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O Espectro e o real do antagonismo

Por:   •  7/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.547 Palavras (7 Páginas)  •  185 Visualizações

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O Espectro e o real do antagonismo

Zizek já começa o texto com um assunto delicado que seria situação dos sem-teto.

De acordo com Slavoj Zizek (1996, p.21)

Hoje em dia, ouvimos e lemos muito sobre a triste situação dos sem-teto de nossas cidades, sobre suas dificuldades e seu sofrimento. Mas talvez esse sofrimento, por mais deplorável que seja, constitua apenas, em ultima instancia, o sinal de um sofrimento muito mais profundo do fato de que o homem moderno já não tem um lar adequado, de que ele é, cada vez mais, um estranho em seu próprio mundo. A essência do desabrigo é o desabrigo da própria essência; reside no fato de que, em nosso mundo desarticulado pela busca frenética de prazeres vazios, não há morada apropriada pura a dimensão realmente essencial do homem.

Zizek cria uma ideologia e tenta explicar a triste vida dos sem-teto para ele de alguma forma não precisa culpar os verdadeiros culpados, um exemplo muito parecido com esse é o Batman, pois na verdade o principal problema de “Gotham City” é o Batman, já que ele é um cara ricaço que controla toda a cidade. Logo ele se vê na obrigação de vestir uma roupa e sair para lutar contra o crime, mas na verdade ele não enxerga que o real problema para a cidade é que ele controla tudo.

Outro ponto bastante relevante é sobre a distancia e a proximidade, pois atualmente estamos vivendo na modernidade e junto com ela temos diversos meios de comunicações que nos possibilita sabermos notícias do mundo todo. Mas será que essa modernidade toda não acaba nos distanciando da autentica dimensão da existência humana, pois sabemos que a forma como vivemos acaba colocando em risco a própria existência humana com a diminuição da camada de ozônio o efeito estufa. Mas o que esta nos ameaçando em maior escala é querer prevenir essas catástrofes ecológicas com soluções cada vez mais tecnológicas e com isso ficamos cada vez mais vulneráveis a essas catástrofes, já que vivemos numa sociedade capitalista onde o foco é o lucro ou seja vamos produzir e vender depois pensamos no meio ambiente. Quando na verdade seria muito mais simples prevenir agora para não precisar criar novos meios de lidar com esses problemas.

Devemos tomar cuidado com as arapucas que nos fazem ficar cada vez mais preso na ideologia, mas que na verdade achamos que estamos saindo dela, pois a ideologia é como um show de mágica quanto mais você vê, menos você enxerga. Quando acusamos a ideologia de tentar criar caminhos entre a ideologia e a realidade afetiva, acaba parecendo que a única conduta não ideológica é recusar a concepção extra ideológica e quando aceitamos que tudo que enfrentamos são criações simbólicas. Devemos tomar cuidado com essa saída “pós-moderna”, pois ela é a ideologia por excelência, apesar de que a ideologia já esta em pratica em nossa vida no cotidiano. Segundo Kant, podemos nomear esse impasse de “antinomia da razão critico ideológica”.

A ideologia não é tudo; é possível assumir um lugar que nos permita manter distância em relação a ela, mas esse lugar de onde se pode denunciar a ideologia tem que permanecer vazio, não pode ser ocupado por nenhuma realidade positivamente determinada; no momento em que cedemos a essa tentação, voltamos à ideologia.

Para explicar esse lugar vazio precisamos de uma marca de início um fio que atravessa toda a nossa reconstrução logico-narrativa da ideia de ideologia: é como se a cada processo, a mesma contestação, a mesma opção se refizesse, para exemplificar precisamos dividir dentro da ideologia “em-si” por um lado a ideologia retrata a alteração da argumentação e do discernimento racional, em valor dos interesses “patológicos” de exteriores, de poder entre outros. A ideologia habita na respectiva percepção de um raciocínio que não seja a técnica de poder não transparente, de uma consideração que não necessite de posses retóricos não transparentes.

O estresse gerado pela “espontaneidade” e a obrigação regrada coloca um tipo de afastamento pensativo no essencial núcleo da ideia de ideologia. Com base nisso a ideologia acaba sendo sempre ideologia. Só nos recordarmos da fragmentação do socialismo real, o socialismo era entendido como reino da injustiça ideológica, já a migração para o capitalismo foi entendida como uma libertação das correntes da ideologia. O indivíduo uma vez exposto a ideologia ele já não consegue mais saber se esta na ideologia sozinho, ele sempre vai precisar de um outro grupo de pessoas para conseguir reconhecer sua aparência original.

Jacques Derrida usa a palavra “espectro” para apontar essa fuga pseudo-materialidade que revolta as contestações ontológicas tradicionais entre o que é real e o que é ilusão. Seguindo essa ideia talvez possamos ir atrás do último método da ideologia o núcleo pré-ideologico, a mãe irrevogável em que são implantadas as diversas posições ideológicas. Levando em conta que não existe realidade sem espectro, que o círculo da realidade só consegue ser lacrado com base num inusitado acréscimo espectral. Lacan explica por que não se encontra vida sem espectro

A realidade não é a “própria coisa”, é sempre já simbolizado, constituído e estruturado por mecanismos simbólicos e o problema reside no fato de que a simbolização, em instancia, sempre fracassa, jamais consegue “abarcar” inteiramente o real, sempre implica uma dívida simbólica não quitada, não redimida.

Esse real volta com formato de aparições espectrais, mas precisamos tomar cuidado para não confundir espectro com ficção simbólica, pois a realidade tem uma ordem de uma ficção devido

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