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Educaçao Sexual No 1ºciclo

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Por:   •  19/1/2014  •  1.557 Palavras (7 Páginas)  •  217 Visualizações

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Introdução

O presente estudo, procura evidenciar a importância da Educação Sexual no desenvolvimento dos alunos do 1ºciclo, como também a importância da família e da escola na abordagem desta temática. Na actualidade, com as transformações sociais ocorridas nas últimas décadas, o sexo manifesta-se em todo lado. Tudo à nossa volta respira sexualidade: revistas, cartazes, cinema, televisão, até mesmo a maneira de vestir, daí a importância da sua abordagem desde que de forma adequada. Em pleno século XXI, deparamo-nos com pessoas pouco esclarecidas e que ainda defendem uma moral de fachada e ao mesmo tempo fechada, completamente dissociada da realidade do nosso tempo. A escolha desta temática prende-se com o facto de durante os três anos de estágio termos observado a dificuldade que a escola e que os próprios professores têm na abordagem de questões relacionadas com a Educação Sexual. A temática revela-se muito pertinente e daí o interesse em aprofundá- la. Este trabalho pretende mostrar claramente que a Educação Sexual é essencial nas salas de aula do 1ºciclo e que para tal pais e escola devem estar unidos numa única direcção: responder de forma clara e verdadeira às questões colocadas pelas crianças. Ele encontra-se dividido em dois momentos, nomeadamente, um enquadramento teórico e outro prático. No que se refere ao enquadramento teórico, nele constará uma definição propriamente dita do que é a sexualidade e as fases pelas quais a criança passa ao nível da sua sexualidade. O conceito de Educação Sexual e como a mesma é concebida em Portugal e seus objectivos é um ponto preponderante deste trabalho. Salienta-se, claramente, o papel que os pais e a escola têm no desenvolvimento sexual das crianças e a ajuda que a APF (Associação para o Planeamento da família) traz a esta realidade.

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No Enquadramento prático, terá os inquéritos feitos a professores das escolas do 1ºciclo e a apresentação de algumas aulas leccionadas por mim durante o estágio no âmbito da Educação Sexual.

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Enquadramento Teórico

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1-Definição do conceito de Sexualidade

Para a maior parte das pessoas o conceito sexualidade, resume-se ao sexo e ao sistema reprodutor. Mas a verdade é que a nossa sexualidade abrange muito mais aspectos do que a nossa capacidade para nos reproduzirmos, pois a sexualidade “é uma força viva no indivíduo, um meio de expressão dos afectos, uma maneira de cada pessoa se descobrir e descobrir os outros” (Associação para o Planeamento Familiar, 1998:1). “Sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto, ternura e intimidade; ela integra-se no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser- se sexual. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental” ( Organização Mundial de Saúde, in APF,1999:7). Ou seja, a sexualidade define-se como o processo que nos acompanha desde que nascemos. A criança desde a sua fase intra-uterina traz consigo indícios de pulsões (estímulos) sexuais que continuam a desenvolver-se ao longo da sua vida e que são determinantes na sua evolução e que envolvem emoções, percepções e opiniões ligadas ao nosso sexo. Segundo o dicionário Larousse Cultural (1992), sexualidade é qualidade de sexual. Conjunto dos fenómenos sexuais ou ligados ao sexo, que se pode observar nos seres vivos. Conjunto das diversas modalidades de satisfação sexual. Á luz do filósofo francês Michel Foucault (1984), entende-se a sexualidade como um dispositivo de poder, o qual não se concentra em um único ponto da sociedade, mas está presente em toda ela. A palavra sexualidade não existia antes do final do século XIX. Freud, através dos seus estudos psicanalíticos, distingue a sexualidade de instinto sexual.

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“A sexualidade constitui uma dimensão particular da raça humana que nos acompanha desde a vida intra-uterina até à nossa morte. Não é sinónimo de genitalidade. É um processo dinâmico, de construção gradual, que integra aspectos biológicos, psicológicos e sociais. A nossa sexualidade está intimamente relacionada com outras dimensões da nossa vida, como a idade, a origem, a etnia, a religião, a situação socioeconómica, a orientação sexual”(Re,2007:5). Vimos ao mundo com um determinado sexo biológico e vamos “construindo” a nossa sexualidade através da integração de normas culturais que assimilamos do nosso meio social. Nesta perspectiva, a sexualidade constitui uma construção social e uma aprendizagem contínua, que vão tomando forma através da nossa interacção com diferentes agentes socializadores, como a família, o sistema educativo, as instituições ou o meio laboral. Segundo Re (2007), a sexualidade acompanha-nos desde que nascemos e envolve sentimentos, sensações, percepções, opiniões ligados ao nosso sexo. Temos sexualidade na nossa casa, na sala de aula, na rua, na discoteca. É impossível separarmo-nos da nossa sexualidade. “Precisemos que, para Freud, a sexualidade não designa só as actividades e o prazer que dependem do funcionamento do aparelho genital mas toda uma série de excitações e de actividades presentes desde a infância”(Bénony,2002:45). Afirma Fuertes et López (1999), que a sexualidade tem indubitavelmente uma dimensão biológica (reprodução da espécie). Desde as nossas unidades mais pequenas, as células, até à nossa figura corporal global, todo o nosso corpo é sexuado nas suas estruturas e funções. A sexualidade pode assumir na espécie humana um sentido totalmente diferente do da mera

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