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O conhecimento da cartografia, a sua utilidade na vida cotidiana

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Por:   •  4/6/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  9.416 Palavras (38 Páginas)  •  983 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Resultado da dinâmica de ação do homem sobre a natureza, o espaço geográfico é bem analisado pelos mapas em todos os seus processos, seja de ocupação, como também de organização da natureza, conforme a sua necessidade para cada espaço sendo este destinado a produção agrícola e industrial, circulação de mercadorias, bem como das condições de tempo, que influem nesse processo.

A cartografia foi à principal ferramenta usada, no intuito de conhecer e ampliar os espaços territoriais e organizar essas ocupações humanas. Nos dias de hoje, sua utilização foi ampliada com presença constante em nosso cotidiano com atuação nas áreas urbanas, de segurança, saúde pública, turismo, meio ambiente, navegação ou em outras atividades.

Assim, podemos dizer que a cartografia é uma mistura de arte, ciência e tecnologia com a responsabilidade da construção dos mapas onde são introduzidas as informações geográficas, que servem de bases para a construção de decisões e soluções para os problemas socioeconômicos e técnicos apresentados.

Este trabalho tem por objetivo levar o conhecimento sobre a Cartografia, sua utilidade no cotidiano e fazer algumas reflexões sobre a dificuldade encontrada por muitos professores em conseguir ensinar o conteúdo ao aluno.

Para alcançar o objetivo deste trabalho, a metodologia utilizada se baseou em uma ampla pesquisa bibliográfica em livros, revistas, artigos e sites de internet que tratam sobre a Cartografia e o ensino da mesma.

Nesse trabalho, o tema abordado está dividido em três partes: a primeira a do espaço geográfico e sua representação com uma breve explicação sobre a noção do mesmo, a segunda parte traz uma descrição da Cartografia com seu histórico e sua linguagem e a terceira refere-se à forma da Cartografia apresentada na sala de aula sendo composto também pelas considerações finais, referências e apêndices.

1 ESPAÇO GEOGRÁFICO E A REPRESENTAÇÃO ESPACIAL

1.1 O Espaço Geográfico

Entre os séculos XVIII e XIV começam a surgir os mapas temáticos, que são mapas especializados com maiores detalhes. Esses mapas são confeccionados em separado, abordando a todos os temas, como reservas, águas, políticos, demografia, etc. Tendo assim, uma análise científica e mais técnica. (JOLY, 1990)

Segundo Santos (1996, p.65), “o espaço deve ser considerado como uma totalidade”. Mas é possível, através de análises, dividi-lo em partes e reconstituí-lo depois. Nessa divisão deve ser seguida uma variedade de critérios, dentre eles estão os elementos do espaço.

No espaço, seus elementos seriam os homens, as firmas, as instituições, o meio ecológico e as infraestruturas. Os homens são elementos do espaço, seja na qualidade de fornecedores de trabalho, seja na de candidatos a isso. As firmas têm como função a produção de bens, serviços e idéias. As instituições produzem normas, ordens e legitimações. O meio ecológico seria o conjunto de complexos territoriais que constituem a base física do trabalho humano. Finalmente, as infraestruturas são o trabalho humano materializado e geografizado na forma de casas, plantações, caminhos, etc. (SANTOS 1996)

Os elementos do espaço estão submetidos a variações quantitativas e qualitativas. Desse modo os elementos do espaço devem ser considerados como variáveis. A cada momento histórico cada elemento muda seu papel e sua posição no sistema temporal e no sistema espacial e, a cada momento, o valor de cada qual deve ser tomado da sua relação com os demais elementos e com o todo. Isso significa que eles variam e mudam seu valor segundo o movimento da História.

Assim, cada lugar atribui a cada elemento que constitui o espaço um valor particular. Em um mesmo lugar, cada um dos elementos está sempre mudando de valor, porque cada elemento do espaço está em relação com os demais, e essas relações são regidas pelas condições do lugar que está associado a uma característica própria, como uma paisagem ou uma cultura. Esse estudo dos lugares deverá levar em conta os elementos que envolvam os alunos e os que já estão envolvidos.

Somente através do movimento conjunto é que podemos corretamente valorizar cada parte e analisá-lo, para, em seguida, reconhecer concretamente esse todo.

Conforme Joly (1990, p. 45),

O espaço geográfico é o espaço constituído pela superfície terrestre inteira, compreendidos os oceanos e as regiões inabitadas. Além disso, ele possui certa espessura, pois diz respeito, ao mesmo tempo, ao meio sólido (litosfera), ao meio líquido (hidrosfera), ao meio gasoso (atmosfera) e engloba o meio vivo (biosfera). Esse espaço geográfico é concretamente percebido através dos objetos materiais, visíveis e mensuráveis que o compõem: rochas, montanhas, vales, rios, florestas, campo, edificações etc. Mas engloba também uma larga gama de outros conceitos ou de relações invisíveis de ordem física, biológica ou humana.

O processo de transformação e de reestruturação das sociedades faz com que as ciências passem por mudanças. Assim, o espaço e o tempo adquirem novas leituras e dimensões. (JOLY, 1990)

Com a construção da sua própria identidade, o sujeito representa suas marcas, suas características, deixando-o ciente de que é diferente e pode ser diferente e que são essas diferenças que irão possibilitar os diálogos e as trocas em seu crescimento social. Essa identidade servirá de base para o sujeito ter uma noção de espaço e tempo. (JOLY, 1990)

Para isso, à medida que o tempo e o espaço forem abordados devem ser contextualizados, problematizados, textualizados e questionados, despertando nos alunos um sentimento de provocação, sempre em busca de resposta aos seus questionamentos.

Segundo Simielli (2001), é importante o trabalho de compreensão e representação do espaço, tempo e sociedade na escola de forma que retrate a vida cotidiana do aluno, sendo nos primeiros anos o trabalho em cima da valorização do espaço e do tempo vivenciado. Nos anos seguintes devem ser compreendidas as noções temporais, a quantificação do tempo, a representação das categorias e a caracterização de épocas, não se limitando a espaços e tempos próximos, e sim, a amplos espaços.

Segundo Joly (1990, p.57):

Analisar o espaço geográfico não é um simples exercício de estudo nem um divertimento: é uma operação que normalmente se inscreve num processo de pesquisa científica ou de organização territorial. Um mapa não é apenas uma obra de arte; é um instrumento

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