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Custos de produção

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Por:   •  7/11/2013  •  Seminário  •  1.898 Palavras (8 Páginas)  •  154 Visualizações

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Capítulo 5

Custo de Produção

1.

Custos de Produção

i.

Conceito: os custos de produção são os gastos realizados pela empresa na aquisição dos fatores fixos e variáveis que foram utilizados no processo produtivo;

ii.

Classificação dos Custos de Produção: os custos podem ser classificados em custos fixos e variáveis;

iii.

Custos fixos: são aqueles que contabilizam os gastos com os fatores fixos (construções, canais, estrutura hidráulica, aeradores, balanças);

iv.

Custos variáveis: são aqueles que contabilizam a compra dos fatores variáveis (rações, medicamento, alevinos).

v.

Horizonte de análise: curto e longo prazo. No curto prazo, devemos considerar os custos fixos e variáveis. Enquanto que no longo prazo, todos os fatores variam, portanto apresentando somente custos variáveis.

2.

Custos de Produção no Curto Prazo:

i.

Classificação dos Custos: no curto prazo, a análise dos custos de produção pode ser feita em termos de custos totais ou de custos unitários.

a.

Custos Totais: os custos totais (CT) são a soma dos custos fixos (CF) e variáveis (CV) realizados durante o processo produtivo. Matematicamente, os custos totais são dados por:

CT = CV + CF

b.

Custos unitários: são os custos por unidade do produto. Os custos unitários envolvem o custo fixo médio (CFMe), o custo variável médio (CVMe), o custo médio (CMe), e o custo marginal (CMa). Matematicamente, estes custos são expressos por:

CFMe = CF/Q

CVMe = CV/Q

CMe = CT/Q = (CF+CV)/Q

= CFMe + CVMe

CMa =

CT/

Q ( no arco )

CMa = dCT/dQ ( no ponto )

= dCV/dQ + dCF/dQ

= dCV/dQ,

pois dCF/dQ = 0

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ii.

Representação Gráfica os Custos Totais e Unitários:

Figura 1

iii.

Determinação geométrica dos custos unitários: o custo médio e custo variável médio são as declividades das retas que partem da origem até o ponto considerado sobre as curvas de custo total e variável, respectivamente. O custo marginal é a declividade em cada ponto da curva de custo total (ou custo variável). Observe no gráfico abaixo as relações acima apresentadas:

Figura 2

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iv.

Comportamento das curvas de custos totais e unitários:

a.

Custos Totais: as curvas de custos totais sofrem a influência da lei dos rendimentos decrescentes, o qual determina a taxa de variação dos custos à medida que se aumenta a quantidade produzida do bem.

b.

Custos Unitátios: a curva de custo fixo médio decresce à medida que se aumenta a produção, pois os custos fixos são diluídos em uma quantidade crescente do produto. A convexidade da curva de custo variável médio (CVMe) e custo médio (CMe) são determinada pela relação entre o nível dos custos variáveis e marginais.

CMa

< CVMe ⇒ a curva de custo variável médio é decrescente

CMa

> CVMe ⇒ a curva de custo variável médio é crescente

CMa = CVMe ⇒ a curva de custo variável médio é mínima

CMa = CMe ⇒ a curva de custo médio é mínima

3.

Curvas de Custos de Longo Prazo:

i.

Custos Totais: no longo prazo, a empresa cresce em produção seguindo o seu caminho de expansão, ou seja, o caminho onde a firma aumenta sua capacidade produtiva (todos os fatores são variáveis), mas sempre produzindo em níveis ótimos. A união dos pontos de produção ótima envolvendo todas as curvas de custos totais no curto prazo forma a curva de custo total no longo prazo, ou seja, a curva de custo total de longo prazo é o invólucro das curvas de custos totais no curto prazo, tendo como ponto em comum os níveis ótimos de produção.

Figura 3

ii.

Custos Unitários: para cada curva de custo total no curto prazo existe um conjunto de curvas de custos unitários. Assim, a curva de custo médio de longo prazo (CMe LP ) é o invólucro das curvas de custo médio de curto prazo, que por sua vez são as próprias curvas de custo variável médio.

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Figura 4

iii.

Economia e Deseconomia de Escala: o aparecimento de economia e deseconomia de escala depende de como a firma é estruturada, administrada à medida que se expande.

a.

Economia de Escala: a região onde os custos médios decrescem, à medida que a firma aumenta sua produção.

b.

Deseconomia de Escala: a região onde os custos médios tendem a crescer, à medida que a firma aumenta sua produção;

4.

Maximização do Lucro pelas Curvas de Custo Totais (no Curto Prazo)

i.

Objetivo da firma: maximização do lucro. No mercado de concorrência perfeita, a firma é tomadora de preços, portanto procura maximizar lucro à medida que minimiza os custos de produção.

ii.

Receita total (RT): é o valor monetário das vendas do produto no mercado. Assumindo que tudo o que é produzido será vendido, a receita total é dada por:

RT = P.Q

Onde: P é o preço do produto (constante) Q é volume de produção por unidade de tempo

iii.

Receita Média (RMe): é quanto em termos médios uma unidade do produto contribui para a receita total. Uma vez que o preço é constante no mercado de concorrência perfeita, a receita média é igual ao preço de mercado.

RMe = RT/Q = (P.Q)/Q = P

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iv.

Receita Marginal (RMa): é quanto a receita total aumenta pela venda de uma unidade adicional do produto.

RMa = dRT/dQ = d(P.Q)/dQ = P (no ponto)

v.

Lucro (

Π

): é a diferença entre a receita total e os custos totais, ou seja, o lucro é o que restará para o dono do empreendimento, após diminuir da receita total, o pagamento dos fornecedores e a remuneração aos fatores de produção (terra, trabalho, e capital).

Lucro:

Π = RT – CT

vi.

Situações de lucrativa da firma: De acordo com a equação de lucro, a empresa pode apresentar três situações: lucro extraordinário (positivo), lucro puro (nulo), ou prejuízo (negativo).

Lucro extraordinário: RT

> CT ⇒

Π

> 0

Lucro puro: RT = CT ⇒

Π = 0

Prejuízo: RT

< CT ⇒

Π

< 0

vii.

Curvas dos Custos Totais e do Lucro:

Figura 5

5.

Maximização do Lucro pelos Custos Unitários

i.

Lucro Médio (

Π

Me ): é quanto uma unidade do produto contribui em termos médios para o lucro total. O lucro médio é calculado dividindo-se o lucro total pela quantidade produzida, ou ainda pela diferença entre a receita média e o custo médio.

Π

Me =

Π /Q = (RT/CT)/Q = RMe – CMe , já que RMe = P

Π

Me = P – CMe

ii.

Lucro marginal (

Π

Ma): mede o quanto o lucro aumentará pela venda de uma unidade a mais do produto. A função de lucro marginal pode ser calculada tanto no arco quanto no ponto :

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Π

Ma =

Π

/

Q (no arco)

Π

Ma = d

Π

/dQ = dRT/dQ – dCT/dQ = RMa - CMa (no ponto)

já que RMa = P

Π

Ma = P – CMa

iii.

Condição para maximização do lucro: lucro marginal é igual a zero (

Π

Ma =

0). Desenvolvendo a equação de lucro marginal, teremos:

Π

Ma = d

Π

/dQ = dRT/dQ – dCT/dQ = RMa - CMa = 0

⇒ RMa = CMa, já que RMa = P

Π

Ma = P – CMa = 0

⇒ P = CMa, portanto

P = RMa = RMe = CMa

6. Análise das Situações de Lucratividade da Firma

i.

Critério de maximização do lucro: a firma maximiza lucro quando o preço do produto é igual ao seu custo marginal (P = CMa).

Figura 6

ii.

Caso 1: P < CVMe MIN . Nesta situação a firma está incorrendo em prejuízo. Nesta situação, a empresa deverá fechar suas portas, ou seja, parar de produzir. Como já sabemos, a firma deixando de produzir terá prejuízo equivalente aos custos fixos.

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Figura 7

iii.

Caso 2: P

=

CVMe MIN . Neste caso, a empresa está pagando apenas os custos variáveis. Embora tendo prejuízo equivalente aos custos fixos, recomenda- se que a firma permaneça no mercado, pois eventuais aumentos de preços podem conduzir a firma a uma posição de lucratividade.

Figura 8

iv.

Caso 3: P > CVMe MIN . Neste caso, as receitas são suficientes para pagar os custos variáveis e parte dos custos fixos. A empresa encontra-se numa situação melhor do que aquela apresentada no segundo caso. Portanto, a firma deve continuar produzindo e esperar por alterações nas condições de mercado tal como aumento no preço do produto que venha a gerar maior lucratividade.

Figura 9

v.

Caso 4: P

= CMe MIN . Neste caso, a empresa, embora esteja experimentando lucro nulo - receita total igual ao custo total - todos os fatores de produção estão sendo remunerados, inclusive os salários e dividendos do dono do empreendimento, administrador, e técnico. Esta situação é chamada de lucro puro.

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Figura 10

vi.

Caso 5: P > CMe MIN . Neste caso, o lucro é positivo, também chamado de lucro extraordinário. A firma deve continuar produzindo, e pode até mesmo expandir-se com recurso financeiro próprio.

Figura 6.11

vii.

Curva de Oferta da Firma: os preços de mercado juntamente com a curvas de custo marginal e médio são os parâmetros econômicos essenciais para definir se a firma deve permanecer produzindo e quanto de produto deve ser colocado no mercado. Em outras palavras, a curva de custo marginal da firma funciona como uma curva de oferta da firma, ou seja, para cada nível de preço, que deve ser igual ao custo marginal, a firma está disposta a ofertar uma certa quantidade do produto que lhe permita maximizar lucro. Portanto, podemos afirmar que a curva de custo marginal é a curva de oferta ao nível da empresa, e quanto maior for o preço ao nível de mercado, maior será a quantidade ofertada do produto.

Figura 12

...

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