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Sociólogos Georg Simmel E Sigmund Freud

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Por:   •  12/5/2014  •  3.692 Palavras (15 Páginas)  •  748 Visualizações

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Georg Simmel

Introdução

Georg Simmel (Berlim, 1 de Março de 1858 - Estrasburgo, 28 de Setembro de 1918) foi um sociólogo alemão. Professor universitário admirado pelos seus alunos, sempre teve dificuldade em encontrar um lugar no seio da rígida academia do seu tempo.

Ele tinha como ideia central a relação que os imigrantes, emigrantes e migrantes tinham com as novas pessoas, com o os novos costumes, e porque o eles não conseguiam se relacionar bem com as pessoas desse novo local, ou pais.

Para Simmel o estrangeiro não era o simples viajante, pois o viajante procura apenas visitar o país e depois retornar a sua nação, já o estrangeiro, é a pessoa que muda de seu país para uma nova vida em outro.

O autor reflete, em muitos de seus escritos, sobre a cultura moderna numa perspectiva histórica e crítica, muito baseado no que seu mundo contemporâneo apresentava; mundo esse espelhado em Berlim com sua modernização, seus modos de vida, berço de um capitalismo em ascensão, com a dinâmica do dinheiro, da tecnologia e da mercantilização dando o tom das relações sociais, dentre uma série de outras questões da esfera política, bélica e estética.

Simmel pensou e analisou fenômenos estruturantes da modernidade como o dinheiro, a vida social, mental e cultural nas grandes cidades, a mercantilização e a fetichização do corpo, do estético, da moda; problematizou a cultura moderna por ser produtora de alienação do indivíduo e redução de seu potencial de individualidade; sua sociologia é a da interação, da intersubjetividade, da relação sujeito e objeto, temas que são ainda emblemáticos e problemáticos em vários campos das ciências sociais e humanas.

Sociologia

Muito antes do grande tratado sociológico de Max Weber - Economia e Sociedade -, a Alemanha já conhecia o desenvolvimento consistente de uma discussão epistemológica voltada para a determinação do objeto, métodos e temas da ciência sociológica: reunindo diversos escritos produzidos em momentos anteriores, Georg Simmel apresentou sua "Soziologie" em 10 capítulos (e diversos outros excursos) no ano de 1908 e contribuiu decisivamente para a consolidação desta ciência na Alemanha.

Nesta obra, ele trata especificamente da sociologia (Capítulo 1 - O problema da sociologia) e aprofunda a análise das formas de sociação (objeto da sociologia), como a dominação (capítulo 3), o conflito (capítulo 4), o segredo (capítulo 5), os círculos sociais (capítulo 6) e a pobreza (capítulo 7). Ao mesmo tempo, reflete sobre os determinantes quantitativos da vida social (capítulo 2), bem como sobre a relação entre a vida grupal e a individualidade (capítulo 10).

Simmel desenvolveu a sociologia formal, ou das formas sociais, influenciado pela filosofia kantiana (o neokantismo era uma corrente muito forte na Alemanha da época) que distinguia a forma do conteúdo dos objetos de estudo do conhecimento humano. Tal distinção pretendia tornar possível o entendimento da vida social já que no processo de sociação (Vergesellschaftung, termo que cunhou para o estudo da sociologia) o invariante eram as formas em que os indivíduos se agregavam e não os indivíduos em si.

Os processos qualitativos, no entanto, que assumiam tais formas também deveriam ser estudados pela sociologia geral, subproduto da formal, como a concebia Simmel. O autor não conferia aos grupos sociais unidades hipostasiadas, supervalorizadas com relação ao indivíduo (um distanciamento seu com relação a Durkheim, por exemplo). Antes via neste o fundamento dos grupos, daí que as formas para Simmel constituem-se em um processo de interação entre tais indivíduos, seja por aproximação, seja pelo distanciamento, competição, subordinação, etc.

As principais formas de sociação estudadas por Simmel em sua obra são:

• A determinação quantitativa do grupo: investigação entre o número de indivíduos no seio das formas de vida coletiva, ou seja, o modo como o aspecto quantitativo afeta o tipo de relação social existente. Neste tópico, Simmel mostrou que estar isolado, em uma relação exclusiva entre duas pessoas e, por fim, entre três, produz diferentes tipos de interação entre as pessoas.

• Dominação e subordinação: as relações de poder não são unilaterais e é preciso explicar como as formas de comando e obediência estão relacionadas. Dentre os tipos de relação de poder, Simmel destacou a obediência do grupo a um indivíduo, a dominação do grupo ou a dominação de regras impessoais.

• O conflito: os indivíduos vivem em relações de cooperação, mas também de oposição, portanto, conflitos são parte mesma da constituição da sociedade. Seriam momentos de crise, um intervalo entre dois momentos de harmonia, vistos, portanto, numa função positiva de superação das divergências. Influenciou assim as concepções do conflito presentes na obra de Lewys Coser e Ralf Dahrendorf.

• Pobreza: constitui um tipo de relação na qual o indivíduo acha-se na dependência de outros, provocando, ao mesmo tempo, a necessidade de assegurar o socorro social.

• A individualidade: ela pode ser de dois tipos. Sua forma quantitativa significa que todo indivíduo possui a mesma dignidade formal, ou seja, são iguais entre si. Mas, do ponto de vista qualitativo, todos procuram afirmar sua singularidade, sua personalidade, diferenciando-se dos demais.

Um sociólogo crítico da modernidade

Simmel foi um sociólogo atento aos movimentos do tempo no cotidiano principalmente das grandes metrópoles, aos elementos que fundamentam a vida moderna, porém sempre em conexão com a História. História e cotidiano em Simmel se imbricam.

A análise do dinheiro é expressiva disso. A modernidade para Simmel é ambivalente, ou seja, produz alienação da mesma forma que viabiliza a liberação do indivíduo, ou melhor, os correlaciona. Não obstante, Simmel manteve sempre um espírito crítico em relação à modernidade (fato esse que o distanciava de muitos estudiosos contemporâneos seus, ao mesmo tempo o aproximava de outros) e a algumas tendências da vida moderna, dentre essas, o empobrecimento da sensibilidade emotiva, o descaso ao passado e a valores tradicionais considerados conquistas da modernidade como a liberdade, o espaço concedido ao experimento e a pesquisa, os quais permitiram maior

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