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Indicadores de mobilidade social de uma pessoa

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Por:   •  13/12/2014  •  Artigo  •  701 Palavras (3 Páginas)  •  292 Visualizações

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A cidade grade, por ser um meio de variedade e diferenças culturais diversas e pela sua grande mobilidade social, gera aos indivíduos novos contatos e formas de interações mais suscetíveis e menos estáveis, não só pela sua vocação (o seu caráter inato) como também pelo seu temperamento (seu modo de ser).

O homem urbano possui contatos mais transitórios, sem associações mais intimas e permanente com o seu próximo, em contrapartida ele prefere uma relação casual e imprevista, pois o que importa é o status, o interesse pessoal, a aparência. Por outro, lado a cidade é um lugar onde o individuo pode mostrar seu caráter inato “encontra, em suma, o clima moral em que sua natureza peculiar obtém os estímulos que dão livre e total expressão a suas disposições inatas.” (PARK, 1967:62), como ele realmente é desde que nasceu, ou seja, ele pode demonstrar suas verdades e seus interesses, o que realmente importa para ele, não precisando mentir diante a sociedade. O que não acontece nos meios não urbanos ou em cidades pequenas, o homem sem excentricidade é quem tende a ser realizado, a cidade pequena não aceita o diferente, por isso que Park acredita as pessoas procuram a cidade para se encontrar e desenvolver suas habilidades que estão enraizada dentro de si desde que nasceu, pois na cidade ele tem oportunidade de ser quem é. “Poucas vezes a comunidade pequena tolera a excentricidade. A cidade, pelo contrário, a recompensa. Nem o criminoso, nem o defeituoso, nem o gênio, tem na cidade pequena a mesma oportunidade de desenvolver sua disposição inata que invariavelmente encontra na cidade grande.” (PARK, 1967:62).

Segundo Park, o transporte e a comunicação não são os únicos fatores que influenciam na mobilidade do homem, para ele a segregação também facilita essa mobilidade, pois “Os processos de segregação estabelecem distâncias morais que fazem da cidade um mosaico de pequenos mundos que se tocam, mas não se interpenetram.” O autor quer dizer nessa passagem, que essas segregações facilitaram a experiência em vários espaços e mundos diferentes, tendendo a produzir tipos individuais diferentes e relações superficiais. Apesar de toda essa mobilidade, e essa “segregação” - que acaba ocorrendo ineditamente na cidade, não apenas se acordo com seus interesses, mas também de acordo com sua vontade e gostos- e mobilidade constante entre espaços, o individuo acaba encontrando seu lugar entre as varias expressões de personalidade e moral, ele encontra o ambiente onde se sente à vontade, que possa se expressar da sua forma, de acordo com seu temperamento.

As regiões morais, é outro conceito que Park aborda para explicar o comportamento social do homem, as regiões morais não são lugares específicos, são como pontos de encontro onde pessoas que gostam das mesmas coisas, se divertem com as mesmas coisas, possuem temperamentos parecidos se encontram, para se ser ele mesmo. “A verdade parece ser que os homens são trazidos ao mundo com todas as paixões, instintos e apetites, incontrolados e indisciplinados. A civilização, no interesse do bem-estar comum, requer algumas vezes a repressão, e sempre o controle, dessas disposições naturais. No processo de impor sua disciplina ao indivíduo, de refazer o indivíduo de acordo com o modelo comunitário aceito, grande parte é completamente reprimida, e uma parte maior encontra uma expressão substituta

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