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OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO E URBANOS

Por:   •  17/2/2019  •  Resenha  •  1.361 Palavras (6 Páginas)  •  278 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

CÂMPUS JACAREÍ

ANDRESSA DE OLIVEIRA RIBEIRO

RESUMO

MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO E URBANOS

Trabalho entregue ao Prof. Felipe Rodrigues da Silva, na disciplina de Sociologia, como parte avaliativa do bimestre do curso de Ensino Médio Integrado ao Técnico de Administração - 3º ano.

        

OUTUBRO / 2018

JACAREÍ

MOVIMENTOS SOCIAIS

Durante os anos da Primeira República do Brasil, ocorreram variados movimentos sociais, seja eles nos campos ou em centros urbanos. Alguns aspectos colaboram com isso, sendo o avanço da pequena propriedade produtiva no campo e ainda o fortalecimento do “colonato” e da classe operária nas cidades.

Para uma melhor compreensão sobre os movimentos sociais do campo, é preciso entender e os diferenciar em três principais grupos: sendo o primeiro aquele que ajustou temas religiosos com necessidades sociais; o segundo grupo ajustou temas religiosos com reivindicações sociais; e o terceiro aquele que reivindicou por direitos sociais, porém sem relacionar religião.

Um bom exemplo do primeiro grupo, foi o que ocorreu entre 1872 e 1924, onde a figura milagrosa era um Padre, o senhor Cícero Romão Batista. No tempo da grande seca em Juazeiro – Ceará, o Padre resolveu rezar e prometer que o período ruim passaria, aos poucos, ele foi conquistando mais fiéis, até mesmo de outras cidades. Logo, ele se transformou em um coronel, permanecendo com o cargo religioso.

Conseguiu forças militares para lutas políticas da região, e pessoas para diversas atividades como colheita de algodão e mão-de-obra para construção de açudes. Coisas que foram feitas através da devoção à sua pessoa, aspecto ainda perceptível até os dias atuais.

Se encaixando no segundo grupo, o Movimento do Contestado que iniciou 1911, originou-se pela desigualdade social intensificada por certas mudanças, tais como: trabalhadores rurais expulsos da terra devido à construção da ferrovia e por uma empresa de madeiras, e ainda pelo desemprego daqueles que haviam trabalhado para a construção. A morte de José Maria, um dos rebeldes, fez com que os demais se unissem ainda mais, afinal, o companheiro foi assassinado durante a repressão da milícia estadual. Então, os rebeldes se organizaram em acampamentos fraternais e igualitários e reivindicaram a posse da terra disputada. Foram mortos em 1915, pelas tropas estaduais e federais.

Como exemplo do terceiro grupo, temos as greves que ocorreram nas fazendas de café de São Paulo, foram várias, que reivindicaram melhores salários e condições de trabalho. A que mais se destacou foi a que ocorreu no Ribeirão Preto, em 1913, desejavam a revisão de seus contratos de trabalho, então, paralisaram as fazendas de Francisco Schmidt e a Dumont. Mesmo com a intervenção da polícia e cônsul da Itália, os desejos não foram conquistados.

Saindo dos movimentos sociais do campo, e já entrando nos urbanos, a maior circulação de ideias, a diversificação de atividades e o crescimento das cidades, foram os requisitos mínimos para os movimentos sociais.

Entretanto, esses movimentos sociais urbanos foram limitados na Primeira República, já que não se tinha uma indústria de alto valor significativo, acarretando nos aspectos econômicos e operários. Para que as greves tivessem grandes repercussões, era preciso ser gerais ou afetar setores fundamentais das industrias do país. Isso também acontecia pelo fato da alta rivalidade entre os operários, por questões étnicas, além do medo constante de serem “marcados” pelos chefes por estarem se sindicalizando.

Já no fim do século XIX, o movimento operário carioca demandou diversas reivindicações, tais como: aumento de salário, redução na jornada de trabalho, salubridade e reconhecimento dos sindicatos pelos patrões e pelo Estado.

O movimento operário paulista se relacionou mais com o anarco-sindicalismo, visto que desejavam uma transformação radical da sociedade e a efetivação do socialismo. Para eles, os seus objetivos só seriam conquistados quando a burguesia fosse derrubada do poder, o que aconteceria através da greve geral revolucionária. O sindicato anarquista pretendia instaurar uma sociedade sem desigualdade e Estado, onde teria uma federação livre de trabalhadores.

Portanto, é nítido que os anarquistas viam as reivindicações imediatas como um mecanismo para uma revolução. Sendo que as conquistas deveriam ser alcançadas sem auxílio do Estado e contra ele, eram firmes que a emancipação dos trabalhadores viria dos próprios trabalhadores.

 Apesar da grande distinção entre os movimentos operários do Rio de Janeiro e São Paulo, o segundo concentrou esforços para ajudar o primeiro, já que havia uma distância entre o programa dos anarquistas e a realidade do Brasil. Contudo, isso não atrapalhou que ambas guerreassem uma contra a outra, enfraquecendo mais ainda o movimento operário.

Essa diferença é explicada por alguns fatores, como as particularidades entre ambas cidades e a estruturação da classe operaria. Uma vez que, a complexidade social do Rio de Janeiro era maior do que a de São Paulo no fim do século XIX.

No Rio de Janeiro se concentrava setores sociais que chão dependiam tanto das classes agrárias, como a classe média profissional e burocrática, militares e estudantes de instituições superiores e militares. Além disso, os movimentos sociais de lá tinham um sentido mais popular, como por exemplo a Revolta da Vacina. São Paulo tinha uma estrutura social menos diferenciada, sendo a maior a classe média que se relacionava com o café.

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