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Guerreiro Ramos

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Por:   •  24/3/2014  •  451 Palavras (2 Páginas)  •  746 Visualizações

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A nova ciência das organizações : uma reconceituação da riqueza das nações.

O sociólogo brasileiro Alberto Guerreiro Ramos denominou de síndrome comportamentalista o reducionismo psicológico inerente à sociedade centrada no mercado. Possui como traços principais, a fluidez da individualidade, o perspectivismo, o formalismo e o operacionalismo. Enquanto os indivíduos estiverem sob as influências que mantêm atuando tal síndrome, haverá pouca oportunidade para a reativação da capacidade de reflexão ética deste indivíduo. Portanto, pretender que a ética nas empresas seja possível requer a superação da síndrome comportamentalista, de modo que o indivíduo passe do estado de passividade, gerado pela síndrome, para um estado ativo e deliberativo, requerido para uma ação ética.

Para o autor, deve-se distinguir comportamento e ação, sendo que o primeiro seria uma forma de conduta baseada na racionalidade funcional, e o segundo significando uma forma ética de conduta. Referente ao comportamento, o significado é reduzido a uma dimensão puramente instrumental. Em termos psicológicos, trata-se de uma estrutura de significação reificada, imaginária, o sujeito não produz seus próprios significados ou nem sequer se posiciona criticamente diante dos significados recebidos, se limita a copiá-los, a usá-los como muletas imaginárias para explicar suas próprias angústias, seus dilemas internos, como também as próprias contradições externas encontradas no tecido social das organizações.

Na ética da ação, está intrinsecamente ligada ao que se denominam de processos de subjetivação, à construção do si mesmo no confronto com o mundo. O processo de dar significado é fundamental, pois se aceita que ele está na base da ação humana, estando ligado à linguagem, aos processos de interação e à intersubjetividade. A ética se inscreve então numa perspectiva reflexiva, dialógica. E na perspectiva da responsabilidade, o sujeito moral é responsável por seus atos, responsável por realizar um julgamento de valor sobre suas ações no mundo, junto com outras pessoas.

Na ética comportamentalista, a sociedade (ou o coletivo social) impõe uma versão de caráter coercitivo do que é o comportamento moral esperado ou adequado. No campo das organizações, é a cultura da empresa que estabelece as regras intransigentes sobre quais se esperam certos comportamentos. Avançamos a hipótese de que, na atualidade, não só as premissas e reflexões de Ramos são atuais como iluminam nossa compreensão sobre um novo reducionismo nas organizações, a saber sobre a redução dos comportamentos à idéia de desempenho.

Em “síndrome comportamental” a principal preocupação de Alberto Guerreiro Ramos foi realizar uma explicação analítica da base psicológica da teoria organizacional e da ciência social em voga. O autor considera que as organizações são sistemas cognitivos e que seus membros em geral assimilam, interiormente, tais sistemas e assim, sem saberem, tornam-se pensadores inconscientes. Assim, é imprescindível realizar a análise organizacional como um sistema cognitivo sob ponto de vista da abordagem substantiva.

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