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Eisenstein - A Palavra E A Imagem - Fichamento

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Por:   •  12/9/2014  •  1.341 Palavras (6 Páginas)  •  920 Visualizações

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Eisenstein – A palavra e a imagem

“(...) dois pedaços de filme de qualquer tipo, colocados juntos, inevitavelmente criam um novo conceito, uma nova qualidade, que surge da justaposição. Esta não é, de modo algum, uma característica peculiar do cinema, mas um fenômeno encontrado sempre que lidamos com a justaposição de dois fatos, dois fenômenos, dois objetos. Esamos acostumados a fazer, quase que automaticamente, uma síntese dedutiva definida e óbvia quando quaisquer objetos isolados são colocados à nossa frente lado a lado. Por exemplo, tomemos um túmulo e uma mulher chorando ao lado, dificilmente alguém deixará de concluir: uma viúva.” – p. 14

“(...) todo efeito (...) é cosntruído levando por base o fato (...) levam à inferência, devido à convenção estabelecido (...)” – p. 14

“(...) a justaposição de dois planos isolados através de sua união não parece a simples soma de um plano mais outro plano – mas o produto. Parece um produto – em vez de uma soma das partes – porque em toda justaposição deste tipo o resultado é qualitativamente diferente de cada elemento considerado isoladamente.” – p. 16

→ Relação com a linguística estrutural: a relação é mais importante do que os termos. O todo só existe em relação à parte.

“A mulher, voltado ao nosso primeiro exemplo, é uma representação, o luto que ela veste é uma representação – isto é, ambos estão plasticamente representados. Mas ‘uma viúva’, que surge da justaposição de duas representações, não é plasticamente uma representação – mas uma nova idéia, um novo conceito, uma nova imagem.” – p. 16

“O problema surgiu devido à minha atração, antes de tudo, por aquele aspecto então recém-descoberto na junção de dois fragmentos de montagem de um filme, pelo fato de que – não importa se eles não são relacionados entre si, e até frequentemente a coisa se dá por causa disso mesmo – quando justapostos de acordo com a vontade do montador engendrarem ‘uma terceira coisa’ e se tornarem correlatos.” – p. 17

“(...) cada fragmento de montagem já não existe mais como algo não-relacionado, mas como uma dada representação particular do tema geral, que penetra igualemnte todos os fotogramas. A justaposição desses detalhes parciais em uma dada estrutura de montagem cria e faz surgir aquela qualidade geral em que cada detalhe teve participação e que reúne todos os detalhes num todo, isto é, naquela imagem generalizada, mediante a qual o autor, seguido pelo espectador, apreende o tema.” – p. 18

“(...) a representação e a imagem que ela suscita em nossa percepção estão tão completamente fundidas que apenas sob condições especiais distinguimos a figura geométrica, formada pelos ponteiros do relógio, do conceito de tempo.” – p. 19

“Esta ‘mecânica’ da formação de uma imagem nos interessa porque os mecanismos de sua formação na realidade servem como protótipo do método de criação de imagens pela arte.” – p. 20

“Recapitulando”entre a representação de uma hora no mostrador de um relógio e nossa percepção da imagem dessa hora, há uma longa cadeia de representações vinculadas aos aspectos característicos distintos dessa hora. E repetimos: o hábito psicológico tende a reduzir esta cadeira intermediária a um mínimo, a fim de que apenas o início e o fim do processo sejam percebidos.” – p. 20

“Estamos acostumandos a ruas com nomes, o que é muito fácil para nós, porque cada nome imediatamente suscita a uma imagem da rua determinada, isto é, quando você ouve o nome da rua, aparece um cojunto particular de sensações e, com ele, a imagem.” – p. 20

“A imagem da rua começa a emergir e a viver na consciência e na percepção exatamente como, durante a criação de uma obra de arte, sua imagem total, única, reconhecível, é gradualmente formada por seus elementos.” – p. 21

“(...) a série de ideias é montada, na percepção e na consciência, como uma imagem total, que acumula os elementos isolados.” – p. 21

“Deste modo, a imagem de uma cena, de uma sequência, de uma criação completa, existe não como algo fixo e já pronto. Precisa surgir, revelar-se diante dos sentidos do espectador.” – p. 22

“A montagem ajuda na solução desta tarefa. A força da montagem reside nisto, no fato de incluir no processo criativo a razão e o sentimento do espectador. O espectador é compelido a passar pela mesma estrada criativa trilhada pelo autor para criar a imagem. O espectador não apenas vê os elementos representados na obra terminada, mas também experimenta o processo dinâmico do surgimento e reunião da imagem, exatamente como foi experimentado pelo autor. E este é, obviamente , o maior grau possível de aproximação do objetivo de trasmitir visualmente as percepções e intenções do autor em toda s ua plenitude, de transmiti-las com a ‘força da tangibilidae física’, com a qual elas surgiram diante do autor em sua obra e em sua visão criativas.” – p.

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