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O HISTÓRICO DO CAPITALISMO

Por:   •  19/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.882 Palavras (12 Páginas)  •  63 Visualizações

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CAPÍTULO II   BREVE HISTÓRICO DO CAPITALISMO

O presente capítulo apresenta uma breve abordagem histórica do capitalismo, a partir da visão de Marx e Engels. Fundamentado no materialismo dialético estabelece o conceito de relações de produção e divisão de classes, que constituem a base da dominação, determinada sob os princípios econômicos e sociais. Partindo do pressuposto que, a discussão acerca do capitalismo trata-se de um estudo amplificado, não procurou-se de aprofundar na temática, mas sim apresentar o assunto de forma geral. Nesse sentido fez-se necessário enfatizar os aspectos relevantes, como conceito, origem e o período histórico que antecede esse momento, marcado pelo declínio da sociedade feudal e surgimento de uma nova força produtiva.

O capitalismo pode ser caracterizado como um sistema econômico que tem como base as relações de produção, cujos meios são propriedade privada e pertencem a particulares, os capitalistas (detentor do capital), que constituem uma classe distinta da sociedade, sendo essa classe uma minoria, este sistema capitalista fundamenta no princípio da compra e venda da força de trabalho, representado como forma de valor na mercadoria, que se faz sob a forma do trabalho livre assalariado. Essa relação implica no processo de produção da mais-valia que resulta na extração do trabalho excedente que não é pago ao trabalhador, sendo valor apropriado pelo capitalista. Para Naves “o capitalista, ao consumir a força de trabalho, não visa produzir bens que satisfaçam necessidades, mas ele tem exclusivamente o propósito de extrair mais- valia¹” (NAVES, 2000, p.71) e afirma:

 Para que o capitalismo se constitua, é necessário que surja no mercado o trabalho livre em duplo sentido: livre para dispor de si como uma mercadoria e livre no sentido de estar separado dos meios de produção. (NAVES, 2000, 69).

___________________

¹   Mais valia é o significado utilizado para à diferença entre o valor da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista.

 

De acordo com Naves (2000), a efetivação do capitalismo se deu em duplo sentido, pois para que o dinheiro se transforme em capital é necessário que o trabalhador seja livre para dispor de força de trabalho como mercadoria e estar separado dos meios de produção, se tornando a classe trabalhadora a ferramenta essencial para o desenvolvimento do das relações capitalistas.

Conforme Marx apud Singer (1982), a mais valia é a consequência da exploração da força de trabalho, que se faz sob a forma do trabalho assalariado e explica oito horas de produção de sua jornada, quatro horas é o suficiente para pagar o seu salário, em contrapartida as outras quatro  horas trabalhadas fazem parte do trabalho excedente que não é pago ao trabalhador, mas que resulta no lucro do empregador capitalista. Simplificando há uma redução de custos da produção e aumento dos lucros sem aumentar o valor do salário pago ao trabalhador.

        Esta forma de pagamento pela força de trabalho denominada “salário” se traduz de uma forma de alienação do trabalho. Esta alienação é gerada na sociedade devido à produção da mercadoria. O trabalhador passa a ser cada vez mais explorado, para que tais produtos sejam entregues e vendidos acima do preço investido no trabalhador, assim rompendo o Homem de si mesmo (Marx, O Capital).Alienação. O trabalhador tem a falsa ideia de liberdade proporcionada pela separação que há entre os meios de produção que faz pela forma de trabalho assalariado.. Esta modalidade de trabalho não existe custo ao capitalismo o que torna possível o desenvolvimento das forças produtivas e também o enriquecimento dos donos dos meios de produção.

De acordo com Marx e Engels (1848):

O modo capitalista de produção baseia-se no fato de que as condições materiais de produção são atribuídas aos que não são trabalhadores sob a forma de propriedade do capital e de propriedade fundiária , enquanto a massa só  é proprietária das condições pessoais de produção, a força de trabalho. Distribuídos deste modo os meios de produção, a atual distribuição dos objetos de consumo é uma conseqüência natural. Se as condições materiais de produção fosse propriedade coletiva dos próprios trabalhadores, isto determinaria uma distribuição dos objetos de consumo diferente da atual. (MARX e ENGELS, 1848, p.109).

                                       Nesta perspectiva como afirma os autores o modo capitalista de produção é prioridade exclusiva da classe detentora dos meios de produção sendo essa hegemônica e alienadora, restando apenas para a classe operaria a força do trabalho tornando dessa forma como um fator natural, ou seja, quem tem propriedade se torna o detentor do capital e os que não possui se torna apenas produtores de mercadoria resultando em classes divididas e submissas a outras.

Para Marx e Engels (1848), existe o antagonismo entre o proletariado e a burguesia que se fazem relação desigual proposta pelos meios produção capitalista que impõe ao proletariado a vender a sua força de trabalho para viver livremente. Nestas condições o trabalhador tem a falsa ideologia que é trabalhador livre, tornando-se cada vez mais alienado. Esse processo se da pela separação das forcas produtivas, o trabalhador e os meios de produção, a classe que possui apenas sua força de trabalho se apenas como um servo que possui apenas a mão de obra como bem material para sobreviver diante do proprietário dos meios de produção. Portanto duas classes se apresentam no contexto histórico da humanidade.  

Conforme Marx e Engels dentro da história da humanidade sempre existiu o homem livre, ambos  explicam  que sempre existiram as lutas de classes que se faz na historia da humanidade. “homem livre, escravo, patricio e plebeu, senhor e servo, mestre  e oficial, em suma, opressores e oprimidos sempre estiveram  em constante oposição, empenhados numa luta sem trégua, ora velada, ora aberta[....] apresentando um papel revolucionário. Para um melhor entendimento desse sistema econômico atual fez–se um estudo histórico do modo de produção feudal antecessor ao capitalismo.

1.2. FEUDALISMO

Dessa forma para compreender o atual sistema em que a história se encontra inserida, “o capitalismo”, é necessário discorrer algumas características a cerca das bases do feudalismo, período histórico importante que precedeu o surgimento do modo de produção capitalista.  

O feudalismo constitui em um sistema político, econômico e social que predominou na Idade Média que foi dividida em dois períodos: “Alta Idade Média” fase correspondente ao século V ou século X que caracterizou-se pela transição do escravismo ao feudalismo e “baixa idade média” que ocorreu entre os século X ao XV, momento histórico em que daremos mais ênfase em nosso estudo, pois caracterizou pelo o auge do feudalismo.

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