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Manifestações Populares

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Por:   •  27/11/2014  •  1.863 Palavras (8 Páginas)  •  324 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A questão das manifestações populares e participação popular remetem sempre à problemática das classes sociais oriundas da sociedade capitalista. Sendo assim, os movimentos sociais, a participação popular, as greves e as reivindicações são formas de expressão na luta por melhores condições de existência (MIRANDA, CASTILHO E CARDOSO, 2009).

Na história do país vê-se que algumas manifestações conseguiram alcançar seus objetivos, após reunirem milhares de pessoas. Por tudo isso, a intensa repercussão que os protestos causaram foi de grande valor, para que mudanças fossem feitas em pouco tempo. (PINTO, 2014).

A política no Brasil tem se apresentado bastante deficiente, uma vez que há diversos escândalos como desvio de verbas públicas, seja porque os políticos que cometem esse crime muitas vezes saem impunes. Desse modo, a população, tão indignada que protestou contra esse problema, derrubando leis que prejudicariam ainda mais o país. Além disso, as manifestações também influenciaram o setor social. (VALLA, 1998).

O fato de sentimento de união se tornasse mais forte, uma vez que muitos vivem em meio às precariedades presentes no Brasil, ocasionando uma maior insatisfação. Vem à tona, nessa medida, o lema milhões de brasileiros irem às ruas exigir por mudanças no país, fez com que a população se unir-se para lutar por um país mais digno, no qual todos possam ter maiores oportunidades. (PINTO, 2014).

AS MANIFESTAÇÕES POPULARES

As manifestações populares referem-se então a perspectiva de mudança social, isto é, a possibilidade de superação das condições de opressão e da construção de uma nova forma de sociedade. (MIRANDA, CASTILHO E CARDOSO, 2009).

A conquista dos direitos é resultado de lutas sociais empreendidas por movimentos populares e organizações sociais que reivindicaram direitos e espaços de participação social. O conflito social deixa de ser simplesmente reprimido e passa a ser reconhecido. (PINTO, 2014).

Uma das faces mais perversas do capitalismo se mostra na exploração do trabalhador com jornadas de trabalho excessivas e péssimas condições de sobrevivência aviltantes à dignidade humana. Alguns segmentos de trabalhadores, em lugares e momentos diversos, começam a se insurgir contra as explorações sofridas. As lutas, a princípio mais isoladas, por melhores salários e redução de jornada de trabalho, pouco a pouco, tornam-se mais frequentes e organizadas. (MIRANDA, CASTILHO E CARDOSO, 2009).

No Brasil existem diferenças profundas, não obstante os muitos movimentos sociais terem lutado para a construção de uma sociedade melhor, essa estrutura social absurdamente desigual ainda persiste nos dias atuais. (ALEXANDER, 1998).

Todos esses movimentos, no entanto, contribuíram para despertar a consciência dos problemas vividos e possibilitaram a participação da população com capacidade de continuar a organizar-se em movimentos sociais, de forma a consolidar e a ampliar os direitos sociais e políticos conquistados, por meio de um processo constante e contínuo. (SILVA, 2013).

(...) Dizemos que a participação é conquistada para significar que é um processo, no sentido legítimo do termo: infindável, em constante vir-a-ser, sempre se fazendo. Assim, participação é em essência autopromoção e existe enquanto conquista processual. Não existe participação suficiente, nem acabada. Participação que se imagina completa, nisto mesmo começa a regredir. (DEMO, 1993, p. 18)

O resgate da história nos faz compreender e reconhecer que os movimentos sociais e a participação popular sempre estiveram presentes nas sociedades em todos os tempos e lugares, sempre houve homens dominando homens, homens lutando – uns pela conquista de direitos e contra a opressão e outros pela manutenção do mando e do poder. (ALEXANDER, 1998).

Continuando a ser, os movimentos sociais e a participação popular, elementos fundamentais na ocupação dos espaços de luta por uma sociedade mais justa e igualitária, na qual a cidadania sai do discurso e se constrói na prática através da conquista, consolidação e ampliação dos direitos. (SILVA, 2013).

Há um recado claro de que a população está insatisfeita com a impunidade, com a falta de ética, com a falta de honestidade, falta de bons hospitais, falta de boas escolas, falta de boas estradas e falta de transporte público de qualidade. A população está percebendo que essa velha forma de se fazer política não tem levado a uma mudança concreta do país. (MIRANDA, CASTILHO E CARDOSO, 2009).

As mudanças vem acontecendo sim, mas em um ritmo muito mais lento do que a expectativa dos brasileiros. O medo da classe política é que a população compreenda que protestar de forma difusa pela educação, saúde, segurança, fim da corrupção e melhoria da mobilidade não é suficiente. A mudança pela via democrática necessita da existência de partidos fortes e não de partidos de aluguel. Sabemos que os partidos políticos são importantes para a democracia e que através deles podemos fazer a mudança. O que precisamos mudar são as regras como os partidos se organizam e como os nossos representantes são eleitos (LEONARDO BOFF, 2013).

As manifestações estão querendo dizer é que a sociedade exige mudanças: O recado das ruas é: ou a classe política reage e faz as mudanças ou a sociedade está avisando que vai mudar a classe política. Há políticos que há décadas se revezam no poder sem apresentar alternativas claras. (SILVA, 2013).

JUSTIÇA SOCIAL NO BRASIL

A definição de justiça social como é conhecida hoje foi formulada no século XIX pelos “tomistas”, ou seguidores das ideias de São Tomás de Aquino, padre e filósofo nascido no século XIII. São Tomás de Aquino pregava que a fé e a razão não podem ser contraditórias e, de acordo com esse pensamento, o conceito de justiça social foi desenvolvido. De acordo com Portal Brasil, 2010, São Tomás de Aquino:

Previa que em uma sociedade democrática, todos os serem humanos são dignos e têm a mesma importância. Por isso, possuem direitos e deveres iguais não apenas em aspectos econômicos, mas também relativos à saúde, educação, trabalho, direito à justiça e manifestação cultural.

A justiça para ser implementada tem que pôr em causa interesses instalados e nem sempre há quem esteja motivado a mexer nesses interesses, é dar oportunidade a que todos acedam aos seus direitos, e não dar mais privilégios a uns do que

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