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Educação Brasileira No Censo 2010

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Por:   •  26/1/2015  •  1.182 Palavras (5 Páginas)  •  230 Visualizações

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Universidade Federal de Alagoas

Disciplina: Fundamentos Psicopedagógicos da Educação

Profa. : Noélia Rodrigues

EDUCAÇÃO BRASILEIRA NO CENSO DE 2010

Elizângela dos Santos Eric Maycon da Silva Maria Ednéia Bezerra Sandicleia Santos

BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologia da educação: cumplicidade ideológica. In: MEIRA, Marisa Eugênia Melillo; ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino (orgs.). Psicologia escolar: Teorias críticas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 79-103.

A discussão construída por Bock circula, a priori, entre a escola tradicional e sua ruptura com a Escola Nova. Durante todo o discurso a autora celebra a relação direta que há entre a psicologia e a pedagogia no campo da educação. Dentre tantos aspectos mencionados, que também receberam relevância, nos apropriaremos, apenas, dos dados do censo 2000 que Bock expõe de maneira breve e que, com certeza, merecem ser analisados e comparados com as taxas do atual; o censo de 2010.

A princípio é preciso destacar que os indicadores que demonstraremos a seguir permitem caracterizar o perfil educacional da população e alguns dos principais problemas que afetam a educação brasileira.

Os dados do Censo 2000 sobre educação mostram que quase 84% da população de 5 anos ou mais de idade são alfabetizadas; difícil de acreditar? É o que diz o censo! Os outros 16% equivalem a cerca de 24 milhões de pessoas não-alfabetizadas. Quanto menor o rendimento mensal familiar, menores são as possibilidades de frequência à escola. No grupo de 4 a 7 anos de idade, formado por um total de 13,3 milhões de crianças, cerca de 4,1 milhões estão fora das salas de aula. Nos municípios das capitais a situação não é melhor: de um total de 2,8 milhões de crianças de 4 a 7 anos, quase 690 mil não estudam.

Os índices do censo de 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tendem a nos mostrar o cruel retardo que ainda existe em toda a educação brasileira – principalmente no ensino fundamental. É necessário destacar, também, que houve alguns avanços importantes, mesmo que insuficientes para alavancar o nível médio de escolaridade da população.

“Segundo o censo demográfico de 2010, a parcela de crianças de 10 anos analfabetas diminuiu de 11,4% para 6,5% na última década” – Jornal O Estadão. A queda de 4,9% no índice citado não pode e nem deve representar um alívio, mas, uma alerta que a educação brasileira, infelizmente, ainda anda mal. A queda é expressiva, e ainda preocupante, na taxa de analfabetismo das pessoas com mais de 15 anos - em 1991 o índice registrava 20,1%, em 2000 13,6% e em 2009 9,6%. Em termos concretos, essa taxa de 9,6% demonstra-nos que ainda existem cerca de 13,9 milhões de brasileiros com idade igual ou superior a 15 anos que não sabem ler e escrever.

Embora o Brasil tenha escancarado as portas da educação ofertando-a gratuitamente ao público, o censo revela que as taxas de crianças e adolescentes que não frequentam a escola ainda são significativas. Na faixa etária de 7 a 14 anos a taxa foi de 3,1%, em 2010. Entre os jovens de 15 a 17 anos ela foi de 16,7%. No sudeste brasileiro a taxa de jovens desta faixa etária fora da escola é de 15%. No centro-oeste é de 16,9%, na região norte é de 18,7%, no sul de 18,6% e no nordeste 17,2%. Através dos dados citados pode-se perceber que os investimentos na educação pública, e principalmente no ensino fundamental, não foram o bastante para resolver o problema da evasão escolar, “talvez” seja necessário repensar e/ou rever outras formas de manter as crianças e os jovens dentro da sala de aula.

Os índices aqui expostos são muitas vezes debatidos como falta de empenho dos indivíduos ou presença de uma cultura que prioriza outras atividades, como o trabalho infantil, e desvaloriza a escola. Nesse mesmo passo, construímos automaticamente um círculo vicioso que aplica no indivíduo uma culpa que não é somente sua e no fracasso profissional e/ou econômico uma defasagem escolar; ou seja, a escola fica isenta da responsabilidade pelo analfabetismo e a educação se mantém como força propulsora da igualdade social. (Bock, 2003. p. 92).

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