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Educação e Juventude

Por:   •  7/3/2017  •  Relatório de pesquisa  •  813 Palavras (4 Páginas)  •  103 Visualizações

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Discente: Aline Maria da Silva Almeida

Docente: Profº Edson Elias Morais

Disciplina: Educação e juventude.

Síntese do texto: Idade para a educação ou para o trabalho?

        Mannheim propõe uma reflexão acerca das possibilidades x percepções. Para o autor, se dois indivíduos da mesma idade presenciam o mesmo acontecimento ou vivenciam experiências semelhantes não determina a sua posição comum mas sim o modo de perceber e processar os acontecimentos e experiências. Se transpormos isso para o campo educacional podemos fazer diversos apontamentos no papel da escola como um meio de ascensão social. Seria a escola um instrumento de ascender socialmente ou mantedora das desigualdades como já apontou Bourdieu? Da onde parte a mudança?

Para responder essas perguntas devemos entender que existe uma força social que está além do sujeito, devemos provocar a desenstitucionalização dos jovens, a relação entre educação e juventude não deve se circunscrever ao âmbito da escola. Em outras palavras, é necessário que a escola se adapte aos diferentes tipos de juventudes, e não o contrário. Adapte também as oportunidades e promova uma real mudança dentro da instituição que abrigue a pluraridade presente na juventude e que os sentimentos juvenis encontrem na escola experiências legitimadas pela sociedade civil fora do âmbito escolar.

Quando pensamos no significado do conhecimento para as diversas classes sociais podemos direcionar o que entendemos do conceito de aprendizado. Nas classes menos favorecidas, frequentar a escola e absorver conhecimento significa uma preparação para o mercado de trabalho. Muitas vezes o aluno não reflete sobre um futuro acadêmico e não entende muito bem o motivo de estar aprendendo determinados conteúdos. O mesmo processo não ocorre nas classes mais favorecidas, aonde o aluno reflete sobre os conteúdos e ainda promove uma certa cobrança para o aprendizado direcionado aos vestibulares, a fim de conseguir uma vaga em uma universidade.

O autor coloca também que somente a alfabetização não é o suficiente para inserir o indivíduo nos códigos da cultura dominante. Isso porque “não basta apenas alfabetizar para resolver os problemas decorrentes de disparidades sociais agudas - é necessário também, por exemplo, o acesso a oportunidade de trabalho e bens culturais” (p56).  A reflexão aqui proposta é: Como dominar os códigos da modernidade? O regime capitalista é por excelência desigual? Devemos levar em conta que a escola não é uma ilha isolada da sociedade por isso sofre influências da mesma. Quando falamos em sociedade capitalista estas influências têm como interesse formar mão de obra. Em uma análise marxista, esse movimento de qualificação de mão de obra  - braçal –  podemos interpretar que há uma desqualificação intelectual aluno desfavorecido, futuro trabalhador.

Nesse sentido, é necessário políticas públicas educacionais que sejam funcionais a longo prazo. A “Ponte para o Futuro” do governo federal atual, por exemplo é marcada por 7 pontos principais: 1) Prioridade para o ensino fundamental e médio 2) Foco na qualidade do aprendizado e na sala de aula 3) Maior presença do Governo Federal no ensino básico 4) Dar consequência aos processos e resultados das avaliações 5) Foco na qualificação e nos incentivos aos professores do ensino básico 6) Programa de certificação federal dos professores de 1˚ e 2˚ grau, em todo o país, para efeito de pagamento de um adicional à sua remuneração regular, custeado pela União 7) Diversificação do ensino médio, de acordo com a vocação e o interesse dos alunos. Sabe-se que uma das características da história da políticas educacionais no Brasil é o caráter da descontinuidade e falta de planejamento, para essas políticas, de longo prazo. Observa-se que “Ponte para o Futuro”,  demonstra-nos que o enfoque, que pretende ser tomado, vai em direção ao fortalecimento da educação básica, no que diz respeito ao nível fundamental e médio, no que parece bem próximo do primeiro exemplo citado acima, ainda mais no que diz ao ponto três “maior presença do Governo Federal no ensino básico”, e parece caminhar para o mesmo caráter de ações governamentais centralizadas em nível federal. Sobre o caráter de descontinuidade, não se vê comentários, no sete pontos demonstrados acima, sobre o ensino superior. O que difere do segundo exemplo acima, que visam políticas educacionais do nível do ensino básico ao superior. Neste caráter de descontinuidade, vemos a proposta da diversificação do ensino médio, onde o aluno escolhe conteúdos a serem estudados por ele a partir da sua “vocação”, possibilitando também a formação do ensino técnico junto ao ensino médio.

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