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Fichamento do texto "As grandes cidades e a vida do espírito" de Georg Simmel.

Por:   •  31/10/2016  •  Resenha  •  717 Palavras (3 Páginas)  •  2.845 Visualizações

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Fichamento do texto "As grandes cidades e a vida do espírito" de Georg Simmel.

Neste texto, Georg Simmel trata, principalmente, dos fenômenos das cidades grandes - intitulada por ele como moderna -, as relações e a socialização dos indivíduos nela inseridos. Utilizando, em contraposição, a vida na cidade pequena, e quais tipos de relações nela existem. Por um lado, o caráter individualista, objetivo, mantido pela razão; por outro, a subjetividade ligada às emoções, do pessoal, da alma. Sendo que o antagonismo dessas características, moldadas nos indivíduos, é inerente às cidades em que vivem, sejam elas grandes – modernas – ou pequenas.

O discurso de Simmel tece a relação entre os meios de produção capitalista e a forma como a cidade moderna foi mudada em detrimento às indústrias, comércio, necessidades e a criação desta última. Sendo, então, o centro urbano responsável pela acentuação do individualismo das pessoas, já que este seria o "modo" de vida da cidade grande, da modernidade. O autor diz ainda que, conforme a divisão do trabalho se dá, mais especializações haverão, e – em uma sociedade orgânica, por exemplo – a partir destas cada vez mais haveria a singularização, a individualidade, tanto das pessoas como também nas funções por elas exercidas. No entanto, o que Simmel diz por individual, singular, dos indivíduos, não é tratado da mesma forma no meio de trabalho, pois, como ele mesmo diz, "Precisamente na medida de sua expansão, a cidade oferece cada vez mais as condições decisivas da divisão do trabalho: um círculo que, mediante sua grandeza, é capaz de absorver uma variedade extremamente múltipla de realizações, ao mesmo tempo que a concentração dos indivíduos e sua luta pelo cliente coagem o singular a uma especialização das realizações, na qual ele não possa ser tão facilmente desalojado por outro." Com isso, vê-se um dos porquês da nulidade das pessoas mediante sua subjetividade, a partir da chamada "intensificação da vida nervosa", o que pro autor serve como uma "proteção" ao interior daqueles que vivem no espaço urbano.

O habitante da cidade grande é levado a uma vida em que a sua subjetividade, sua alma, é sobreposta pela razão, pelo entendimento, do "caráter intelectualista". O autor diz que, o dinheiro é comum a todos - não sua quantidade, mas o que pode comprar – e a necessidade de tê-lo, de trabalhar por ele ou de consegui-lo a partir de lucros é o que torna a cidade grande o "lugar da economia monetária", a vida do indivíduo, principalmente em seu teor social, acaba por ter um valor monetário. A vida urbana, acaba por proporcionar ao habitante dela um molde, para que todos sigam o seu padrão, é por isso que existe uma impessoalidade grande, como o exemplo do autor, o fato de pessoas serem vizinhas há muito tempo e não se conhecerem, ou simplesmente não falarem umas com as outras. De certa forma, como já dito, a questão do individualismo na modernidade está a frente de diversos fatores, até como a proteção, pois o entendimento, o intelecto e a ração, servem de certa forma para a preservação de sua subjetividade. O que difere, então, os habitantes da cidade grande e da cidade pequena, não é o fator de falta de sentimentos, ou o que o ator chama de caráter blasé, mas

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