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Gangues De Ny

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Por:   •  12/8/2014  •  495 Palavras (2 Páginas)  •  229 Visualizações

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O filme “Gangues de Nova York”, dirigido por Martin Scorsese, conta uma história que se passa em Nova York no período entre 1846 e 1862, quando diversas gangues lutavam pelo domínio da cidade. Misturando temas como vingança, traumas do passado e dramas pessoais com histórias envolvendo bastidores políticos, o que é bem retratado na hora em que agem é candidato à deputado.

Enquanto isso, Amsterdam, além de ser igualmente criminoso (chegando a vender cadáveres para dissecação) e traiçoeiro (observe sua atitude durante o `show` de arremesso de facas), é excessivamente introspectivo, não permitindo que compartilhemos sua dor. Além disso, por que deveríamos lamentar a morte do `padre` Vallon se jamais chegamos a conhecê-lo de fato? Scorsese até procura equilibrar o pouco tempo que o personagem permanece em cena ao escalar Liam Neeson para o papel, mas isto é insuficiente (o objetivo era, obviamente, explorar a persona heróica que o ator construiu em filmes como A Lista de Schindler, Rob Roy, Michael Collin e A Ameaça Fantasma). E, a bem da verdade, não há ninguém em Gangues de Nova York que não possa ser descrito como um `bárbaro`. Fiquei impressionada com a qualidade do filme. A fotografia é belíssima, os atores estão sensacionais, inclusive Cameron Diaz, que para mim, até então, só havia feito papéis medíocres. O filme é forte, é bruto? Sim. Mas ao mesmo tempo ele consegue ser poético e teatral.

Foi chocante me deparar com uma Nova York tão desumana e decadente, em que a lei do mais forte imperava. No final das contas, não importava ter títulos, dinheiro, fama, qualquer um era suscetível na ponta de uma faca ou na mira de um revólver.

Pelo que entendi, Nova York nasceu no meio da disputa de gangues e das guerras contra negros e imigrantes, principalmente irlandeses. O povo era miserável, passava fome e tentava sobreviver da forma que podia, matando, roubando, traindo e se safando do recrutamento para a guerra.

Desconstruíram aquela imagem do sonho americano, de um país de prosperidade e tolerância religiosa. Bastavam os irlandeses pisarem em solo americano para perceberem a fria na qual tinham se metido. Na verdade, debati um pouco sobre esse assunto com o Junior e fiquei pensando: "O que faríamos se o Brasil fosse literalmente invadido por estrangeiros com o intuito de refazerem as suas vidas, trazendo uma cultura diferente da nossa, uma língua estranha e "roubando" nossos empregos e nossas casas? Será que seríamos tolerantes? Estamos sendo tolerantes com os cubanos?"

O drama central da trama foi intenso. Bill, apesar de extremamente perverso, acabou me cativando, talvez pela interpretação excepcional de Daniel Day-Lewis que me deixou de boca aberta. Cheguei a inclusive ter pena dele, na cena em que ele conversa com Amsterdan, no quarto, na calada da noite, logo depois de levar um tiro. Ele me pareceu tão vulnerável, tão perdido, tão sozinho, e acabou depositando em Amsterdan o carinho e as expectativas de um pai. Mal sabia ele que criava um rato bem debaixo das suas asas.

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