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Fichamento De Texto Jean Piaget

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Por:   •  12/11/2012  •  2.276 Palavras (10 Páginas)  •  3.055 Visualizações

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UNIVERSIDADE NILTON LINS

DISCIPLINA: PSICOLOGIA E INFÂNCIA

PROFESSORA: CÉLIA MOTA

TURMA: PSIO22

ALUNA: DULCYNEIA DA SILVA PINHEIRO

MATRICULA: 12008453

Epistemologia Genética de Jean Piaget

Assunto:

A Epistemologia Genética proposta por Piaget é essencialmente baseada na inteligência e na construção do conhecimento e visa responder não só como os homens, sozinhos ou em conjunto, constroem conhecimentos, mas também por quais processos e por que etapas eles conseguem fazer isso.

Referências Bibliográficas:

PIAGET, J. Epistemologia Genética, 1970, tradução Álvaro Cabral/Revisão Wilson Roberto Vaccari/São Paulo; Martins Fontes-1990-Universidade Hoje

1-Cognição em crianças/2-Filosofia/3-Inteligência/4-Pensamento/5-Piaget Jean- 1896-1980/6-Psicologia Genética I Titulo. II Série.

Cf. em PIAGET, J. Seis Estudos de Psicologia, 1971, p. 104. Doravante indicado por SEP. 19 SEP, 1971, p. 104.

A grande preocupação da Epistemologia Genética é explicar a ordem de sucessão em que as diferentes capacidades cognitivas se constroem. O fato da formação de capacidade cognitiva acontecer em períodos sucessivos decorre, principalmente, de que as competências que vão sendo adquiridas pelo sujeito ao longo de sua vida, pressuporem outras que lhes são anteriores.

Logo nas primeiras linhas da introdução do livroL'Epistémologie Génétique (1970), Piaget afirma que "o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado nem nas estruturas internas do sujeito" e "nem nas características preexistentes do objeto". No primeiro caso a afirmação é respaldada, segundo ele, no fato de que as estruturas "resultam de uma construção efetiva e continua".

Para o segundo caso, o respaldo é que aquelas características "só são conhecidas graças à mediação necessária dessas estruturas, e que estas, ao enquadrá-las, enriquecem-nas." Com essas afirmações, Piaget estava contestando, por um lado tanto os behavioristas como os etologistas e por outro tanto os empiristas como, em parte, os aprioristas. Piaget era contrário ao Behaviorismo por não acreditar que os processos de aprendizagem possam ser pesquisados sob condições rigidamente controlados e por esses pesquisadores acreditarem que se possa incutir na mente infantil, a qualquer tempo, o que quer que seja.

Quanto aos defensores da Biologia do Comportamento, que se inspiravam no neodarwinismo, ele discordava de que tanto todo conhecimento como todo comportamento tem por suporte capacidades inatas. A discordância em relação ao Empirismo se dava principalmente por seus seguidores acreditarem que o conhecimento está fundado em parte numa espécie de cópia da realidade, por meio de representações e em parte pelo entrelaçamento dessas representações por meio de associações.

A contestação, em partes, ao Apriorismo16 se deve ao fato de que os aprioristas explicavam o conhecimento por meio do "empenho ativo do sujeito cognoscente e atribuíam a este um aparelho categorial que apenas torna possível a experiência, em vez de proceder, ele próprio, da experiência". Ainda, na introdução do mesmo livro Piaget, declara que: “todo conhecimento contém um aspecto de elaboração nova, e o grande problema da epistemologia consiste em conciliar essa criação de novidades com o fato duplo de que, no terreno formal, elas fazem-se acompanhar de necessidades imediatamente elaboradas, e de que, no plano do real, permitem (e são, de fato, as únicas a permitir) a conquista da objetividade.”

Com "um aspecto de elaboração nova", Piaget estava se referindo ao fato de que o conhecimento se dá através da construção de estruturas não-pré-formadas e que o fato do sujeito passar de um nível de conhecimento "x" para um nível de conhecimento "x +1" não deve ser subordinado a formas previamente situadas no sujeito ou no objeto.

Considerando que a formação de capacidade cognitiva aconteça em períodos sucessivos e procurando explicar essa sucessão, a Epistemologia Genética remonta a gênese e mostra que não existem começos absolutos. O problema dela é o do desenvolvimento dos conhecimentos. E como, nessa concepção, esse desenvolvimento não acontece de forma linear, mas através de saltos e rupturas, ela estabelece estágios de desenvolvimento. Cada um destes estágios representa justamente, uma lógica as estruturas mentais e que será superado radicalmente por um estágio superior que apresenta uma outra lógica do conhecimento.

Piaget e sua equipe distinguiram quatro grandes estágios, e que segundo ele, os critérios para tal distinção não foram inventados a priori, mas descoberto por eles empiricamente. O primeiro destes estágios transcorre no âmbito da motricidade; o segundo, na atividade representativa e o terceiro e o quarto no pensamento operatório.

Embora, nos dois últimos estágios o desenvolvimento cognitivo transcorra no âmbito do pensamento operatório, a diferença entre eles é constatada pelo fato de que no terceiro, o pensamento operatório ainda esteja ligado ao concreto, enquanto que no quarto, este mesmo pensamento tem ligação ao abstrato e formal. Os quatro estágios foram denominados de sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. Por sua vez, para um estudo mais detalhado, os estágios foram subdivididos em níveis.

Se para Piaget a inteligência dá saltos - muda de qualidade, cada estágio representa uma qualidade desta inteligência. Os estágios significam, ainda, que existe uma seqüência e uma sucessão no desenvolvimento da inteligência e que esse desenvolvimento passa, necessariamente, por cada um destes estágios.

1. Estágio sensório-motor- Em linhas gerais este estágio é o período que antecede a linguagem. Do nascimento a aproximadamente um ano e meio - dois anos, a criança se encontra no estágio sensório-motor. Nesta

fase "ainda não existem nem operações propriamente ditas, nem lógica, mas onde as ações já se organizam segundo certas estruturas que anunciam ou preparam a reversibilidade e a constituição das invariantes".

O estágio sensório-motor é o período da "inteligência prática"

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