O Público E O Privado Por Hannah Arendt

exto: O público e o privado de Hannah Arendt

A esfera pública: o comum pág. 8

O “termo” público em 1º lugar centra-se na ideia de acessibilidade, ou seja, a aquilo que pode ser visto ou ouvido por todos. O que antes era privado torna-se público.

Em 2º lugar o “termo” público centra-se na ideia do comum, dos negócios humanos,na medida que se divide entre indivíduos que se relacionam entre si.

Com a sociedade de massas o homem perdeu a capacidade de viver em comum, limitando-se ao mero consumo.

O que significa sociedade de massas ?

Para alguns pensadores, a indústria cultural atua como uma forma de padronização dos gostos e desejos dos seres humanos, voltando-os para o consumo, a vida para o trabalho e a diversão como forma de alienação, como uma forma dos homens não conseguirem reconhecer que são retirados de sua própria existência. A mídia e a propaganda atuam como principais elementos de massificação dos sujeitos. Pela mídia todos desejam imitar a “estrela” da vez ou cantar a música sucesso, mesmo que seja uma música que ofenda a mulher, a religião, a paz, dentre outros exemplos. Não se produz mais objetos para pessoas comprarem, mas pessoas que desejam comprar objetos, aumentando o lucro dos grandes empresários.

Arendt é contra o consumo da sociedade de massas.

Ela salienta a opinião de Adam Smith quando este diz que a admiração pública que se efetiva na sociedade consumista e a posterior recompensa monetária são intermutáveis, ou seja, elas nunca terminam. Objetiva-se com isso o status, o poder do dinheiro como satisfação das necessidades individuais.

A esfera pública do comum resulta de um objetivo comum: a política. Esta que interessa a todos os indivíduos ainda que sob aspectos diferentes.

Daí, temos várias opiniões a cerca do espaço político.

Para Arendt, não importa qual seja o regime de um país, seja ele das massas ou tirânico, o importante é que o interesse comum da política( o bem comum) seja a finalidade maior e não se transforme em interesses privados(particulares),sob pena de se tornar um regime totalitário com total destruição da comunhão da esfera pública e privada(família).

Como exemplos de totalitarismo, podemos citar os regimes fascistas e nazistas que vigoraram em alguns países da Europa (Itália, Alemanha, Espanha e Portugal) durante as décadas de 1930 a 1940.

Exemplos de governantes totalitários:

Na Itália – Benito Mussolini , em Portugal - Salazar

Na Alemanha – Adolf Hitler, Na Espanha – Francisco Franco