TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Consideração das principais respostas sociais ao poder: resposta e política despótica

Trabalho acadêmico: Consideração das principais respostas sociais ao poder: resposta e política despótica. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/10/2014  •  Trabalho acadêmico  •  7.149 Palavras (29 Páginas)  •  376 Visualizações

Página 1 de 29

Exemplo: Só existe o homem pode provar.

É isso que podemos denominar de visão antropocêntrica da modernidade (homem no centro), diferente da visão medieval que era teocêntrica (Deus no centro) e da antiga que era fisiocêntrica (a Natureza no centro com imutável).

Outro exemplo do pensamento moderno Thomas Hobbes (1588- 1679), ele sustenta que a razão é a capacidade humana de calcular e controlar todas as coisas. Afirma ainda que o homem por sua natureza é um ser individual, totalmente livre, independente. E tem direito ou desejo de possuir todas as coisas, e ninguém pode impedir-lhe de querer realizar tais direitos ou desejos, mesmo que tenha que matar o concorrente. Assim, por natureza, nada podemos fazer para impedir que sejamos lobos do outros homens. Se não fizermos uma calculada intervenção nesta tendência natural , viveremos em um estado selvagem.

Para evitar isso fazemos o contrato social: para sairmos do estado de natureza, e para garantirmos nosso direito individual à vida, à sobrevivência física, cada um deve fazer pacto com todos os outros indivíduos; através deste pacto, cada qual cede seu direito de se autodeterminar a um outro. Do pacto nasce o ser soberano, o Estado, o qual, por sua vez estabelecerá a lei que deve ser obedecida por todos os participantes do contrato. O soberano será o único que continuará no seu estado de natureza, enquanto os outros todos deixarão este estado e receberão em troca a segurança de uma vida garantida pelo soberano.

Essa a tese política hobbesiana, a do contratualismo moderno, nos mostra que os seres humanos inventaram a política; ela é uma criação artificial do ser humano. Também a ética precisou ser criada artificialmente pelos homens, pois não há moral, não há lei alguma no estado de natureza, que é o estado original.

Baruch Espinosa (1632 - 1677), afirma que podemos chamá-la de Deus ou de Natureza. O que não podemos é admitir a existência destas duas realidades separadas, como se houvesse, Deus lá em cima, fora, e a natureza, aqui, dentro. Não há nada fora.

Outra fase da Filosofia Moderna é como Iluminismo ( Esclarecimento, Luzes), parte do pressuposto geral é que tudo pode ser iluminado, esclarecido, resolvido, conhecido melhor por meio da razão humana. E pela razão se garante o progresso, partindo do princípio de que o ser humano é perfectível, ou seja, capaz de se tornar perfeito aos poucos, como insistia o iluminista Jean - Jacques Rousseau (1712 - 1778). Em suma, pela razão, o ser humano tornar-se-á um organizador e um organizador e um administrador cada vez mais perfeito. Essa é a tesa defendida pelos modernos.

Outros nomes conhecidos são Voltaire (1694 - 1778), Diderot (1713 - 1784), David Hume (1711 - 1776), Immanuel Kant (1724 - 1804).

Immanuel Kant (1724 - 1804) diz que cabe à filosofia responder a quatro perguntas:

a) O que é possível conhecer? ( A primeira tem a ver com a teoria do conhecimento )

b) O que devo fazer? ( a segunda, com a Ética, a Política e o Direito )

c) O que me é lícito esperar? ( a terceira, com a dimensão estética e religiosa da vida humana)

d) O que é o homem? (a quarta, com a Antropologia Filosófica)

As respostas as perguntas de Kant que são respondidas em suas obras constituem aquilo que se denomina como pensamento crítico. A crítica é uma atitude filosófica que se põe para além do ceticismo e do dogmatismo.

A atitude cética, sustenta que não há como estabelecer um conhecimento objetivo e neutro da realidade, e que nosso conhecimento sempre tem algo de hábito e de crença compartilhada. Já a atitude dogmática é aquela que defende que os seres humanos são capazes de alcançar um conhecimento seguro e eterno das essências das coisas.

Kant nega tanto o ceticismo, pois os seres humanos conhecem sim a realidade, mas -contra os dogmáticos - não na sua essência e sim no modo como a realidade aparece diante de quem a quer conhecer. Afirmando ainda que o ser humano ao conhecer, obriga a natureza, ou qualquer objeto, a responderá pergunta que ele faz. Mas ressalva que como o ser humano muda, mudam também as perguntas, e com isso mudam também as verdades acerca do mesmo objeto. Isso torna todo saber humano uma construção humana, que depende de quem conhece, e não só daquilo que é conhecido.Por outras palavras, todo conhecimento é subjetivo e objetivo, e nunca só objetivo.

Kant ainda afirma que entre Deus e os homens, quem deve decedir é o ser humano, com sua razão. E com suas razões. A verdade e a ética devem ser humanas. Além disso Kant responde o que é esclarecimento : " Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servire-se de si mesmo sem a direção de outrem.

E quando questionado sobre o que é modernidade, responde "Esclarecimento (ou seja modernidade é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele mesmo é o responsável", Por outras palavras ser moderno equivale a ser responsável a responder pelo que se é e faz, por prórpria conta e risco. Assim ser moderno significa ser livre, entendida a liberdade como responsabilidade, e não simplesmente como o direito de se fazer o que se quer.

Segue um esquema da História da Racionalidade Ocidental:

Imagem

Sócrates - A história

Sócrates nasceu em Atenas em 470 a.c, em sua maturidade passou a vagar por Atenas pregando e questionando as pessoas sem cobrar nada por isso. Estava buscando a resposta para " O que é a essência do homem?' e encontrou a resposta de que " O homem é sua alma, alma como razão, o eu consciente, a consciência intelectual e moral. O que distingui o ser humano todos os outros seres da natureza."

Na época socrática tanto Sócrates como os filósofos sofistas que abandonaram o questionamento da natureza e passaram a focar no homem. Porém Sócrates discordava da relativização dos valores, uma vez que o sofistas estudavam a arte da persuasão, e defendiam quem quer fosse se bem remunerados.

Tudo que se sabe de Sócrates atualmente, vem dos textos que seus discípulos escreviam sobre ele, uma vez que o mesmo nunca se sentiu sábio suficiente para colocar uma verdade no papel. Seu melhor discípulo foi Platão,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (43.8 Kb)  
Continuar por mais 28 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com