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Contabilidade Mp ,undo Atual

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Por:   •  1/12/2013  •  8.053 Palavras (33 Páginas)  •  531 Visualizações

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INSTITUTO BELO HORIZONTE DE ENSINO SUPERIOR

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A CONTABILIDADE NO BRASIL, FUNÇÕES E CONTRIBUIÇÕES À SOCIEDADE

BELO HORIZONTE

2013

ADRIELE RODRIGUES/R.A 02440001839

ALEXANDRE SILVA/R.A 02440001706

ALYSSON CASTRO/R.A 01780001262

DANIELLE ISABEL/R.A 01780001235

ESTER BENVINDO/R.A 01780001257

LEONARDO DE SOUZA/R.A 02440001714

RODRIGO MARQUES/R.A 02440001707

THIAGO COSTA/R.A 01780001144

VÂNIA PATRICIA/R.A 01780001274

WAGNER AVELINO/R.A 01780001244

A CONTABILIDADE NO BRASIL, FUNÇÕES E CONTRIBUIÇÕES À SOCIEDADE

Trabalho apresentado à disciplina Ciências Contábeis do Instituto Belo Horizonte de Ensino Superior.

Orientador: Rhaymer Campelo

BELO HORIZONTE

2013 

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos colegas da faculdade, ao orientador, pela aprendizagem durante este período, e as nossas famílias e a Deus que em nenhum momento mediram esforços para realização de nossos sonhos, que nos guiam pelos caminhos corretos, nos ensinam a fazer as melhores escolhas, nos mostram que a honestidade e o respeito são essenciais à vida, e que devemos sempre lutar pelo que queremos nos proporcionando oportunidades de realização que jamais teríamos sem eles.

AGRADECIMENTOS

A todos que contribuíram para a realização deste trabalho, fica expresso aqui a minha gratidão, especialmente ao Professor Rhaymer Campelo, pela orientação, pelo aprendizado e apoio em todos os momentos necessários. Aos meus colegas de classe, pela rica troca de experiências. Aos bibliotecários, pela ajuda incondicional.

A todos que, de alguma forma, contribuíram para esta construção.

“Não confunda derrotas com fracasso, nem vitórias com sucesso. Na vida de um campeão sempre haverá algumas derrotas, assim como na vida de um perdedor sempre haverá vitórias. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias.

(Roberto Shinyashiki)

RESUMO

A contabilidade no Brasil teve uma grande evolução de seu início até os dias atuais, e contou com grandes influências para chegar no mercado atual.

O presente trabalho analisou as diversas influências da contabilidade no mercado brasileiro, recomendadas pelos principais pensadores sobre o tema, e quais os órgãos responsáveis pela regulamentação da contabilidade no país. Para tanto foi utilizada uma revisão bibliográfica em alguns livros, artigos, dissertações e teses existentes sobre o tema. Os resultados encontrados mostraram que não existe apenas uma visão de como dever ser feita a contabilidade em geral, e como ela surgiu no Brasil, enfocando todos os detalhes necessários para sua confecção, visto que cada autor focaliza alguns aspectos em detrimentos de outros.

ABSTRACT

Accounting in Brazil had a major evolution from its inception to the present day, and had great influences to get in the current market.

This study examined different influences of accounting in the Brazilian market, recommended by leading thinkers on the subject, and which organs responsible for accounting regulation in the country. For this we used a literature review in some books, articles, theses and dissertations on this theme. The results showed that there is only one view of how accounting should be done in general, and how it came in Brazil, focusing on all the details necessary for their manufacture, as each author focuses on some aspects to the detriment of others.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11

1.1 Tema 11

1.2 Situação problema 12

1.3 Objetivos 12

1.3.1 Objetivos gerais 12

1.3.2 Objetivos específicos 14

1.4 Justificativa 15

1.5 Estrutura do trabalho 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO 16

2.1 A história da contabilidade no Brasil 16

2.1.1 O Inicio da Contabilidade no Brasil 17

2.2 Diferença de contador para contabilista 19

2.3 Quais são e como funcionam os órgãos de classe da área contábil...

........ 20

2.3.1 Sindicato da Classe 21

2.3.2 Sinescontábil-Mg 21

2.3.3 Conselho Regional de Contabilidade 22

2.3.4 Conselho Federal de Contabilidade 22

2.4 O contador no mercado de trabalho 22

2.4.1Principais atividades desenvolvidas 23

2.5 As escolas de contabilidade no Brasil 26

2.5.1 Escola Italiana 26

2.5.2 Escola Norte-Americana 27

2.5.3 No Brasil 28

2.6 Informações geradas pela contabilidade 29

2.6.1 Usuários da contabilidade 31

2.7 Qual a contribuição da contabilidade a sociedade 32

2.8 O uso da contabilidade nas tomadas de decisões das empresas 35

3 METODOLOGIA 41

3.1 Natureza da pesquisa 41

3.2 Tipo de pesquisa 41

3.3 Técnica de pesquisa 41

3.4 Etapas da pesquisa 41

11 C ONCLUSÃO 42

12 REFERÊNCIAS 43

1 INTRODUÇÃO

Em um mercado que se encontra em constante crescimento sempre há espaço para Contadores.

O presente trabalho tem como tema “A Contabilidade no Brasil, funções e Contribuições á Sociedade”, buscando explicar de maneira detalhada seus aspectos principais, para o entendimento do leitor sobre o que realmente é Contabilidade e quão importantes é para sociedade.

A Contabilidade está relacionada aos registros que uma entidade faz de todas as transações que afetam o nosso patrimônio. Sistemas gerenciais contábeis produzem informações que ajudam funcionários, gerentes e executivos a tomar as melhores decisões e aperfeiçoar os processos e desempenhos de suas empresas.

Aos futuros contadores pesa a grande responsabilidade, que não intimidam por ser fruto de um trabalho realizado com base em números exatos e não em rumores. Cada um utiliza a Contabilidade para determinado fim, pois assim a credibilidade das informações é que garante o sucesso das decisões a serem tomadas.

1.1Tema

O tema do nosso trabalho acadêmico tem como objetivo apresentar a evolução da contabilidade na historia brasileira, tendo com foco suas características, processos, funcionalidade, ética profissional, entendimento das leis e decretos, visando sempre transmitir o conhecimento ao profissional da área contábil, conquistando assim o devido reconhecimento no mundo atual, pois suas informações tornam-se imprescindíveis para tomadas de decisões nas empresas, mostrando o quanto esta evoluindo a contabilidade no Brasil.

1.2 Situação Problema

Para muitos empresários totalmente despreocupados com a área econômico-financeira, a Contabilidade é somente necessária para atender às exigências fiscais. Especialmente os proprietários de empresas de pequeno porte, que o Imposto de Renda dispensa de fazer Contabilidade, por isso poucos estão interessados em fazer, conhecer e analisar relatórios contábeis.

A Contabilidade surge com o objetivo de auferir os resultados das atividades nas empresas; portanto, não se trata de uma nova ciência e sim, de novas informações que estão sendo demandadas por seus usuários, sendo assim, de que forma a utilização da Contabilidade aplicada nas empresas pode auxiliar na gestão, gerando benefícios à entidade e reduzindo os motivos que as levam a encerrarem suas atividades?

1.3 Objetivos

O objetivo principal deste trabalho é de conhecermos melhor “A contabilidade no Brasil, incluindo suas funções e contribuições a sociedade”, para tanto, será necessário atingirmos determinados objetivos, dentre os quais se destacam conhecer a Historia da contabilidade no Brasil, saber o que é ser um contador, qual a diferença entre contador e contabilista, são estes temas necessários para sabermos melhor sobre esta profissão que é de suma importância para as organizações.

1.3.1 Objetivos gerais

Nosso trabalho apresenta um estudo acadêmico onde relatamos toda a evolução da Contabilidade no Brasil, oficialmente reconhecida em 1946 após decreto lei nº 9.295/1946.

A finalidade da contabilidade é assegurar o controle do patrimônio e fornecer as informações sobre a composição e variações patrimoniais, bem como o resultado das atividades econômicas envolvidas aos seus usuários internos ou externos.

Assim, vemos que um dos objetivos implícitos da Contabilidade é o de apresentar demonstrativos e relatórios condizentes com as necessidades de cada tipo de usuário, contendo elementos informativos que os usuários consideram importantes para as suas tomadas de decisões.

Apresentamos também as diferenças entre contador e contabilista, já que muitos confundem ou não compreendem a diferenciação ente eles.

Os órgãos de classe da categoria e suas respectivas responsabilidades e funções.

O contador no mercado de trabalho, sua ética profissional, suas responsabilidades, deveres, direitos, com o intuito de sempre zelar pela transparência das informações prestadas.

As diferentes atividades desenvolvidas pelo Contador: Gerente de Impostos, Analista Financeiro, Controller , Contador de Custos, Contador Geral, Auditor Interno, Auditor Independente, Consultor, Professor de Contabilidade, Pesquisador, dentre outros.

As escolas de contabilidade no Brasil, destacando-se neste contesto a Escola de Comercio Álvares Penteado, no estado de São Paulo, a Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, entre outras.

O objetivo do nosso trabalho é a introdução de conhecimentos básicos a todos os iniciantes do curso de Ciências Contábeis, que serão exaustivamente estudados, discutidos e absorvidos por todos no decorrer do curso.

1.3.2 Objetivos específicos

Este trabalho apresenta a evolução da Contabilidade no Brasil, desde a época Colonial até os dias atuais. As informações aqui pesquisadas disponibilizam conceitos que ajudaram no desenvolvimento do tema preposto, visando transmitir o conhecimento da historia da contabilidade brasileira. Temas esses como: origem, os diferentes seguimento dos profissionais, os órgãos de classes e suas finalidades, mercado de trabalho, as escolas de contabilidade, além das informações que ela disponibiliza, assim como a contribuição da mesma para sociedade, finalizando com a tomada de decisão nas empresas.

1.4 Justificativa

Com as mudanças quem vem acontecendo em nosso mundo contemporâneo impõe ao Contador a necessidade de mudar. Essa tal mudança deve acompanhar a transformação e as novas legislação que surgem .

O trabalho mostra a evolução, melhoria da profissão e o reconhecimento ao decorrer dos anos . Aprofundando neste tema podemos ampliar o nosso conceito sobre o que é realmente a Contabilidade e qual a importância da mesma para as tomadas de decisão de uma empresa e para um bom andamento da organização

1.5 Estrutura do trabalho

• Capa

• Folha de rosto

• Dedicatória

• Agradecimentos

• Epígrafe

• Resumo

• Abstract

• Sumário

• Introdução

• Referencial teórico

• Metodologia

• Conclusão

• Referências 

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A história da contabilidade no Brasil

A Contabilidade não é algo desenvolvido por apenas um povo, ela é um produto do mundo inteiro, estão intimamente relacionada com as necessidades humanas e com todo sistema econômico de um modo geral o homem não conseguiria viver sem ela, pois precisa de um sistema organizado para viver em sociedade.

Com o surgimento das civilizações as primeiras técnicas de contabilidade começavam a ser desenvolvidas em razão das necessidades do comercio. Podemos afirmar que muito de nossa história, somente foi descoberta pelos registros contábeis realizados.

A propriedade privada começava a suplantar a posse conjunta da Idade Média e com isso, surgiam as bases de toda a nossa sociedade. Um conjunto de antecedentes responsáveis pela contabilidade que conhecemos hoje foi à capacidade de expressão: a arte da escrita, o desenvolvimento da aritmética e o uso generalizado da moeda como dominador comum.

A Itália do século XIV foi o país afortunado no qual esses eventos convergiam, o que lhe conferiu o nome de “Berço da Contabilidade”. Mas a contabilidade carecia das técnicas uniformes a todos os seus usuários. Cada um registrava o seu patrimônio de uma maneira diferente. O primeiro codificador da contabilidade morava na Itália, Frei franciscano de nome Irmão Luca Paciole, que escreveu o livro Tratactus de Computis est Esciptures (Contabilidade por partidas dobradas), publicado em 1494.

Era difícil também a distinção clara entre o patrimônio da empresa e o do seu proprietário, mesmo sendo obviou que se trata de diferentes realidades.

A popularização no uso do computador marcou de vez a nova era da contabilidade. As demonstrações contábeis passaram a ser elaboradas em prazos nunca antes imaginados e podem ser encaminhados em tempo real para todo mundo. Fez com que o contador deixasse de ser um mero registrador dos fatos contábeis para participarem de maneira mais ativa do processo decisório das empresas. Com a necessidade de informações mais precisas nas decisões e de toda complexidade encontrada no mundo dos negócios, o contador passou a ser peça fundamental nas empresas.

No Brasil com o Decreto – lei n°9.295/1946, a profissão contábil foi oficialmente reconhecida, o novo código civil de 2002, a responsabilidade dos contadores brasileiros ficou maior. Eles ficaram responsáveis pela garantia da credibilidade das informações contábeis tanto no seu relacionamento direto com as empresas quanto no relacionamento das empresas. Nos dias de hoje, podemos perceber que a contabilidade é a peça-chave para todos os países garantirem a existência de um sistema econômico e financeiro realmente globalizado. Com isso, o nosso entendimento não deve se restringir apenas a o contador, mas a todos aqueles que fazem parte do mundo dos negócios, que também precisam conhecer a contabilidade e saber utilizar as suas informações de maneira correta e eficiente.

2.1.1 O Inicio da Contabilidade no Brasil

A Contabilidade no Brasil surgiu a partir da época colonial, por conta da evolução da sociedade e pela necessidade de controles contábeis para o funcionamento das primeiras Alfândegas que se iniciou em 1530.

Gaspar Lamego foi nomeado como primeiro contador das Terras do Brasil, a expressão contador era utilizada para denominar profissionais da área publica.

No dia 16 de julho de 1979 foi criada a Casa dos Contos, esse órgão teria por finalidade processar e fiscalizar receitas e despesas de Estado.

Com o desenvolvimento da sociedade gerou-se um aumento nos gastos foi preciso uma atenção ainda maior no controle das contas publicas e receitas do Estado, sendo assim criaram o órgão Erário Régio.

No Brasil, a primeira referencia oficial a escritura ocorreu em 1808 elaborada pelo Príncipe D.João VI, o processo de escrituração só poderia ser feito por profissionais que estudassem aulas de comércio.

As Aulas de Comercio no Brasil foram oficializadas em 15 de julho de 1809, com nomeação do Sr.José Antonio Lisboa que ficou conhecido como “O Visconde de Cairu” o primeiro professor de contabilidade no Brasil. O ensino foi consolidado após o movimento do Grêmio do Guarda-livros de São Paulo para criação do curso.

Segundo D’Áuria, o Código Comercial Brasileiro, de 1850, qualifica o guarda-livros como preposto do comerciante, só depois de alguns anos a profissão de contador foi legalizada, tendo sido medida complementar a criação do conselho Federal de Contabilidade e seus registros, nos Estados. Hoje é obrigatório o registro dos profissionais, para que possam exercer, legalmente, a função de contador.

No ano de 1869 foi criado a Associação dos Guarda-livros da Corte, reconhecido oficialmente depois de um ano pelo Decreto Imperial nº4. 475 este fato foi importante, pois a profissão do guarda-livros foi a primeira profissão liberal do Brasil.

O guarda-livros era responsável de controlar a entrada e saída de dinheiro, fazer escriturações, teria que ter domínio sobre a língua francesa e portuguesa e uma ótima caligrafia.

2.2 Diferença de contador para contabilista

Muito dos estudantes que iniciam no curso de ciências contábeis confundem ou não compreendem a diferença de contador para contabilista. O primeiro refere-se ao profissional de nível superior com bacharel em ciências contábeis, o contador propriamente dito. Já o segundo é um temo universal que envolver tanto o profissional de nível superior (o contador), quanto o de formação secundaria (o técnico de contabilidade).

Em 1931 foi sancionado o decreto federal nº 20.158, a primeira grande vitória da classe contábil e por meio desse, foi criado o curso de guarda-livros e também o de peritos-contadores.

Já, em 28/04/1958, através da lei 3.384, os guardas livros passaram a ser intitulados de “técnicos de contabilidade”, e em 22/09/1958, foi extinto o curso de peritos-contadores dando lugar ao curso universitário de ciências contábeis cujos profissionais eram intitulados “contadores”. Mas, a autores que discordam da classificação referente ao termo contabilista, que é o caso de SALÉZIO SAGOSTIM (2006), que publicou uma tese elaborada com o objetivo de provar que o termo “contabilista” não designa profissão. Ela foi escrita para defender a legitimidade do direito dos contadores possuírem um sindicato próprio, desvinculando-se dos existentes sindicatos de “contabilistas”.

Assim, tanto contadores como técnicos em contabilidade, com a decisão vitoriosa desta tese na Justiça, passaram a ter o direito de defender com exclusividade as suas efetivas categorias. O Ministro Relator Humberto Gomes de Barros baseado na tese de SALÉZIO SAGOSTIM (2006) deferiu a sua decisão:

PROCESSUAL - RECURSO ESPECIAL - DIVERGÊNCIA - ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - MATÉRIA CONSTITUCIONAL - SINDICATO DECONTABILISTAS - SINDICATO DE CONTADORES - DISSOCIAÇÃO (CLT ART. 571) - OFENSA INEXISTENTE.

I - O STJ não compõe dissídio pretoriano, em que o paradigma é acórdão do Supremo Tribunal Federal, tomado em recurso extraordinário.

II - Não ofende o Art. 571 da CLT, acórdão, que declara lícita a dissociação de sindicato, louva-se no Art. 1º, alíneas a e b do DL9. 295/46, para afirmar que não existe a profissão de contabilista, mas convivem duas categorias legalmente diferenciadas, atuando na área contábil.

V O T O...

4. Técnico em contabilidade e contador constituem categorias profissionais distintas, cujos interesses nem sempre coincidem. A distinção inicia-se pela exigência de nível universitário, para o exercício da atividade de contador e a suficiência de nível médio, para a de técnico em contabilidade;

5. Não existe a profissão de contabilista. Legalmente, atuam na área contábil duas categorias distintas, diferenciadas no Art. 1º, alíneas a e b do DL 9.295/46: o técnico em contabilidade é profissional de nível.

2.3 Quais são e como funcionam os órgãos de classe da área contábil

Os órgãos de classe da área contábil surgiram para atender as necessidades dos trabalhadores assegurando seus direitos junto às empregadores e também como órgãos fiscalizadores com a finalidade de manter a confiabilidade, transparência e segurança aos usuários dos serviços. Os órgãos que especificaremos a seguir são o Sindicato da Classe, Sinesconabil-MG, Conselho Regional de Contabilidade - CRC e Conselho Federal de Contabilidade - CFC

2.3.1 Sindicato da Classe

Os sindicatos dos contabilistas têm como objeto atender as expectativas dos associados, junto aos empregadores e outras entidades, oferecendo-lhes acessória jurídica, convênios diversos e profissionais sempre à disposição para sanar duvidam e prestar orientações aos que ali procuram.

Tem representação legal da categoria junto ao Ministério do Trabalho, tendo também a responsabilidade de firmar acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho junto ao órgão representante dos empregadores.

Responsável pela homologação das rescisões de contrato de trabalho dos contabilistas.

É uma entidade sem fins lucrativos, que se mantêm através de contribuições de seus associados e também ministrando cursos a valores acessíveis aos interessados da área contábil.

2.3.2 Sinescontábil-Mg

Instituição fundada no ano de 1.995 com a responsabilidade de defender os interesses dos escritórios de contabilidade, auditoria e pericias contábeis, tendo como principais metas: a inclusão dos escritórios no simples nacional, fusão das convenções coletivas de trabalho no mesmo local, vários questionamentos judiciais, dentre eles, a cobrança abusiva da anuidade do CRC-MG, discussão sobre COFINS e demais tributos, promoção de cursos em áreas de interesse da contabilidade com preços acessíveis, suporte aos escritórios do interior na capital.

2.3.3 Conselho Regional de Contabilidade

Projetado e criado através do Decreto lei nr. 9.295/46 com o intuito de defender a ética profissional dos contabilistas resguardando seus direitos e deveres.

Tem como finalidade o registro do profissional e sua devida fiscalização, atendendo os contabilistas e os que tenham interesse no exercício da profissão de forma eficaz e cordial padronizando os processos internos no intuito de atender a legislação vigente.

Incentivar e promover o desenvolvimento do profissional.

É composto por 2/3 de contadores e 1/3 de técnicos de contabilidade, os quais são eleitos por voto secreto, pessoal, direto e obrigatório a todos os contadores e técnicos de contabilidade, com registro em vigore em situação regular para o exercício da profissão. Cada Estado devera possuir o seu conselho.

2.3.4 Conselho Federal de Contabilidade

Projetado e criado através do Decreto lei nr. 9.295/46, com funções principais, dentre outras, orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, por intermédio dos CRC’s, cada um em sua base jurisdicional, nos Estados e no Distrito Federal, decidir em ultima instancia, os recursos de penalidade imposta pelos conselhos regionais, alem de regular acerca dos princípios contábeis.

É composto por um representante de cada estado e mais o distrito federal, no total de 27.

2.4 O contador no mercado de trabalho

A ética de um profissional é um conjunto de comportamentos impostos a ele pela empresa em que trabalha ou pela profissão que ele pratica. A fim de normatizar estas situações foram criados diversos códigos de ética, para o profissional de contábeis não foi diferente.

O profissional contábil tem que ter um comportamento ético inquestionável, saber manter sigilo, ter conduta pessoal, dignidade, honra, competência e serenidade para proporcionar ai usuário informações com segurança e confiabilidade.

A profissão contábil é uma das mais antigas, passando ao longo do tempo por muitas mudanças nos procedimentos e fatos contábeis. Devido a esta evolução, o profissional passou a ser de extrema importância no desenvolvimento das organizações, portanto, a fraude também passou a ser mais frequente, resultando assim o fracasso de muitos empresários.

De acordo com Lisboa (1997), o objetivo do código de ética para o contador é habilitar esse profissional a adotar uma atitude pessoal, consoante com os princípios éticos conhecidos e aceitos pela sociedade.

Para exercer a profissão de contador, não basta apenas a preparação técnica, mais também deve ter princípios éticos aplicáveis a sua profissão de forma a produzir uma imagem verdadeira, passando credibilidade aos seus clientes e funcionários.

2.4.1Principais atividades desenvolvidas

O Analista Financeiro analisa as demonstrações e relatórios contábeis da empresa com a finalidade de conhecer a situação econômica e financeira da empresa. Com estas informações são tomadas as decisões sobre investimentos, empréstimos, contratações, demissões etc. Sua remuneração é feita através de salário.

O Gerente de Impostos é o responsável pelo Planejamento Tributário da Empresa, previsões e retenção de Impostos, pagamentos e conferencia. Sua remuneração é feita através de salário e ou participação dos lucros.

O Controller fornece informações contábeis decisivas e importantes da empresa , tais como administração tributária, sistemas de informações contábeis, contabilidade de custos e financeira. Sua remuneração é feita através de salário.

O Contador de Custos é o responsável pelo planejamento de custos padrões e tomada de decisões e determinação dos responsáveis em caso de grande variação entre os custos da empresa e o custo real sem impostos. Sua remuneração é feita através de salário.

O Contador Geral Fornece informações obrigatórias a qualquer tipo de empresa, informações tributárias, tipo de aplicações, alguns exemplos são: contabilidade industrial, contabilidade Rural, Contabilidade Hospitalar etc. Sua remuneração é feita através de salário.

O Consultor trabalha de forma autônoma prestando consultoria as empresas nas mais diversas áreas como: fiscal, trabalhista, previdenciária, processamento de dados, marketing entre outras. Sua remuneração é feita através de horas trabalhadas.

O Auditor Interno é o funcionário da própria empresa que fiscaliza e tem a função de verificar os procedimentos contábeis e processuais da empresa. Sua remuneração é feita através de salário.

O Contador público, responsável pela contabilidade de entidades de direito público, e demais pessoas que administrem ou guardem bens da Fazenda Pública. Eles devem atentar ao Sistema Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e de Compensação. A sua remuneração é feita através de salário.

O Parecerista, acadêmico que dá pareceres sobre situações empresariais, seja no âmbito judicial como também na área de negócios. Sua recuperação é feita através de serviço prestado.

O Auditor independente Pode ser autônomo ou ligado a alguma empresa de auditoria. Sua função é verificar a veracidade dos procedimentos contábeis da empresa auditada. Fornecem pareceres sobre essas demonstrações e lhes dá credibilidade. Seu parecer é obrigatório nas demonstrações das empresas de Capital Aberto, Instituições financeiras e demais subordinadas ao Banco Central do Brasil e a Superintendência de Seguros e Previdência Privada. Sua remuneração é feita através de horas trabalhadas.

Professor de Contabilidade dá aulas para o curso técnico ou para nível superior, caso que exige pós-graduação, não só para curso de Ciências Contábeis, mas também para áreas que necessitam desses conhecimentos, tais como administração e gestões diversas. Sua remuneração é feita através de salário ou aulas dadas.

Contador Terceirizado possui escritório de contabilidade que presta serviços de escrituração contábil, fiscal, emissão de holerites, departamento pessoal entre outros. Sua remuneração é feita através de honorários.

O Perito Contábil verifica os registros contábeis e procedimentos pertinentes de empresas em processos judiciários. Sua remuneração é feita através de horas trabalhadas.

O Palestrante pertence a área acadêmica, dá Palestras, participa de Congressos em empresas, escolas disseminando seus conhecimentos, geralmente fruto de suas pesquisas, sobre determinado assunto. Sua remuneração é feita através de palestras feitas.

2.5 As escolas de contabilidade no Brasil

No Brasil não existe uma escola própria de pensamento contábil, em primeiro instante, sofreu grandes influencias da cultura contábil da Itália, e posteriormente, com a decadência das escolas italianas, passou para o modelo norte-americano que até os dias atuais é utilizado em nosso país.

2.5.1 Escola Italiana

A Itália é o país considerado como um dos primórdios da contabilidade, onde se originou o método das partidas dobradas, criado no período pré-científico ou moderno, século XIV, e divulgado por Frei Luca Pacioli, através da publicação, em 1494, do livro “La Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalitá”,

No inicio desse período, havia uma ideia de que a contabilidade tinha apenas a função de escriturar e guardar livros, porém Francesco Villa surpreendeu ao defender a tese de que a contabilidade envolvia mais que isso. Um dos seus seguidores Fábio Bésta, aproximando do conceito que a contabilidade tem como objeto o patrimônio, define contabilidade como ciência do controle econômico. Após isso em 1923 Vicenzo Masi, seguidor de Fábio Bésta, foi além ao afirmar que o objeto contabilidade era o patrimônio e publicar sua afirmação em um artigo que tem como titulo “La Regioneria come Scienza Del Patrimonio” (A Contabilidade como ciência do patrimônio).

Após esse pensamento, originou-se a Escola Patrimonialista na Itália, e repercutiu pelo mundo inteiro, e após a Revolução Industrial, no século XVIII na Inglaterra, as técnicas contábeis tiveram novo impulso e influenciaram vários países, com grande aceitação no Brasil, predominando até hoje, com vários adeptos, dentre eles Francisco D‘Áuria e Frederico Herrmann Júnior , que são alguns dos fundadores do atual Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, da Revista Paulista de Contabilidade e lutaram pelo reconhecimento da profissão contábil, contribuindo assim diretamente com crescimento contábil brasileiro.

Esse domínio da escola italiano ocorreu até meados do século XX, onde começou a ascensão da cultura econômica e cultural dos Estados Unidos, as Escolas Italianas entraram em decadência, dando lugar à chamada Escola Norte- Americana.

2.5.2 Escola Norte-Americana

Enquanto as escolas europeias estavam em decadência, as escolas norte americanas desenvolveram pesquisas para aprimorar as técnicas contábeis criadas na Itália e as técnicas de auditoria desenvolvidas pelos Ingleses, partindo para a visão da contabilidade como tomada de decisões, após surgimento do American Institut of Certield Public Accountants e da integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, fato esse diferente dos ocorridos na Itália.

A causa do estabelecimento dessa nova visão de contabilidade, foi o surgimento das multinacionais ou transacionais, que permitiram a correta interpretação de todos os estudos feitos anteriormente por grandes estudiosos norte americanos como Finney & Miller.

Com o surgimento de gigantescas instituições, proporcionando o desenvolvimento do mercado financeiro e comercial, os Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta o avanço de suas teorias e práticas contábeis pelo mundo.

2.5.3 No Brasil

Desde os tempos primitivos, no Brail já havia a necessidade de um controle das riquezas, em obra de sua autoria, Sá (1997:16) informa que “A Contabilidade nasceu com a civilização e jamais deixará de existir em decorrência dela; talvez, por isso, seus progressos quase sempre tenham coincidido com aqueles que caracterizam os da própria evolução do ser humano”.

Em trabalho de cunho histórico, Schmidt (2000:12) assevera que dentro de um aspecto arqueológico, a Contabilidade manifestou-se há quase dez séculos, portanto, muito antes do próprio homem ter desenvolvido o espírito de civilidade. Assim como o homem progrediu, a Contabilidade, como uma.

Por volta de 1754, quando ainda era colônia de Portugal, foi autorizada a criação do curso “Aula de comercio”, iniciando assim uma formação profissional na área contábil, que mesmo sendo ministrada no Brasil era supervisionada pela Junta de comércio de Lisboa. Ainda com o título de guarda-livros, os participantes desta formação poderiam atuar posteriormente nesta área, uma vez que era considerada uma escola superior ou faculdade.

Uma das primeiras manifestações contábeis ocorreu quando, em 1808 foi publicado um alvará obrigando a utilização do método das partidas dobradas, durante o reinado provisório de D. Joao VI.

Anos depois, em 1850 o Código comercial Brasileiro determinou que a escrituração das empresas devesse seguir uma ordem uniforme e instituiu a obrigatoriedade do balanço geral anual. E Segundo Luiz E. Krause(2004) essa determinação foi uma das primeiras manifestações da legislação brasileira como elemento propulsor do desenvolvimento contábil.

Com a repercussão do modelo italiano da contabilidade, o Brasil teve uma primeira fase, em 1902, com a criação da Escola de Comercio Álvares Penteado, no estado de São Paulo, quando foi utilizado esse método , contando com a contribuição de grandes autores dentre eles, Carlos de Carvalho, Francisco D`Auria e Frederico Herrmann Júnior. Enquanto Carlos de Carvalho baseava-se na contabilidade contista, Francisco D’Auria e Frederico Herrmann Júnior preferiram adotar o método patrimonialista da escola italiana. Ambos contribuíram significativamente para a evolução da contabilidade brasileira que nesta época teve a intervenção da legislação no desenvolvimento de procedimentos contábeis e

Anos depois, foi inaugurada a Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, em 1946, que seguia as técnicas utilizadas pelas escolas norte-americanas, também nesse período foi criado um centro de pesquisas contábeis para adaptar ao nosso país os métodos utilizados nos Estados Unidos.

Segundo Professor Iudicibus, Finney & Miller foram os causadores do pensamento contábil e da padronização desses métodos no Brasil, que primeiramente foram adotados em São Paulo e depois no restante do território

Na data de 15 de dezembro de 1976, foi publicada no Brasil a Lei 6.404, que regulamentava os princípios contábeis, com orientação internacional especialmente norte-americana. Segundo Hilário Franco, esta lei na realidade não inovou, e sim consagrou os princípios já utilizados no Brasil, por seus melhores profissionais.

2.6 Informações geradas pela contabilidade

No geral as informações geradas pela contabilidade onde os profissionais e usuários buscam objetivos aplicados a uma entidade particularizada, que são identificados na geração de informações a serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses e objetivos.

A precisão das informações que são demandadas pelos seus usuários com o próprio desenvolvimento de aplicações das praticas da contabilidade dependerão sempre, da observação dos seus princípios, onde a aplicação a solução de situações deveriam considerar o contexto econômico, tecnológico, institucional e social, onde os procedimentos serão aplicados na forma de solucionar e resolver problemas, com grande frequência, o uso de projeções sobre o contexto em causa, onde o que e denominado de visão prospectiva nas aplicações contábeis.

As informações que a contabilidade produz de forma quantitativa, quando esse e aplicado a uma entidade , devem possibilitar à avaliação as situações e as tendências aos seus usuários desta forma com o menor grau de dificuldades possível, pois isso permite filtrar informações deixando mais claro e permitindo com que os vários usuários também participem do mundo econômico.

Assim seus usuários podem observar e avaliar o comportamento, comparar os resultados apresentados com os outros períodos, avaliando os resultados e os objetivos estabelecidos, na forma de projetar o seu futuro e inserir se nas políticas sociais e econômicas.

Tudo isso e para possibilitar e facilitar que o usuário possa planejar suas próprias operações.

E assim levando a uma conclusão de que deve haver consistência nos procedimentos utilizados nos diferentes períodos pela entidade, assim o usuário pode extrair tendências quanto à vida de uma forma de mostrar a posição de uma entidade comparando com as demais ou ate mesmo no mercado como um todo.

E necessário para o elo da contabilidade e seus ordenamentos aplicados e incentivado pelo sistema formal de normas com coerência estrutural e garantia pela observância dos princípios fundamentais.

Tanto e verdade que os procedimentos aplicados fixado como normas podem ser alterado para que os princípios que fundamentam possam permanecer inalterados. A qualificação, classificação, registros eventuais, sumarização, analise e relato das mutações sofridas pelo patrimônio da entidade. As informações quantitativas e qualitativas geradas pela contabilidade, sobre a entidade tanto expressa os temas físicos quanto os temas monetários.

As informações geradas devem apresentar aos seus usuários uma base segura para as suas decisões proporcionando segurança para que os usuários possam compreender o estado que se encontra, avaliando o seu desenvolvimento, seus riscos, oportunidades e sua evolução.

As informações se expressam por meios como de demonstrações contábeis, escriturações, registros, documentos, livros, planilhas, notas explicativas, laudos biográficos ou quaisquer outros usados na contabilidade que sejam previsto em legislação. As informações em especial aquilo contido em demonstrações contábeis, em geral e antes de tudo equitativa para satisfazer um grande numero de usuários diferentes sem privilégios nenhum deles, sabendo que as suas necessidades nem sempre são coincidentes. Previsto em legislação a contabilidade deve revelar o suficiente para a entidade proporcionando o modo de facilitar a concretização dos propósitos investindo os atributos que são indispensáveis para o usuário.

2.6.1 Usuários da contabilidade

Os usuários da contabilidade são pessoas físicas ou jurídicas que se utilizam das informações geradas para seus próprios fins transitórios ou permanentes.

Entre os outros integrantes do mercado de capitais, investidores, fornecedores, credores e outros clientes como; autoridades governamentais de diversos níveis sociais e meios de comunicação.

Administradores da própria entidade, além do publico em geral. Os usuários tanto podem ser internos ou externos, e seus interesses podem ser diversificados, em razão quais as informações geradas pela contabilidade devem ser amplas e suficientes para a avaliação de uma situação patrimonial de suas sofridas mutações do patrimônio.

Os usuários internos como os administradores os que se usam das informações aprofundadas e especificas aquelas relativamente de seu ciclo operacional, e as atenções em as partes mais genéricas contidas nas demonstrações contábeis.

Em um ativo mercado de capitais a importância de informações oportunas e corretas suficientes e elegíveis do patrimônio e as mutações da entidade com avaliação adequada de riscos e oportunidades de investidores que estarão interessados na segurança dos seus investimentos buscando assim relatórios compensadores em relação às demais aplicações assegurados pelos sistemas de normas nos princípios fundamentais, com a qualidade de informações tornam a contabilidade um verdadeiro catalisador do mercado financeiro.

O entendimento das informações geradas pelos próprios usuários internos, externos, pessoa física ou jurídica podem levar a conclusão de necessidade de valer se dos profissionais da contabilidade aplicada tendo objetivos alcançados.

2.7 Qual a contribuição da contabilidade a sociedade

Com certeza o mundo sem contabilidade seria uma bagunça. Como seria e quais seriam os critérios para mensuração de preços, patrimônio, lucro e perdas? Como seria o recolhimento de tributos, como seria feita a distribuição de renda, planejamento financeiro, sem matemática, sem critérios, sem contabilidade.

Seria uma troca sem valores estipulados, não existiriam impostos e por mais que muitos pensem que poderia ser bom não haver impostos, é só pensar, de onde viriam os recursos para os investimentos do governo na sociedade, não haveria moeda, não haveria empregos, não haveria nada do que temos hoje.

Estaríamos ainda hoje no tempo das cavernas, ou como na idade média, e de uma coisa tenho certeza, seria bem mais difícil do que hoje.

A profissão contábil é uma atividade fundamentada em princípios, leis e outras normas decorrentes da relação social entre pessoas, empresas e instituições em geral sendo assim pertencente à área das ciências sociais aplicadas.

Segundo o professor Dr. Antônio Lopes de Sá (2004), a profissão contábil é um trabalho exercido habitualmente nas células sociais objetivando a informação, orientação e explicação dos fenômenos patrimoniais, ensejando o cumprimento de deveres sociais, legais e econômicos, ainda servindo de histórico da vida das riquezas.

Tendo como objetivo maior o patrimônio e o controle da riqueza material das pessoas, estando assim diretamente ligada ao campo das ciências administrativas.

Dentro desta abrangência, pode-se afirmar que em todas as relações sociais entre pessoas, física ou jurídica, empresas e entidades em geral, nas quais envolvem fatos suscetíveis de valorização, ai está presente a contabilidade, sendo os contabilistas o elemento ativo do processo de registro e controle patrimonial.

Se usarmos a administração pública como exemplo, veremos de forma contundente a importância da contabilidade e a importância aguda da postura ética daqueles que produzem e utilizam as informações contábeis para tomada de decisões, bem como a prestação de contas. Vista a importância da contabilidade para a gestão pública, foi criada também uma legislação extremamente rígida e severa para punição daqueles que adotam comportamentos não éticos aos parâmetros contábeis definidos por lei.

Outro fato de extrema importância para que as empresas e demais entidades entendam a importância da contabilidade, é que os livros e fichas de escrituração mercantil, quando elaborados com observância das formalidades legais, constituem provas em juízo ou fora dele a favor do empresário ou entidade.

Já no campo das determinações legais, tem-se uma farta legislação que obriga todas as empresas à elaboração da contabilidade, tais como código comercial, legislação falimentar, legislação previdenciária, legislação tributária, dentre outras.

Sendo assim é possível perceber que a contabilidade está vinculada de forma decisiva na vida da sociedade em geral, fisco, investidores, clientes, credores, administradores, e demais usuários da informação contábil.

Dada sua importância na sociedade, percebe-se que a contabilidade é um instrumento de gestão e controle patrimonial bem como geradora de uma infinidade de informações de caráter gerencial e tributário, sendo também uma exigência legal que traz benefícios sociais, então podemos dizer que a contabilidade é um múnuz público. Segundo o dicionário Aurélio, MÚNUS pode ser entendido como: emprego, encargo ou função que um individuo exerce obrigatoriamente, o múnus público procede de autoridade pública ou da lei, e obriga o indivíduo a certos encargos em beneficio da coletividade ou ordem social. Se bem analisarmos é o que faz a contabilidade, com essa visão podemos dizer que a contabilidade é uma das profissões de maior relevância na sociedade, e que quando realizada de maneira correta, com ética, responsabilidade profissional e obediência a lei, tem uma grande e positiva influência perante a sociedade.

2.8 O uso da contabilidade nas tomadas de decisões das empresas

Os contadores têm um importante papel no processo de solução de problemas, não como responsáveis por decisões, mas como responsáveis pelo levantamento e pela informação de dados que interessam. Seus relatórios têm que apresentar dados válidos, números que meçam as quantidades pertinentes para a decisão a ser tomada. Muitos administradores querem que o contador faça recomendações sobre a decisão apropriada, apesar de a escolha final sempre ser do executivo de linha.

Deve-se Ter sempre em mente a distinção entre precisão e interesse. Em termos ideais, os dados devem ser precisos (exatos) e de interesse (pertinentes).

Os aspectos de cada alternativa podem ser divididos em duas categorias amplas:

Os fatores qualitativos são aqueles para os quais é difícil e impreciso uma mensuração em unidades monetárias; no entanto, um fator qualitativo pode, facilmente, ter um peso maior que uma economia de custo mensurável. Por exemplo, a oposição de um sindicato ativo à aquisição de novas máquinas poupadoras de mão-de-obra, pode fazer com que um executivo adie ou até rejeite de todo a instalação pretendida.

Por outro lado, a possibilidade de se fabricar um componente a um custo inferior ao preço de venda do fornecedor pode ser rejeitado, porque, se fosse aceita, poderia fazer com que a empresa passasse a depender do fornecedor, em longo prazo, para o fornecimento de outras submontagens. Os fatores quantitativos são os que podem ser mais facilmente reduzidos a valores monetários, por exemplo, os custos projetados de materiais alternativos, de mão-de-obra direta e de despesas indiretas. O contador procura exprimir o máximo possível de fatores de decisão em termos quantitativos. Este método diminui o número de fatores qualitativos a serem avaliados.

A acelerada evolução do ambiente econômico e tecnológico tem dificultado o entendimento e a gestão dos negócios, sendo necessário gerar informações que auxiliem os administradores na tomada de decisão.

Os avanços tecnológicos supõem mudanças de todo tipo, tanto na especificação do produto como na filosofia das organizações, quer sejam industriais, comerciais ou de serviços, obrigando-as a um redimensionamento da sua Contabilidade Gerencial, que é a disciplina que se ocupa fundamentalmente de gerar informações para tomada de decisões e controles relacionados a todos os seus processos internos. As organizações precisam enfrentar essas mudanças de maneira natural e estabelecer normas para enfrentá-las. Não basta uma única mudança para enfrentar uma determinada e específica situação. Elas precisam estar preparadas para esse novo desafio, que é constante, e procurar entender que é necessário uma mudança de mentalidade na forma de tratar as informações geradas no dia-a-dia da empresa. Cada vez mais o sucesso pode durar pouco e a vantagem conseguida pode ser dissipada rapidamente.

As organizações, bem como as pessoas, têm que aprender a lidar com essas mudanças e aí é que surge o auxílio da Contabilidade Gerencial, que, de importância relevante para a administração da empresa, se encaixa de maneira válida e efetiva na geração de informações para suporte na tomada das decisões. Com base no conhecimento das situações passadas ou presentes, a Contabilidade Gerencial passa a constituir-se em estimativa válida daquilo que poderá acontecer no futuro.

A Contabilidade Gerencial é uma consequência da evolução, tanto qualitativa como quantitativa, das várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira e na Contabilidade de Custos, que, por sua vez, quando agrupadas, permitem uma perspectiva mais analítica e diferenciada constituindo-se em uma ferramenta de extrema importância no auxílio das decisões gerenciais.

Pode-se deduzir o papel substancial que, na atualidade, desempenha a Contabilidade Gerencial, sobretudo em face da necessidade imperiosa que hoje as empresas têm de serem competitivas.

A Contabilidade Gerencial é um instrumento de apoio na gestão dos negócios que poderá contribuir significativamente para a eficiência operacional da organização, pois auxilia as empresas a coletar, processar e relatar informações para uma variedade de decisões operacionais e administrativas.

A contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do Patrimônio. Registra, estuda e interpreta (analisa) os fatos financeiros e/ou econômicos que afetam a situação patrimonial de determinada pessoa, física ou jurídica, apresentando resultados através de demonstrações contábeis tradicionais e relatórios específicos para determinadas finalidades.

De acordo com Neves (1997), a Contabilidade Gerencial é um conceito de contabilidade que tomou corpo nos EUA, em resposta aos anseios do profissional contabilista no sentido de dar a sua contribuição efetiva, no processo de tomada de decisões na empresa, mais precisamente para aquelas decisões onde devem ser levados em conta parâmetros de caráter econômico-financeiro.

A Contabilidade Gerencial experimentou a partir de 1980, uma mudança bastante significativa em virtude das transformações sociais e tecnológicas, principalmente pela implantação de programas de melhoria da qualidade, dentre os quais, o sistema de estoques Just-in-time (JIT), a Gestão da Qualidade Total (TQM - Total Quality Management), a Teoria das Restrições (TOC – Theory of Constraints), todos estes visando fortalecimento da qualidade, redução de custos, aumento da produção, com objetivo final de maximização dos lucros.

O conteúdo das responsabilidades da contabilidade gerencial foi crescendo gradativamente devido às pressões exercidas na obtenção de informações para a tomada de decisões. Para que isso ocorresse de forma mais correta e com o menor risco possível ela passou de uma mera quantificação do custo do produto a uma racionalização deste. Com esse desenvolvimento gradativo, acabou incorporando às suas responsabilidades a organização do processo produtivo; a otimização da capacidade existente; a utilização dos meios disponíveis; o fator humano; a administração e controle das operações correntes e futuras das várias áreas da empresa; a análise dos desvios ocorridos em relação aos objetivos predeterminados e a atribuição de responsabilidades etc. A contabilidade gerencial pretende servir de orientação ou base de referência para todo tipo de decisões internas na empresa dentro de um horizonte temporal de curto ou longo prazo (VEIGA, 2003).

De acordo com Nakagawa (2000), os gerentes que buscam a eficiência e eficácia necessitam de informação precisa e oportuna para a gestão e mensuração do desempenho de suas atividades. A Contabilidade Gerencial estabelece conceitos e técnicas para a preparação das informações utilizadas pela gerência no planejamento e no controle das operações da empresa.

Padoveze (1997) comenta a importância de uma entidade ter o apoio da Contabilidade Gerencial na administração de seus negócios, pois segundo ele, se houver dentro dessa entidade pessoas que consigam traduzir conceitos contábeis em ações práticas, a contabilidade estará sendo um instrumento para a administração.

Iudícibus (1998) considera que a Contabilidade Gerencial procura suprir informações que se encaixem de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador, levando em conta cursos de ação futuros. Informação é uma poderosa ferramenta de gestão a disposição da organização, podendo-se traçar um planejamento estratégico adequado a partir dessas informações.

Segundo Corbett (1997), a Contabilidade Gerencial deve fazer a conexão entre as ações locais dos gerentes e a lucratividade da empresa, para que estes possam saber que direção tomar.

Para Veiga (2003), a Contabilidade Gerencial é um importante instrumento no processo de decisão das organizações e deve ser utilizada no processo de gestão estratégica, como elemento de suporte para a competitividade. Os dados contábeis são matérias-primas de informações, que devem ser tratados, para que gerem informações úteis e representem um instrumento gerencial para o processo decisório de forma a alcançar uma vantagem competitiva sustentável. As informações geradas pela Contabilidade Gerencial podem auxiliar os gestores a melhorar a qualidade das operações, reduzir custos operacionais e aumentar a adequação das operações às necessidades dos clientes.

Não apenas as grandes organizações devem se preocupar com o planejamento e utilizar-se das ferramentas gerenciais que a contabilidade pode fornecer. A sua eficácia depende fundamentalmente de informações precisas, oportunas e pertinentes sobre o ambiente em que a empresa atua, e o seu desempenho dependerá das atitudes de seus funcionários e gerentes, que são cruciais ao sucesso da organização. É vital para a sobrevivência da empresa, inserida num ambiente competitivo e diante de um cenário de incertezas, que seus gestores estejam assessorados e recebam informações que antevejam os problemas, que subsidiem decisões racionais, ao invés de apenas demonstrações estáticas que revelam dados passados.

3 METODOLOGIA

3.1 Natureza da pesquisa

O estudo consiste em trazer conhecimento aos alunos do curso de ciências contábeis abordando temas diversos, tais como funções e contribuições à sociedade.

3.2 Tipo de pesquisa

O estudo foi desenvolvido dentro de uma perspectiva qualitativa em relação ao processo de pesquisa e se caracteriza por um estudo exploratório de forma direta, visando prover a pesquisa de maior conhecimento sobre o Tema “A Contabilidade no Brasil, Funções e Contribuições a Sociedade”.

3.3 Técnica de pesquisa

O Trabalho foi realizado através de pesquisas em livros, artigos acadêmicos, sites e discussões em equipe para melhor possibilidade de identificar as principais características e fatos associados à Contabilidade.

3.4 Etapas da pesquisa

Este trabalho iniciou com uma pesquisa acadêmica sobre o tema abordado e o desenvolvimento do referencial teórico. Após a conclusão desta pesquisa houve uma discussão do tema para serem feitos os elementos pré e pós-textuais, concluindo estas etapas e fazendo as alterações necessárias, o trabalho foi finalizado.

4 CONCLUSÃO

Ao chegarmos ao final deste trabalho, após tudo o que foi feito, podemos finalmente entender a essência da contabilidade que trabalha com o estudo e controle do patrimônio das pessoas e empresas. Fica claro perceber a importância das empresas se organizarem no que diz respeito a documentos e manter seus registros contábeis e relatórios bem elaborados e atualizados de forma fiel e fidedigna, sempre observando os princípios fundamentais da contabilidade, para que seus usuários, principalmente os externos, possam ter confiança na hora de conceder subsídios, e para que os sócios ou acionistas possam saber tomar as decisões corretas para o sucesso e a continuidade da entidade. Vimos também a importância da contabilidade no que diz respeito a administração pública, controle de receitas e tributações, que influenciam diretamente na vida da sociedade. Há de se ressaltar também o profissional da contabilidade, sua importância no mundo atual e globalizado, sua conduta e ética buscando sempre o conhecimento, para que possamos ser cada dia mais valorizados na profissão que escolhemos.

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