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Karl Marx - Estrutura

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Por:   •  26/3/2014  •  1.560 Palavras (7 Páginas)  •  392 Visualizações

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Karl Marx (Um Toque de Clássicos)

Seminário apresentado à disciplina Sociologia Geral e Jurídica do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva, para obtenção de nota parcial.

ITAPEVA

Março / 2014

INTRODUÇÃO

As obras de Karl Marx servem de inspiração àqueles envolvidos diretamente com a ação política. Suas formulações acerca da vida social, principalmente, relacionadas ao modelo capitalista causam grande impacto e dividem opiniões. Marx tinha um ideário iluminista e acreditava que através da razão poder-se-ia construir uma sociedade mais justa, capaz de possibilitar a efetiva capacidade de o homem aperfeiçoar-se.

As obras de Marx têm sido interpretadas de modo controverso, devido ao caráter conciso de algumas de suas teses. Além das dificuldades inerentes à complexidade e extensão das obras, o que aumenta o desafio de sintetizá-las.

A seguir, o objetivo que se procura atingir é apresentar parte de seus fundamentos conceituais e metodológicos.

A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo das coisas. O trabalho não apenas produz mercadorias, produz também a si mesmo e ao operário como mercadoria, e justamente na proporção em que produz mercadorias em geral.

Karl Marx

Forças produtivas e relações sociais de produção

Marx nunca se refere à produção em geral, mas à “produção num estágio determinado do desenvolvimento social que é a produção dos indivíduos vivendo em sociedade”. A sociedade é o produto de ação recíproca dos homens, porém ela não é uma obra que esses realizam de acordo com seus desejos particulares.

Forças produtivas são os elementos que exercem na sociedade uma influência para modificar ou transformar uma natureza. Os indivíduos visam obter os bens que necessitam e, para isto, desenvolvem tecnologias e meios de produção, que sejam mais eficientes e tragam maior produtividade que os meios utilizados na geração anterior.

O simples fato de que cada geração posterior encontre forças produtivas adquiridas pela geração precedente, que lhe servem de matéria-prima para a nova produção, cria na história dos homens uma conexão, cria uma história da humanidade, que é tanto mais a história da humanidade porque as forças produtivas dos homens e, por conseguinte, suas relações sociais adquiriram maior desenvolvimento.

MARX. Carta a Annenkov, p. 470-471.

As relações sociais de produção referem-se às formas estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto, ou seja, o modo em que os homens organizam-se entre si para produzir, além do tipo de divisão social do trabalho numa determinada sociedade e em um período histórico determinado. Assim, as relações de produção são relações entre classes sociais, que podem ser divididas entre proprietários, que são os que tomam decisões que afetam a produção e os trabalhadores, que aplicam suas forças de acordo com o que é imposto pelos proprietários. Na medida em que, ao produzir, os homens atuam coletivamente. As relações de produção, conjuntamente com as forças produtivas são os componentes básicos do modo de produção, a base material da sociedade.

A produção da vida, tanto a própria através do trabalho como a alheia através da procriação, surge-nos agora como uma relação dupla: por um lado, como uma relação natural e, por outro, como uma relação social – social no sentido de ação conjugada de vários indivíduos, não importa em que condições, de que maneira e com que objetivo. Segue-se que um determinado modo de produção ou estádio de desenvolvimento industrial se encontram permanentemente ligados a um modo de cooperação ou a um estado social determinado, e que esse modo de cooperação é ele mesmo uma força produtiva.

MARX; ENGELS. A ideologia alemã, p. 35.

Mesmo a cooperação sendo uma relação social, porque ocorre entre os indivíduos, ela pode se dar tendo em vista interesses particulares, como a de aumentar a produtividade do trabalho ou a quantidade de trabalho explorado. Em sociedades onde existem classes sociais – dá-se um acesso diferenciado, segundo o grupo social, ao produto e aos meios para produzi-lo.

A quantidade de produtos a que distintos membros de sociedades têm acesso é o resultado da distribuição, que é dividida em: distribuição dos instrumentos de produção e, distribuição dos membros da sociedade pelos diferentes gêneros de produção. Essa distribuição acaba segmentando a sociedade, assim criando desigualdades sociais, como a que ocorre entre aqueles que realizam trabalho manual e os que realizam trabalho intelectual.

Os homens, ao estabelecerem as relações sociais vinculadas ao desenvolvimento de sua produção material, criam também os princípios, as idéias e as categorias conformes às suas relações sociais. Portanto, essas idéias, essas categorias são tão pouco eternas quanto às relações às quais servem de expressão.

MARX. Miseria de lafilosofía, p. 91.

Portanto, as noções de forças produtivas e de relações sociais de produção mostram que as mesmas se interligam de modo que as mudanças em uma provocam alterações na outra.

Estrutura e superestrutura

O conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção de uma sociedade é o fundamento sobre o qual se constituem as instituições políticas e sociais, formando assim, sua base ou estrutura.

O Estado e a estrutura social podem resultar constantemente na vida de indivíduos determinados, como a forma que trabalham e produzem materialmente. Mas jamais resultam daquilo que esses indivíduos são perante si mesmos e perante outros

Na produção da vida os homens geram também outras espécies de produtos, segundo a concepção materialista da história, que por sua vez não tem forma material, assim como: códigos morais e estéticos, ideologias políticas, concepções religiosas, conhecimento filosófico e cientifico, entre outros. A sociedade os cria e os mantém, derivando de suas relações sociais e também de suas bases materiais. Marx e Engels fazem

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