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Guerra De Canudos

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Por:   •  25/8/2014  •  1.889 Palavras (8 Páginas)  •  202 Visualizações

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Guerra de Canudos

Belo Horizonte, 14 de julho de 2014.

SUMÁRIO

1-Introdução.....................................................................................................................03

2-Histórico de surgimento: ideais, classes componentes, formas de atuação, financiamento e resultados alcançados..................................................................................................04

3-Contextualização política, social e econômica.............................................................06

4-Considerações finais.....................................................................................................07

Referências bibliográficas..............................................................................................08

1- INTRODUÇÃO

As tensões sociais que a estagnação econômica gerava e a adversidade da natureza (clima e solo) acumularam-se durante séculos nos sertões da Bahia. De um lado encontravam-se as famílias de maior poder aquisitivo detentoras de uma vasta extensão de terras, latifúndios improdutivos. Mas mesmo sendo detentores de grandes extensões de terras, os mesmos brigavam entre si, na disputa pelo poder político, por modo a assegurar e expandir suas propriedades. Em contrapartida, do outro lado encontrava-se uma população de caboclos, sertanejos, em sua maioria índios e mestiçados que perderam ou jamais possuíram alguma terra e nada tinham; não possuíam nem mesmo a possibilidade de vender sua força de trabalho. Viviam em uma situação de miséria e buscavam uma vida melhor.

Em tais condições de atraso social e político, a massa de oprimidos, pobres e miseráveis, quase completamente isolados dos centros devido à carência de transportes e de meios de comunicação, só encontrava esperança na religião, através da fé que lhes abriria as portas do céu. Foi então que líderes populares, como Antônio Conselheiro, surgiram oferecendo aos sertanejos um discurso de coragem.

2- HISTÓRICO DE SURGIMENTO: IDEAIS, CLASSES COMPONENTES, FORMAS DE ATUAÇÃO, FINANCIAMENTO E OS RESULTADOS ALCANÇADOS.

A Guerra de Canudos, liderada por Antônio Vicente Mendes Maciel ou Antônio Conselheiro como ficou conhecido, ocorreu entre os anos de 1896 e 1897 no sertão da Bahia.

O líder do conflito, Antônio Conselheiro, cresceu em uma família que possuía um padrão de vida mediano. Depois da morte de seu pai, Antônio assumiu os negócios da família; entretanto não obteve sucesso e abandonou tal atividade. Após ser abandonado por sua esposa passou então a vagar pelos sertões, tornando-se conhecido por suas pregações. Durante esse período, Antônio começou a construir igrejas e cemitérios.

Na mesma época do ocorrido em sua vida pessoal, Antônio Conselheiro, influenciado pelas contrariedades pessoais e os problemas socioeconômicos do sertão, como a fome e miséria da população que habitava o interior do Nordeste, iniciou uma pregação religiosa defensora de um cristianismo primitivo defendendo a ideia de que os homens deveriam se livrar das opressões e injustiças que lhes eram impostas. Dessa forma ia-se contra o catolicismo conservador vigente.

Em contrapartida, autoridades eclesiásticas e setores dominantes da população viam na renovação social e religiosa de Antônio Conselheiro uma ameaça à ordem estabelecida. Em 1897, Antônio foi preso acusado de ter matado sua mulher e mãe e solto logo após ser provada sua inocência.

Com o aumento do seu número de seguidores, constituído pelas camadas mais pobres da população, como os abandonados camponeses do sertão nordestino, Conselheiro fundou em 1893 uma comunidade chamada Belo Monte às margens do Rio Vaza-Barris. Canudos, como era chamada por seus opositores tornou-se uma ameaça ao interesse dos “poderosos”; os senhores de terras e a Igreja, que por sua vez alegava que os seguidores de Conselheiro eram apegados à heresia e depravação.

Em 1896, o Exército foi convocado para dissolver a comunidade. Entretanto, os militares foram derrotados nas três primeiras tentativas de dissolução da mesma. A primeira tentativa, comandada pelo tenente Manuel Pires Ferreira, composta por 120 homens foi vencida pelos fieis de Antônio Conselheiro que estavam sob o comando de Pajeú e João Abade em Uauá. A Segunda expedição, composta por 500 homens, chefiada pelo major Febrônio de Brito também foi derrotada em Tabuleirinho, no ano de 1897 e na terceira expedição foi nomeado o paulista Moreira César, tenente-coronel de infantaria, conhecido

como o Corta Cabeças também não obteve êxito. O coronel foi abatido pelos guerrilheiros logo no primeiro dia de combate e sua tropa debandou.

Todavia, no ano de 1897 fora organizada uma a quarta expedição. Dessa vez, o Exército enviou dois generais que cercaram Canudos. Em setembro, Conselheiro morreu, possivelmente de doença, talvez de ferimentos. Ao encontrarem seu corpo, deceparam sua cabeça e a enviaram para que estudassem as características do crânio de um “louco fanático”.

Por conseguinte, soldados fortemente armados cercaram por três meses o arraial de Canudos, que sofreu forte bombardeio e depois foi invadido. O arraial foi completamente destruído no dia 5 de outubro de 1897 deixando de 15 a 20 mil mortos entre mulheres, velhos e crianças.

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