadeiro enlaçamento das relações sociais”. (Resanvallon, 1983, P. 41).

“[...] a modernidade nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambiguidade e angústia. Ser moderno é fazer parte de um universo no qual, como disse Marx,

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