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Conservadorismo E O Serviço Social

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Por:   •  9/2/2015  •  Seminário  •  586 Palavras (3 Páginas)  •  527 Visualizações

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O conservadorismo e o Serviço Social

As influências do conservadorismo na sociedade brasileira dominam o Estado brasileiro e se expressam em relações políticas atrasadas, firmadas no clientelismo e na dominação tradicional de base patrimonial, na oligarquia.

O processo da história do Serviço Social no Brasil é permeado por rupturas e continuidades com o conservadorismo onde o mesmo se apresenta como mediação de destaque associado ao autoritarismo nas relações sociais entre as classes e com impactos no processo de implementação das políticas públicas.

O conservadorismo sempre esteve presente na trajetória do Serviço Social no Brasil, inicialmente na ação social da igreja católica como ajuda e assistência relativo a caridade cristã, e nas ações desenvolvidas pelo Estado e Sociedade Civil, alcançando a gestão da política de Assistência Social até os dias atuais.

A visão do conservadorismo se revela na concepção de pobre como carente, como ser de qualidade inferior reproduzida na intervenção pública como favor, sob relação paternal e tutelar gerando dependência e definindo relações clientelistas.

No contexto do populismo e do desenvolvimento as ações assistenciais da LBA, contribuiram para a socialização do trabalhador urbano industrial através de uma série de atividades socioeducativas e culturais direcionadas à melhoria do nível de vida dos trabalhadores.

Durante o período da ditadura militar a assistência social se expandiu e se consolidou, sendo largamente utilizada pelos governos como mecanismo de controle das tensões inerentes à ausência dos direitos civis e políticos, passam a ser criadas instituições estaduais direcionadas ao desenvolvimento de ações assistenciais. Apesar da expansão do público e das ações, não houve mudança de concepção, a ajuda e a benemerência permaneceram como mecanismo de sustentação das ações de assistência social.

A noção de direito social só foi construida no Brasil no processo de redemocratização do país, quando as bases constitutivas do Estado de Bem Estar na segunda metade dos anos de 1970 estavam sendo revistas pelo processo de reestruturação do capital em nível mundial. Sob inspiração neoliberal, o incremento do gasto social era considerado um dos culpados pela crise do capital em curso nos países centrais no final dos anos de 1960.

Ao analisarmos a exponenciação da Questão Social e suas expressões a partir dos impactos da chamada crise do capital, percebemos que o capitalismo atrai o conservadorismo para o interior do Serviço Social desencadeando um processo de assistencialização das políticas sociais, o profissional do Serviço Social ao defender os interesses da classe trabalhadora, ao buscar fundamentação teórica para compreender essa realidade contraditória onde se insere, passou a produzir novos conhecimentos e dar novas respostas para o seu exercício profissional no sentido de debater as demandas postas pela Questão Social.

Segundo Iamamoto, o conservadorismo não é assim apenas a continuidade e persistência no tempo de um conjunto de idéias constitutivas da herança intelectual européia do século XIX, mas de idéias que, reinterpretadas, transmutam-se em uma ótica de explicação e em projetos de ação favoráveis à manutenção da ordem capitalista.

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