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Resenha Crítica da Redução Sociológica Guerreiro Ramos

Por:   •  31/7/2017  •  Resenha  •  690 Palavras (3 Páginas)  •  692 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA SOBRE O TEXTO “A REDUÇÃO SOCIOLÓGICA” ALBERTO GUERREIRO RAMOS

RESUMO:

  O texto decorre sobre a formação da identidade brasileira e sobre a emergência da autoconsciência coletiva decorrente do desenvolvimento industrial, urbano e do consumo. O autor reconhece na obra a emergência de uma mudança na mentalidade do povo brasileiro, que não possui mais como objetivo a mera sobrevivência vegetativa. Do imperativo do desenvolvimento, nasceu a consciência crítica e ocorreu a “historização”, processo por meio do qual um grupo social se sobrepõe a natureza, adquirindo valores e perfil de pessoa coletiva. O cidadão se tornou ciente dos fatores que o determina e constituiu sua propria personalidade histórica.

  Para particularizar essa transformação, o autor especifica como os fenômenos de industrialização, urbanização e expansão do consumo no Brasil foram fundamentais para formação da consciência coletiva nacional. Começando pela industrialização, ele afirma que foi a partir daí que surgiram impulsos endógenos de desenvolvimento. O crescimento das exportações deu a população um maior poder de compra, o que possibilitou o acesso aos bens importados.  O processo industrial em sua magnitude assumiu na época o caráter de empreendimento político, provocando modificações na coletividade, entre elas a inclusão do pensamento de projeto, articulado e que se planeja em vários contextos, não mais imediatista. E, quando um povo passa a ter projeto, adquiri identidade, subjetividade e se enxerga como ponto de referência.

    Consquência direta da industrialização, o autor destaca a urbanização como outro fator decisivo na criação da consciência critica. O ingresso da população nacional no ambiente das cidades estimulou a incorporação de um círculo de intensas relações sociais e econômicas, transformando os brasileiros em indivíduos compradores, e não mais focados na subsistência e na existência vegetativa. Graças a essa incorporação, crio-se uma consciência política e configurou-se a categoria de verdadeiro povo. A urbanidade inseriu o individuo em intensas relações que estimularam o interesse por padrões superiores de existência.  

  Além disso, o autor destaca os efeitos das mudanças nos padrões de consumo na formação da consciência coletiva.  A diminuição do percentual dos gastos populares em alimentação e o aumento em outras áreas evidenciaram a superação da subsistência e a incorporação de um modo de produção comercial. Quanto maior os hábitos de consumo não vegetativos, maior  a consciência política e a busca por recursos que assegurem níveis superiores de existência. O refinamento do consumo e dos hábitos da população nacional culminam na autodeterminação e na conseqüente inserção na história.

   Paralelo ao que foi citado a cima, a obra trata da importância da redução sociológica na formação da consciência critica coletiva. O termo reduzir significa eliminar tudo o que for secundário e que dificulte o entendimento. Dessa forma, o autor propõe a redução sociológica dos produtos científicos estrangeiros para que qualquer assimilação de conteúdos externos ocorra de forma crítica. Tal redução é uma atitude metódica, coletiva, elaborada e fundamental para a criação da identidade coletiva nacional.

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