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Por:   •  17/9/2014  •  1.040 Palavras (5 Páginas)  •  296 Visualizações

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Ilha das Flores: uma visão degradante da sociedade, nos mostra de maneira cruel e irônica as consequências negativas que o presente sistema econômico traz para a vida da sociedade e daqueles que estão tão profundamente excluídos dela que passaram a ser colocados abaixo de porcos em uma lista de prioridades, perdendo sua dignidade humana e sofrendo um lento processo de degradação dos direitos humanos.

Os fatores que levam a este esquecimento das necessidades básicas para a existência da humanidade são simples e se apoiam na lógica capitalista distorcida que, provendo-se do lucro e estimulando a cada dia uma maior exclusão social, traz consigo as desigualdades. O dinheiro aciona o consumo, o supérfluo, as sobras e a consequente a produção de lixo... Lixo esse que tanto polui o meio ambiente quanto serve como cenário para o bicho/homem ou o homem/bicho da poesia de Manuel Bandeira “O Bicho”, escrito no final da década de 40 do século XX, e utilizado como epígrafe desse texto, expressa a incredulidade e indignação do poeta em face da degradação humana: quando homens e bichos são igualados pela fome a mais baixa escala de animalidade, e dos moradores da Ilha das Flores. Tamanha desigualdade gerada por esse sistema socioeconômico fere a dignidade

humana, pois coloca o ser humano a praticar a ação constrangedora de disputar alimentos com animais pouco desenvolvidos, como os porcos mostrados no vídeo. “Tais imagens retratam de forma concreta a exclusão de grupos sociais e pessoas destituídas do acesso digno ao trabalho, à educação, à saúde, à moradia e à alimentação dentre outros direitos da pessoa humana”.

O curta nos mostra de forma contundente como o sistema capitalista contribui para a desigualdade e a indiferença com a necessidade alheia. Através de fatos corriqueiros, ele narra à trajetória de um simples tomate, desde a sua plantação até ser jogado fora. Deixa claro o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho, onde seres humanos, que numa escala de prioridade estão depois dos porcos, são obrigados a procurar no meio dos detritos, durante cinco minutos, alimentos repletos de doenças que possam vir a ser meio de subsistência.

O documentário “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado produzido em 1989, é de uma rara profundidade que exprime toda a banalização a que foi submetida o ser humano, por mais racional que este seja. Um ácido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado

fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. A lamentável condição de sue existência dos habitantes da Ilha das Flores deixa as pessoas pasmas. A ideia do curta-metragem é mostrar o absurdo desta situação. Seres humanos que, numa escala de prioridade, estão depois dos porcos. Mulheres e crianças que, num tempo determinado de cinco minutos, garantem na sobra dos porcos (que por sua vez, alimentam-se da sobra de outros seres humanos com condições financeiras de escolher o alimento) sua alimentação diária.

A obra Ilha das Flores é rica em informações reais (às vezes chega a ter um caráter didático), e ao mesmo tempo, segue a trajetória fictícia de um tomate: plantado, colhido, vendido a um supermercado, comprado por uma dona-de-casa, rejeitado na hora de fazer um molho para o almoço, jogado no lixo, levado para a Ilha das Flores, rejeitado pelos porcos, e finalmente, encontrado por uma criança com fome.

A noção de progresso é o anteparo usado pelo filme para estabelecer propositalmente uma relação insolúvel na sociedade capitalista. A capacidade criativa e o decorrente progresso são conjugados com os diversos aspectos que envolvem a vida em sociedade. O lixo é capaz de unir- e não separar

como normalmente – a “parte

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