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GESTÃO DE CUSTOS

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Por:   •  29/10/2013  •  3.581 Palavras (15 Páginas)  •  517 Visualizações

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2.1 A GESTÃO DE CUSTOS

Enquanto a Contabilidade Gerencial tem a preocupação centrada na gestão e a Contabilidade de Custos se dedica ao estudo racional dos gastos para obtenção de um bem de venda ou consumo. Estes gastos podem ser classificados como despesas ou custos.

As empresas industriais têm no seu processo produtivo custos ligados diretamente à produção, e despesas, que são gastos ligados direta ou indiretamente à obtenção de receita. Do controle destes gastos depende o sucesso da atividade empresarial, e considerando a indústria, a gestão e controle dos custos é a atividade que mais interfere nos resultados, e tem como parâmetro inicial os diferentes custos no processo e sua alocação ao produto.

O custo de cada produto fabricado é composto por: custos diretos de fabricação (matéria-prima, mão-de-obra direta, embalagens) que são facilmente alocados e quantificados em cada produto; e custos indiretos de fabricação que só são possíveis de serem alocados através de critérios de rateio, por serem aplicados indiretamente aos produtos. “Os custos indiretos de fabricação compreendem um grupo de elementos cujo consumo não é quantificado nos produtos; por isso, eles são apropriados aos produtos por meio de rateios” (COSTA, 2009, p.98).

Conforme descreve Costa (2009), os custos indiretos são divididos em três grupos: materiais indiretos que correspondem a materiais auxiliares aplicados na produção e que não integram fisicamente o produto ou os que não podem ser quantificados ao produto; mão-de-obra indireta e outros custos indiretos,

Os critérios de rateio interferem no preço de cada produto e necessitam de um estudo aprofundado, pois, por conter um grau subjetivo na escolha do critério de rateio, há que se ter um parâmetro que aproxime ao máximo do custo real do produto.

A dificuldade em apropriar os custos indiretos reside na definição da base de rateio a ser utilizada, pois essa é uma tarefa que geralmente envolve aspectos subjetivos e arbitrários. Tendo em vista que o montante dos custos indiretos será absorvido pela produção independentemente da base que venha a ser empregada, alguns produtos podem ser subavaliados, e outros, superavaliados. Portanto, o que se busca definir é uma base para minimizar tais distorções. (COSTA, 2009, p.99)

A coerência na escolha do critério de rateio leva a uma aproximação do “custo perfeito” do produto.

2.1.1 Critérios de rateios dos custos indiretos

Os critérios de rateio devem testados e posteriormente aplicados com coerência. Podem ser aplicados critérios diferentes aos diferentes custos indiretos de fabricação, ou diferentes departamentos. Departamento, conforme MARTINS (2003) apud NOGUEIRA (2009) é a unidade mínima administrativa da Contabilidade de Custos constituída por pessoas e/ou máquinas que desenvolvam uma atividade homogênea. A divisão em departamentos, ou departamentalização, auxilia o processo de apropriação dos custos indiretos, já que os custos são registrados e acumulados nos diferentes departamentos/contas da fábrica, com uma distribuição mais racional dos mesmos.

Em geral, utilizam-se os seguintes critérios de rateio:

a. área ocupada pelos departamentos para ratear custos com aluguel, depreciação do prédio e impostos prediais;

b. potência instalada dos departamentos, em quilowatts-hora, para ratear o custo da energia elétrica;

c. número de funcionários para ratear os custos apropriados ao departamento de administração geral da fábrica;

d. número de requisições de material para ratear os custos apropriados ao almoxarifado. (COSTA, 2009, p.100)

Silva (2012) descreve as bases de rateio normalmente utilizadas como sendo custos diretos, custo da mão-de-obra direta, quantidade produzida; tempo utilizado pelas máquinas, tempo utilizado pelos colaboradores, área ocupada por linha de produção ou departamento e custo da matéria prima básica.

Os custos também podem ser registrados em uma única conta, sendo distribuídos de forma mais simplificada, o que pode acarretar certo distanciamento do “custo perfeito”.

Para melhor compreensão, segue um exemplo de aplicação de critérios de rateio dos custos indiretos de fabricação adaptado do exemplo citado por Nogueira (2009, p.55-57):

A EMPRESA XYZ fabrica os produtos X, Y e Z, com custos diretos e indiretos de fabricação expressos no quadro seguinte:

CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS DA EMPRESA XYZ

Produto Custos diretos Energia elétrica Supervisão de produção Depreciação de equipamentos Outros custos indiretos Horas/máquina

X 30.000,00 300

Y 50.000,00 400

Z 40.000,00 300

TOTAL 120.000,00 70.000,00 30.000,00 25.000,00 10.000,00 1.000

Fonte: Quadro organizado pelo autor.

Caso o critério de rateio fosse as horas/máquina (hm), a distribuição dos custos indiretos de fabricação (CIFs) seria realizada de acordo com o percentual de hm de cada produto, o que ficaria 30% para o produto X , 40% para o produto Y e 30% para o produto Z, de cada um dos CIFs.

X = 300 horas/ 1000h

X = 0,30 ou 30% Y = 400 horas/ 1000h

Y = 0,40 ou 40% Z = 300 horas/ 1000h

Z = 0,30 ou 30%

A distribuição ficaria assim:

Produto Custos diretos Energia elétrica Supervisão de produção Depreciação de equipamentos Outros custos indiretos Horas/máquina

X 30.000,00 21.000,00 9.000,00 7.500,00 3.000,00 300

Y 50.000,00 28.000,00 12.000,00 10.000,00 4.000,00 400

Z 40.000,00 21.000,00 9.000,00 7.500,00 3.000,00 300

TOTAL 120.000,00 70.000,00 30.000,00 25.000,00 10.000,00 1.000

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