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Estudo Macroambiente De Um Musel

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Por:   •  25/3/2015  •  867 Palavras (4 Páginas)  •  98 Visualizações

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Em política cultural, a primeira questão é: como poderia ser? É essa a pergunta básica das ciências, as exatas e as ditas humanas, entre as quais está a política cultural.

E quando se busca a resposta, a referência, se houver alguma, tem de ser a que estiver lá na frente, não a mediana, nem a pior. Digamos, a França. Em 2011, ainda crise na Europa, o Estado francês investiu 13,4 bilhões de euros em cultura, que apresentou um valor agregado (espécie de PIB na área, tudo somado) de 57,8 bilhões de euros, equivalentes a 3,2% do valor agregado geral da economia francesa. Veja bem: 3,2% é o mesmo índice da produção agrícola da França.

Com a cotação do euro em R$ 3,28, o valor investido pelo Estado francês é de R$ 43,9 bilhões. Dados de 2012 indicam que o orçamento do MinC para 2013 foi previsto em R$ 2,9 bilhões. O próprio MinC indicava que faria a gestão de uns R$ 5 bi, se incluídos os R$ 2 bi previstos para a Lei Rouanet. Digamos que nada do orçamento do MinC foi contingenciado (não gasto, por ordem do Executivo).

IMAGEM

Museus não participam da 'marca Brasil', que continua a ser samba, futebol e cerveja

Digamos que os R$ 2 bi da Rouanet foram de fato aprovados, conseguidos e investidos. Mas, se os dados estiverem corretos e tudo tiver sido executado, o Estado brasileiro terá colocado na cultura uns R$ 5 bi; o francês investiu cerca de oito vezes mais que isso.

Alguém dirá que não se pode comparar a França com o Brasil. Mas o quadro do PIB dos países diz que o do Brasil, na 7ª posição mundial, é maior que o da França. É apenas pouco superior (menos de US$ 100 bi) mas é superior. A participação do setor agrícola no PIB do Brasil é de 4,53% (fora o agronegócio). Se o Brasil tivesse a mesma atitude da França em relação à cultura, estaria investindo pelo menos esses R$ 44,7 bi por ano.

A participação da cultura no PIB do Brasil costuma ser superestimada, chega-se a falar em 6%. Especialistas neutros apontam para uma fatia de 3% do PIB para a cultura nos países desenvolvidos. É mais prudente. Mesmo que no Brasil a cultura tenha só 3% do PIB, é provável que ela esteja, aqui, apenas pouco mais de um ponto abaixo da agricultura.

É muito respeitável, considerando que o Brasil é um país agrícola. O investimento do Estado em cultura no Brasil poderia estar ao redor daqueles R$ 44,7 bi por ano. Mesmo acrescentando-se eventuais gastos em cultura de outros ministérios, das cidades e dos Estados, não se chega perto dos números franceses (também lá seria preciso acrescentar outros 7,6 bi de euros gastos pelas coletividades territoriais). E, no entanto, o Brasil tem um PIB maior que o da França.

Com esse dinheiro, a França apoia seus museus em pelo menos 50% de seus orçamentos. A cultura é importante para a "marca França" e, nela, os museus são decisivos para a imagem da marca no exterior. Só o Louvre puxa para Paris 10 milhões de visitantes por ano, a maioria estrangeiros. A principal razão para a vinda de turistas a São Paulo é um museu: o Masp.

INCENTIVO

No Brasil, a regra é dar para a cultura o que couber na dedução fiscal

Museus não vivem só do Estado. A sociedade civil é decisiva, sobretudo em países onde o Estado não controla

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